domingo, 10 de julho de 2022

 


Até os camionistas 

já começam a estar fartos desta câmara...

Há forte alarido entre tomarenses no Facebook. Em causa o direito dos camionistas TIR, ou de longo curso, a estacionarem os seus veículos em segurança e próximo da residência, quando vêm a casa, o que acontece na melhor das hipóteses uma vez por semana. Queixam-se que há cada vez menos lugares disponíveis e que a  autarquia até suprimiu alguns deliberadamente.

A maior parte por ignorância, outros por alegada indisponibilidade,  na informação local ninguém se dispõe a ir ao âmago do problema, de que esta queixa dos camionistas é apenas mais uma faceta. Que problema é esse?!? O manifesto domínio de facto da autarquia por uma pandilha de técnicos superiores não eleitos, que têm vindo a conseguir, desde há muitos anos, transformar a câmara numa sua propriedade privada. Até hoje, só António Paiva lhes conseguiu fazer frente, correndo com a então presuntiva chefe deles. Mas foi sol de pouca dura. São muitos anos de tarimba!

Depois é o que se tem visto. Luís Ferreira e o arquitecto Serrano, que tentaram enfrentá-los, foram afastados sem demora, e ainda hoje sem qualquer explicação aceitável. Continua e acentua-se o domínio dos ditos. De tal forma que os eleitos não passam afinal de figurantes, fortemente condicionados pela densa floresta de legislação, ameaçadora para os menos conhecedores dos meandros das democracias.

Reis e senhores de facto, vão impondo as suas opções, quase todas tendo em vista aumentar os seus proventos anexos, beneficiando os seus colegas funcionários públicos e outras amizades, bem como escamotear  asneiras, que  são cada vez mais frequentes. A situação é tão gritante que até os leigos já se deram conta. Depois de paralisarem durante anos a construção civil local, com planos de pormenor de carregar pela boca, chegaram finalmente à conclusão que os ditos devem ser nalguns casos anulados e substituídos por  planos de urbanização. É o caso das Avessadas, por exemplo.

Entretanto as asneiras aí estão. Várzea grande impermeabilizada e sem estacionamento subterrâneo. Quiosque sem préstimo prático, a retirar do local quanto antes, sanitários ainda fechados, mas tecnicamente já ultrapassados, Nun'Álvares e Torres Pinheiro encolhidas e com pistas cicláveis que ninguém usa, Estrada da Serra menos prática que antes, Estrada do Convento onde não se podem cruzar dois autocarros há mais de 10 anos, e essa maravilha das maravilhas a nível nacional, europeu e mundial: Um parque de estacionamento com uma saída tão bem projectada que obriga os moradores dessa rua a entrar pelo parque de estacionamento para chegarem a casa de carro. Gratuitamente, espera-se...

De forma que, estando os camionistas locais cheios de razão, não se espere que os da dita pandilha satisfaçam a sua justíssima reivindicação. A tendência é a inversa. Enquanto não houver coragem, por parte da maioria autárquica, para levantar a voz à pandilha, fazer-lhes ver que procedem mal e convidá-los a ir arejar para outras paragens, a tendência é para piorar. Basta pensar no caso da Estalagem de Santa Iria.

 Começou por ser um concurso ilegal, segundo os membros da pandilha. Depois não se podia ampliar o edifício, por causa de um plano de pormenor de que só eles ainda se lembravam. Vai-se a ver, as obras estão quase concluídas, com um ascensor e mais 5 quartos. apesar do plano de pormenor. Agora só resta o problema do estacionamento, pois 15 carros no Mouchão é visualmente excessivo, bem como o emissário de esgoto. Ninguém parece lembrar-se, mas a Estalagem ainda tem fossas sépticas, do lado esquerdo do edifício, que naturalmente esgotam para o rio quando enchem. E com mais cinco quartos = a + dez pessoas possíveis...

Haja coragem para controlar e esbandalhar a pandilha, que o resto virá por acréscimo. Até lá temos de ir tendo paciência, entretidos com as festarolas, os passeios e as comezainas. Enquanto houver disponibilidade e a água da torneira não aumentar demasiado...

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