domingo, 17 de julho de 2022


Carta aberta 

ao senhor presidente da Tejo Ambiente

Senhor presidente:

No passado dia 6 de Julho, declarou o senhor, aos microfones da Rádio Hertz, que atribuía alguma responsabilidade à empresa que fez o EVEF inicial da Tejo Ambiente, mas logo acrescentou que foram os municípios que enviaram os dados "e alguns não estavam corretos":

https://radiohertz.pt/tomar-luis-albuquerque-aponta-alguma-responsabilidade-a-empresa-que-fez-o-evef-da-tejo-ambiente-mas-refere-que-os-municipios-e-que-forneceram-dados-e-alguns-nao-estavam-cor/

Na qualidade de administrador do blogue Tomar a dianteira 3, e também como consumidor da água fornecida pela Tejo Ambiente -consumidor cativo, pois mesmo que queira, não posso mudar de fornecedor, por falta de alternativa- vou ter de pagar, a partir do próximo mês de Agosto, mais 23% cada mês, devido designadamente a tais documentos que não estavam corretos.

Penso por isso ter direito à verdade, a toda a verdade. E como por outro lado a Lei do direito à informação (Lei 46/2007, de 24 de Agosto, nomeadamente artigo 5º da LADA) me faculta a possibilidade de requerer cópias integrais dos documentos referidos pelo senhor, solicito pela presente que tenha a gentileza de responder a estas questões, ainda sem recorrer à referida Lei:

1 - Quais os dados enviados pelos municípios  que não estavam corretos?

2 - Qual ou quais os municípios que  enviaram esses dados incorretos?

3 - Quando é que a administração da Tejo Ambiente se deu conta da falsidade de alguns desses dados?

4 - Que providências foram então tomadas?

5 - Foi até agora desencadeada pela Tejo Ambiente alguma ação tendente a apurar eventuais responsabilidades criminais, decorrentes do envio de documentos inverídicos no todo ou em parte?

Antecipadamente grato pela atenção que dispensar a esta minha solicitação, endereço os meus cumprimentos com cordialidade,

António Rebelo

2 comentários:

  1. É por episódios destes que às vezes digo que não se passa nada em Tomar.
    Estas perguntas, pertinentes, já foram abordadas, de uma forma pormenorizada, numa reunião da Câmara, de 10 de maio de 2021.
    Foram levantadas pela vereadora Célia Bonet e a presidente respondeu detalhadamente.
    Algumas respostas não acho muito credíveis, como a do número de clientes, mas de um modo geral ficou tudo esclarecido.
    Sobre os problemas do fornecimento do serviço da Tejo Ambiente, escrevi 2 artigos no Templário a 10 e a 17 de junho do mesmo ano.
    O tema, nesta perspetiva, já devia estar mais que esgotado.
    Falta o pior, que é o que se vai fazer no futuro.
    No primeiro debate da campanha do ano passado, o da rádio Hertz, manifestei uma posição sobre o assunto.
    Mantenho hoje a opinião da necessidade de se fazerem cenários alternativos no EVEF, de modo a podermos ter decisões fundamentadas, nomeadamente o cenário de voltar aos Serviços Municipalizados. Também penso que o EVEF devia ser trabalhado pelos próprios serviços financeiros das autarquias, com mais flexibilidade em estudar cenários do que uma empresa exterior.
    Na altura disse que não via interesse na auditoria independente, explicando que as justificações da divisão financeira da Câmara me pareciam credíveis. A realidade ultrapassou-me. O assunto caiu porque não havia dinheiro para fazer essa auditoria.
    Às vezes a política tem a sua piada.

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  2. Não admira que a Tejo Ambiente continue a acumolar prejuisos, na passada semana comuniquei uma rutura aos serviços da companhia e até hoje nada foi resolvido, quanta água se gastou e vai gastar, pois vou ligar outra vêz, até estar solucionado o problema, agora multipliquem este por vários talvêz milhares e chegamos aos 2 milhões de litros que cmt PAGOU e não faturou, por isso vai faturar a partir de Agosto, enquanto tivermos estes politicos, tanto na governação com na oposição estamos condenados e Tomar vai por ai abaixo.

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