sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Imagem ilustrativa, que não retrata nenhum dos mencionados no texto infra.

Licenciamento de obras particulares em Tomar

"Chama-lhe puta, minha filha..."

A frase é bem conhecida e de origem portuense, mais precisamente do Mercado do Bolhão, onde entre as vendedeiras o português é mais desbragado, porque Braga é logo mais acima e há a influência do galego. Terá sido nesse mercado que a dada altura, durante uma querela popular, a mãe de uma das vendedeiras terá aconselhado sabiamente a filha: "Chama-lhe puta, minha filha! Chama-lhe puta, antes que ela te chame a ti!"
Tal parece ser, mutatis mutandis, a situação resultante da crónica aqui publicada sobre licenciamento municipal de obras particulares, citando uma notícia do Mirante: Mensagem: editar. Ao que aqui chegou posteriormente, via feedback, os senhores da maioria socialista local, e sobretudo os quadros superiores visados, sentiram-se injustiçados, ultrajados e caluniados, pelo que começaram a disparar em todas as direcções, usando a arma usual -é só má-língua, não sabe do que fala, está ressabiado... Na prática, o equivalente ao "Chama-lhe puta, minha filha..."
Ou seja, como diz o povo pelas bandas de Tomar,  "tipos cheios de lata e sem vergonha na cara, que fazem o mal e a caramunha". Que julgam poder passar de arguidos a juízes só porque sim. Mas a situação agora é outra, e os que se julgam DDT, como o despromovido Salgado, se realmente querem desmentir factos comprovados e ultrapassar pela positiva uma situação cada vez mais chocante, fariam melhor ir poupando nas palavras e passando aos actos.
Quantos requerimentos de obras particulares deram entrada mensalmente na Câmara de Tomar nos últimos 5 anos? Quantos foram despachados favoravelmente em cada mês e  ano? Qual foi o prazo médio de cada deferimento? Isso é que era serviço, para se poder comparar com outros municípios da zona, e perceber melhor porque raio é que empresários, empresas e simples cidadãos tendem a embirrar com Tomar? Para não mencionar os próprios tomarenses que se vão lastimando em vão, e até mesmo o provedor da Misericórdia, empurrado para a Atalaia.
Mas solicitar informações básicas aos serviços municipais de Tomar, é na prática como falar para as paredes, mesmo quando se tem o amparo da Lei. Há um ano que o escriba aguarda duas informações, ao abrigo da Lei de Acesso aos Documentos Administrativos, que concede à Câmara 10 dias úteis para responder aos requerimentos. É isto aceitável?
Deixem-se de comédias, fingindo-se virgens ofendidas, e comecem mas é a trabalhar em prol dos tomarenses, pois para isso foram eleitos ou contratados, consoante os casos. Não me forcem a usar a gasta frase  "As vossas palavras ocas não passam de simples balas de cartão, que resvalam na couraça da minha indiferença." Nem por isso descerei ao nível da peixeira do Bolhão, por uma questão de dignidade da qual me recuso a abdicar.


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025


Jardim da Mata dos sete montes

Mata murta para substituir Mata buxo morto?

 TOMAR - Câmara pondera substituir 'buxo' por 'murta' e ultrapassar, desta forma, a doença que tem afetado o jardim da Mata dos Sete Montes - Rádio Hertz

A notícia do link supra provocou mais uma micropolémica à moda de Tomar. Em causa duas posições bem nítidas. Por um lado,  o autor destas linhas sustentando que a morte do buxo da antiga Horta dos frades resulta de ter deixado de correr água no aqueduto do Convento, após mais de três séculos de úteis e leais serviços. Por outro lado, gente competente directa ou indirectamente ao serviço da autarquia, alegando que se trata de uma praga à escala europeia e que a Câmara, após pulverização recomendada, (ver imagem), afinal tenciona substituir o buxo morto, vítima de alegado fungo, por murta.
Farto de pregar no deserto, com escassos resultados, cá o escriba excedeu-se e adoptou o tom irónico, a pender para o jocoso. Avançou a ideia estapafúrdia de substituir o buxo defunto por um jardim totalmente em plástico, de cores vivas. Houve logo comentários menos cordatos, alguns até mal educados, que os seus autores entretanto já apagaram. Pomo da discórdia: gente ignorante que só sabe criticar, não sabe o que diz, nem quer aprender, segundo escreveram.
Houve e há obviamente um mal entendido. Alguns não terão percebido que a proposta de jardim de plástico era apenas para rir, tal como ainda não querem, ou não conseguem? perceber que se fala afinal de coisas diferentes. Enquanto a Câmara e os comentadores ao seu serviço propõem, tal como os médicos em geral, acabar com os sintomas da alegada doença do buxo, o autor destas linhas prefere que se suprima a causa da dita doença.
É claro que repôr a água no aqueduto, entre as suas quatro nascentes e o pomar do Castelo, vai custar caro e sobretudo contrariar os interesses ilegítimos de quem rouba o precioso líquido há longos anos, para alimentar uma agricultura de subsistência, ou ter água gratuita em casa. Mas haverá outra saída digna? Ninguém vê que arrancar o buxo e plantar murta é dinheiro deitado ao vento, uma vez que a mesma causa (a falta de água nas camadas subterrâneas da mata) vai provocar o mesmo efeito, a morte a prazo da nova verdura, seja murta ou outra qualquer?
No meio disto tudo, um comentador canhoto de ideias, resolveu manifestar-se com a habitual elegância filosofal, considerando que só não houve mais uma guerra do alecrim e manjerona, porque os intervenientes souberam manter-se a um nível educado. Foi uma pena, digo eu, terem sido suprimidos entretanto alguns comentários mais ácidos, como por exemplo o da srª Dª Gracinda, seguindo instruções partidárias visando evitar confrontos prejudiciais para os camaradas envolvidos. É Tomar em tempos de acentuada decadência. em todos os sectores. Melhores tempos terão de vir e oxalá!


Tribuna partidária - PSD Tomar

MARIA LUÍSA OLIVEIRA 
NOMEADA SECRETÁRIA DE ESTADO
DA ADMINISTRAÇÃO E INOVAÇÃO EDUCATIVA



O PSD de Tomar congratula-se com a nomeação da nossa militante Maria Luísa Oliveira como Secretária de Estado da Administração e Inovação Educativa. Esta nomeação da antiga vereadora na Câmara Municipal de Tomar é um reconhecimento do mérito, competência e dedicação de Maria Luísa Oliveira ao serviço público e à causa da educação em Portugal.
A sua nomeação é motivo de grande orgulho para o PSD de Tomar, demonstrando que mais uma vez estamos bem representados no governo nacional. Esta nomeação reflete a qualidade e excelência dos quadros social-democratas tomarenses, sublinhando a capacidade do PSD de Tomar de formar e promover as melhores pessoas para funções de elevada responsabilidade.
Estamos certos de que Maria Luísa Oliveira desempenhará as suas funções com o mesmo empenho e rigor que sempre pautaram a sua carreira, contribuindo significativamente para a inovação e melhoria do sistema educativo nacional.

Tomar, 13 de fevereiro de 2025
PSD de Tomar

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025



Autarquia e obras particulares

Em Tomar 
até a nomenclatura oficial assusta...

A notícia é d'O MIRANTE e pode ser lida neste link:


Menos 60% nos tempos de espera, mais 274 processos despachados, em relação ao ano anterior. E em Tomar, onde paira inveja quando se ouve dizer, ou se lê, que mais um empresário resolveu instalar-se em Torres Novas? Houve redução nos tempos de espera? Quantos processos despachados a mais, em relação ao ano anterior? Houve menos processos em 2024?
Em Tomar reina um silêncio altaneiro, fingindo competência, quando afinal se vê bem que é apenas arrogância e desdém. Espírito de casta, que já nem se usa alhures. De resto, a diferença salta à vista logo na designação oficial ou nomenclatura. Em Torres Novas são os "Serviços de Urbanismo da Câmara". Naturalmente com funcionários que são servidores públicos do Município.
Ali na Praça da República, a música é outra, com outro pretenso gabarito. Nada de serviços de urbanismo, que cheira logo a servidores. Temos, isso sim,  a "DGT - Divisão de Gestão do Território", o que leva imediatamente a pensar em militares e de alta patente. Pelo menos um general de três estrelas, para comandar um sector municipal que infelizmente, tendo em conta a experiência recente, nem duas estrelas merece. Mas como se costuma dizer, "presunção e água benta, cada qual toma a que quer."  
O mais curioso, se assim se pode dizer, é que os eleitos, tanto da maioria como da oposição, parecem satisfeitos com a situação. Pelo menos nada dizem a respeito. Segundo alguma informação local, nem sequer há a avaliação obrigatória que devia haver. 
Querem ver que é por causa dos votos dos mais de 630 funcionários municipais, e respectivas famílias, de longe o maior contingente da região?

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

 

Autárquicas 2025

Quer ajudar a escolher melhor os eleitos?

Se leu a crónica ALEA JACTA EST, sabe que TAD3 tenciona entregar a cada candidato, logo no inicio da próxima campanha eleitoral, uma lista com os dez problemas que mais condicionam o futuro de Tomar. Cada um deles seguido de 3 perguntas: 1-Se for eleito, vai resolver este problema? 2 - Se afirmativo, de que forma? 3 - Qual é em síntese a sua proposta de solução para o problema?
Esta ideia, que poderá ser implementada por TAD3 de forma isolada, ou em colaboração com a informação local (é caso para se conversar, se houver ocasião...), implica a existência prévia de uma lista dos dez problemas que mais dificultam a construção do futuro em Tomar. Tenho há anos essa lista, mas também a clara noção de que não sei tudo, nem coisa parecida, de forma que os problemas constantes da minha lista provavelmente nem são os mais graves, ou sequer os mais prementes.
Decidi por isso solicitar a ajuda dos leitores, na tarefa da elaboração da futura lista. Quer colaborar? Pois então faça favor de dizer por escrito, de forma sucinta, qual é o problema, ou quais são os problemas que, na sua maneira de ver, mais condicionam a evolução de Tomar. Asseguro total confidencialidade. O seu nome ou @ só serão revelados mediante concordância prévia e explícita, se for caso disso. Por favor, escreva para anfrarebelo@gmail.com nos próximos 8 dias. Peço-lhe que aceite os meus antecipados agradecimentos.


Fernando Cândido - PSD - Tomar

OPINIÃO

O REINO DE AQUÁRIA 
E O PRESIDENTE DAS DESCULPAS

No coração de um vasto continente, cercado por montanhas imponentes e rios

deslumbrantes, havia um pequeno reino chamado Aquária. O seu povo era trabalhador

e sonhador, mas constantemente assolado por um problema: as chuvas torrenciais, que

ano após ano transformavam as ruas em rios.

Ao leme do reino tínhamos um homem, não conhecido por grandes realizações ou

conquistas, mas pela sua capacidade impressionante de justificar cada falha com um

passado demasiado longínquo. Sempre que era confrontado com um problema, em vez

de soluções, apresentava desculpas.

Certo dia, notícias de uma enchente devastadora deixaram a população em pânico! Era um

desastre anunciado e mais uma vez, dezenas de edifícios estavam em risco. Mas o Rei,

convicto das suas capacidades, anunciou à população:

“Meus queridos súbditos, não se preocupem! Tive uma ideia genial para resolver a

questão das inundações. Apresento-vos o Parque da Esperança, um moderno parque

infantil que vai servir como zona de drenagem eficiente para todo o reino!

O povo ficou confuso! Como é que um parque infantil ia resolver o problema das cheias?

Mas o Rei continuou:

“Bem sei que muitos estão a reclamar. As ruas estão intransitáveis, e a água invadiu as

casas. Mas lembro-vos que no tempo do meu antecessor, nem parque nós tínhamos!

O Parque da Esperança, com os seus escorregas e baloiços, não é apenas um local de

lazer, mas um símbolo da nossa evolução, uma verdadeira obra-prima da engenharia.”

Foi uma inauguração com pompa e circunstância. Bastou porém a primeira grande chuvada

para que a verdade viesse à tona. O Parque da Esperança tinha-se tornado no parque

da Desilusão. Construído numa área baixa e sem qualquer tipo de mecanismo de

drenagem, tornou-se um autêntico lago.

A população, revoltada, exigiu explicações. Mas o Rei, com a sua já conhecida arte da

desculpa, estava pronto:

“Meus amigos, compreendam! Se hoje temos um parque alagado, pelo menos temos um

parque! Antigamente, a água ficava espalhada por toda a cidade. Agora, ela concentra-

se apenas num lugar! Ainda vos digo mais, esta obra está a cumprir e bem a missão

para a qual foi projetada, ainda aqui cabem muitos milhares de metros cúbicos de água”.

O povo não sabia se havia de rir ou chorar. Enquanto os problemas aumentavam, o rei

governava com a sua lógica, que só para ele fazia sentido.

E assim a vida continuava no reino de Aquária, entre enchentes e desculpas, enquanto o Parque

da Esperança se tornava um triste símbolo da incompetência, maquilhada pela nostalgia.

(Texto editado por TAD3)

Fernando Cândido

Secretário-Geral Adjunto do PSD de Tomar

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025


Autárquicas 2025

Alea jacta est

Alea jacta est, a sorte está lançada. Assim devem pensar os dois candidatos já conhecidos à Câmara de Tomar, a 8 meses das próximas eleições. Sabem que a única outra candidatura com algumas hipóteses tarda em aparecer, segundo consta devido a graves divergências no partido, relacionadas com o comportamento de alguns dirigentes santarenos.
Sabem também, tanto o socialista como o social democrata, que há quatro anos o PSD perdeu antecipadamente, quando a sua candidata recusou um frente a frente com Anabela Freitas. E aí, ambos se sentem confortáveis com a eventualidade de um debate a dois em directo. Estão preparados e treinados. Têm várias horas de troca amena de ideias num programa semanal da Rádio Hertz, sentindo-se cada um capaz de levar a melhor sobre o adversário, com boas maneiras.
Estão por isso calmos e bem dispostos. A extrema esquerda não os vai incomodar, porque não tem espaço nem capacidade para tal, a direita parece em estado de profunda sonolência, e a informação local está controlada, salvo uma ou outra excepção sem significado por aí além. Pode-se portanto continuar sem stress até Setembro/Outubro.
Assim pensam os dois campeões já indigitados, e não estão muito longe da verdade. Há apenas aquela questão menor dos programas a apresentar, mas aí o partido dispõe de especialistas bem pagos. Pelo governo num caso, pela autarquia no outro. Tudo bem, portanto?
Quase, quase. Praticamente sem adversários à altura e afastada a hipótese de um confronto directo sob a forma de debate, resta deixar correr o marfim, pensam decerto o presidente substituto e o vereador pretendente.
Pois não senhor! A tarefa que os espera pode não ser assim tão fácil, antes pelo contrário. Com a sua modesta capacidade de intervenção, Tomar a dianteira 3 vai fazer o que estiver ao seu alcance para evitar que os eleitores tomarenses continuem a votar no escuro, baseados apenas naquilo que as formações partidárias lhes impingem.
Com ou sem o apoio da restante informação local, (caso para se conversar), será entregue a cada um dos candidatos uma relação de dez problemas que se consideram fundamentais para o futuro da cidade e do concelho, pedindo-se para cada um deles respostas escritas às perguntas seguintes: 1 - Se for eleito vai procurar resolver? 2 - Se afirmativo, de que forma? 3 - Qual é em síntese a sua solução?
É isto. O questionário será conhecido logo no início da campanha eleitoral. Qual o tipo de problemas?
Este por exemplo: Agrava-se a insegurança na cidade e no concelho, sobretudo após o mal conduzido realojamento do Flecheiro.  1 - Se for eleito, vai procurar resolver a questão cigana no concelho? 2 - Se afirmativo, de que forma ? 3 - Qual é em síntese a sua proposta de solução?
Fica aqui a informação bastante antecipada, para que depois ninguém possa queixar-se de que não foi prevenido atempadamente. Boa sorte a todos.