terça-feira, 11 de maio de 2021





Política local

O QUE QUER E POR ONDE VAI O PSD-TOMAR?

António Rebelo

Produto de estratégia meditada, ou simples fruto do acaso? Eis a pergunta que fazem muitos tomarenses, a propósito da recente votação na AM, que chumbou a transferência de 812 mil euros para a Tejo Ambiente. E o silêncio persiste. E questiona. Que aguarda o PSD para se reunir, adoptar uma posição a propósito, e torná-la pública num comunicado?
Estratégia vitoriosa ou simples acaso, qual é realmente a posição laranja? São contra a referida transferência porquê? Até  quando? O que pretendem conseguir realmente? A  renegociação do acordo intermunicipal que levou à criação da empresa? A sua dissolução? O voto contra foi só para assustar a dª Anabela?
A CDU já veio a público defender o restabelecimento dos SMAS-Tomar, o que implica a prévia saída, total ou parcial, da Tejo Ambiente. O PSD o que pensa desta tomada de posição? Apoia? É contra?
A pior coisa que pode acontecer a uma formação política, seja ela qual for, é não ter respostas para os problemas locais. Sobretudo em período de pré-campanha eleitoral. Perante semelhante passividade, a pergunta parece impôr-se: O PSD-Tomar quer mesmo vencer as próximas eleições? Ou prefere esperar sentado que o PS as perca? Mas como, se não tem adversário à altura?  Estão de novo a esquecer-se que na política o que parece é? Há atitudes que criam situações irrecuperáveis a curto-médio prazo. O silêncio e a inércia do PSD-Tomar são desse tipo.
Há uma outra explicação plausível. O elitismo. A direção laranja considera implicitamente que os problemas tomarenses devem ser debatidos unicamente no recato do ilustre areópago local dos eleitos. Se é o caso, os eleitores responderam de antemão. Os mais evoluídos falam de excesso de presunção. O povo em geral diz, no seu português vernáculo, que se trata de cagança a mais.  A mania de pretender obrar acima do nível do traseiro. Ora toma!

Sem comentários:

Enviar um comentário