Núcleo histórico
Maus cheiros numa manhã quente de verão
São dez e meia. Consultada a net e publicada a crónica do dia, saída para ir comprar fruta e outras necessidades. Intenso cheiro a mijo, numa ruína do lado direito de quem desce a rua. Vá-se lá saber porquê, bebem cerveja no café próximo, mas vêm mijar ali. Acham mais típico talvez.
Logo mais abaixo, pior um pouco. Uma sarjeta das antigas e um sumidouro dos modernos, ambos ligados sem sifões ao colector antigo, soltam um cheiro nauseabundo. Mesmo em frente do café/restaurante 15. Ao lado de uma reputada loja de modas. Mas que fazer mais? Há anos que este escriba vem reclamando, sem qualquer resultado prático até agora. Continua por saber a razão, ou as razões, que terão levado a autarquia a esquecer esta zona, aquando da "renovação Paiva", e a manter tudo como está, desde então. Era mais urgente ornamentar a Várzea grande, a Nun'Álvares e a Torres Pinheiro. Segue-se o Flecheiro. E eu a vê-los passar...
Se o autor destas linhas sofresse de paranoia, diria que a Câmara nada faz para acabar com os maus cheiros nesta área da cidade antiga, renovando a rede de saneamento, como forma de retaliação contra quem a critica. Mas aí, os senhores autarcas diriam logo que é só má-língua, pois na verdade nem sabiam bem onde mora quem escreve. Pois.
Enquanto isto, a informação local está toda muito caladinha, quando se trata de assuntos que possam mexer com o poder municipal. Percebe-se. Razões alimentares. Não se morde na mão que dá pão. A única excepção, um conhecido e excelente blogue local, o Tomar na rede, cujo administrador até mora na rua ao lado, também nada publica sobre os maus cheiros. Mas dá destaque, com vídeo e tudo, a um rato a comer um peixe, algures no Nabão. Com um detalhe utilíssimo: O peixe já estava morto.
Como escrevia amiúde o saudoso cronista Vasco Pulido Valente, "isto está a ficar cada vez mais perigoso". Ainda bem que se aproxima o regresso ao Brasil, mesmo com o Bolsonaro e tudo. Não será por mero acaso que a população nabantina vai continuando a diminuir.
"Esta semana na Rua Pedro Dias um elemento de um grupo de israelitas de visita á cidade perdeu-se e foi encontrado naquela rua por um varredor alguns comerciantes da galeria Pardelhas telefonaram de imediato para os bombeiros ………………………que só chegaram ao local 1,45″ ,uma hora e quarenta e cinco minutos depois !
Ou seja o homem quando comprou a viagem para Portugal e passagem por Tomar pensou que vinha para uma cidade do sec.XXI ,foi enganado !"