quinta-feira, 16 de maio de 2024


Participação cívica

Parar para pensar


Ensinaram-me, lá para as bandas da Gália, que é conveniente parar para pensar, de tempos a tempos. Ficou-me esse hábito, pelo que resolvi aproveitar a forçada interrupção, por razões de saúde, para fazer uma pausa na escrita, a qual poderá ser mais ou menos prolongada.
Quem pode comparar, já terá constatado decerto que é cada vez menos aprazível viver em Tomar. Não porque os tomarenses sejam más pessoas. Não são. Adquiriram porém, em geral, o hábito de ter sempre razão, e de agir em conformidade, o que naturalmente poucas vezes corresponde à realidade factual. Daí cada vez mais situações de desconforto, para quem não deseja renunciar ao hábito de pensar. "Fora da caixa", como agora se diz na capital.
Sem ofensa, antes pedindo desculpa pelo desaforo, cumprimento os meus leitores, tanto os fiéis como os outros, desejando a todos o melhor na vida deste mundo. No outro, se houver, é com a igreja. O tempo dirá se voltarei a estas colunas. Vamo-nos vendo por aí...

quarta-feira, 8 de maio de 2024



Vida tomarense

Gente com antolhos sem disso se dar conta


"Triste ando eu... ...que sei ser o meu mal sem esperança", escreveu Camões algures e aproveito eu para partilhar, por estar numa posição semelhante. Bem gostaria que os meus conterrâneos fossem de outro modo, mas são irremediavelmente  como são. Vivendo num vale lindo mas desprovido de horizontes, praticamente só os que daqui saem conseguem por vezes ver longe, mas esses são logo acusados de terem a mania de ser melhores do que os outros (sobretudo quando são mesmo) e votados ao desprezo. Tudo o que a partir de então possam dizer ou escrever, será sempre ouvido ou lido numa atitude de condescendência, logo seguida da maior indiferença, por vezes fingida. E assim vamos indo.
As situações que passo a relatar ocorreram no único blogue local onde acontece por vezes algum debate. Uma postagem denunciava a óbvia falta de estacionamento na urbe, que já levou inclusivamente alguns profissionais da estrada e não só, a protestarem. Logo um outro comentador botou opinião, sustentando que vem muito a Tomar e acha que há muitos locais para estacionar.
Algo irritado, um terceiro interveniente escreveu que cada qual pode avançar com as palermices que quiser, como essa de haver estacionamento com fartura, pois vivemos numa sociedade livre. Tanto bastou para que logo um outro, com fortes indícios de quadro superior da autarquia, descer a terreiro para apoiar o do estacionamento com fartura, aproveitando para injuriar o discordante, cuja intervenção apodou de "perfeita estupidez".
Isto porque, vivendo em Tomar, segundo também escreveu, nunca sentiu que houvesse falta de estacionamento na área urbana, aproveitando para enumerar os parques de estacionamento existentes na zona antiga e além da ponte. O que há, acrescentou em tom crítico, são cidadãos que pretendem levar o carro para todo o sítio, e estacionar a dois passos do café, da loja, da repartição ou do emprego.
E temos de viver em boa harmonia, com cidadãos que nem tiveram a ideia de parar um bocadinho para pensar melhor. Para formular uma simples pergunta elementar. Porque há cada vez mais gente a dizer que falta estacionamento e muitas outras coisas em Tomar?
São os tais antolhos, umas vezes partidários, outras vezes culturais, outras ainda ambas a coisas, que forçam um visão estreita da realidade, com poucas ou nenhumas hipóteses de alargamento. No caso, vejamos rapidamente. A esmagadora maioria dos turistas chega a Tomar de automóvel e de autocarro, e quase todos se dirigem logo para o Convento de Cristo.
Uma vez que há apenas 7 lugares para autocarros de turismo, muitas vezes deixam os visitantes à entrada do monumento e vão estacionar junto à Casa da água dos Pegões altos, onde não existe qualquer equipamento. Nem sanitários, nem bar, nem área de descanso, e o piso é de terra batida.
Ali ficam a olhar para os pinhais, até uma hora mais tarde o guia do grupo os chamar por telemóvel. Muito bucólico, sem dúvida. Mas é isto aceitável em 2024, junto a um monumento Património da humanidade, em plena União europeia, que para cá manda milhões e mais milhões para equipamentos?
Pior sorte têm os automobilistas. Se ao chegarem encontrarem os dois pequenos parques cheios, e as redondezas sem uma nesga onde parar, que solução têm? Naturalmente vão-se embora para onde haja melhores condições de acolhimento.
Mas isso é lá em cima no Convento, dirão alguns cérebros locais ligados à autarquia. Pois é. Mas será que cá em baixo a situação é melhor? Alguém está a ver um visitante estacionar o carro no largo do Mercado, por exemplo, para visitar a Sinagoga ou lanchar nas Estrelas? E parar na Rua Voluntários da República, ou junto à Estação, para fazer compras na Corredoura?
Assisti um dia destes ao espectáculo algo insólito de um carrinho da bagagens, daqueles dos hotéis, (ver imagem supra) cheio de varões amarelos, carregado com uma pilha de malas e empurrado por um empregado trajado a rigor, circulando na rua Silva Magalhães, entre a esquina da Várzea Pequena, onde parou o autocarro à falta de melhor, e a Praça da República. Pitoresco é certamente. Mas será prestigiante para uma cidade com pretensões a grande centro de turismo?
Deitem fora os antolhos quanto antes, se puderem, e tratem de alargar a visão para ambos os lados. Pode ser que ainda vão a tempo. 





TURISMO

O MILAGRE TURÍSTICO TOMARENSE


É o mundo às avessas. O contrário do que deveria ser. Quando se foca o cada vez maior fosso entre Ourém a crescer e Tomar a decair, há luminárias nabantinas -ditas de esquerda, ainda por cima- que reajem prontamente e de forma categórica -"É porque os gajos têm Fátima." Seria portanto lógico que, contando com a propensão para milagres naquele famoso santuário, os oureenses, que são a capital concelhia da zona, dispensassem a elaboração de custosos e fastidiosos planos de desenvolvimento turístico, que depois é necessário ir actualizando, assim se gastando verbas que tanta falta fazem noutros sectores. Nos subsídios e concertos à borla, por exemplo.
Vai-se a ver e não senhor. Antes pelo contrário. A autarquia de Ourém não se fiou nem nos milagres de Fátima, nem na protecção da fada Oureana, nem nas suputações dos nabantinos, seus sócios na Tejo Ambiente, um negócio das arábias, e vai daí encomendou a elaboração de um Plano estratégico de turismo para o concelho, que após apresentado numa recente reunião do executivo, vai agora para debate e aprovação na Assembleia municipal. (Ver link).
Minudências de somenos importância, que a maioria socialista tomarense dispensa, e com toda a razão. Não consta do seu magnífico programa, sufragado pelos tomarenses. Além disso, quem tem a Casa das ratas, a Filipinha das festarolas à borla, e a protecção de santa Anabela, agora alcandorada a altas funções, justamente na promoção turística, integrada numa lista dos adversários "laranja" de forma limpa, precisa lá agora de planos! Necessita, isso sim, é de fundos nacionais ou europeus para estoirar, e da complacência do rebanho de eleitos tomarenses, que nossa senhora de Fátima ajude e Deus proteja. O resto, que é quase tudo, virá por acréscimo. E caso não venha, só perde é quem tem algo a perder. Pois se até há por aí um respeitável cidadão -abrigado num nome suposto, porque nunca se sabe- sempre pronto a repetir, em comentários sucintos, que o grande erro tomarense tem sido a aposta no turismo, vejam bem!
Vivó socialismo tomarense! Vivá brilhante oposição que temos! Vivá excelente informação local, cujas magníficas análises são apreciadas no país inteiro, graças à sua nunca desmentida pertinência e acutilância! A óbvia decadência tomarense é apenas um pequeno acidente de percurso, sem grande incidência no futuro brilhante que aí vem para Tomar. Amém!

ADENDA

Cereja no topo do bolo e elegante bofetada de luva branca, o Plano estratégico para o turismo de Ourém, não só não prejudica, como até ajuda Tomar. Tem cinco eixos turísticos estratégicos, e outras tantas áreas turísticas-chave a desenvolver. Uma dessas áreas é o Agroal. O lado oureense, é claro. 
Na margem tomarense do Agroal, consta que o Departamento de Estudos Turísticos do Politécnico está a encarar a hipótese -caso venha a conseguir obter a indispensável licença camarária- de pôr a funcionar uma área de turismo selvagem experimental para nudistas, com distribuição diária de sopas para comer sem colher, e um litro de tintol da zona por cabeça e por refeição. Tudo à borla, estilo tomarense. "Agroal food" depois da recente "street food", do glorioso reinado filipino, agora infelizmente quase a terminar.



terça-feira, 7 de maio de 2024



TRIBUNA do PSD - TOMAR

PSD DE TOMAR ASSINALA 25 DE ABRIL
COM TOMADA DE POSSE


Decorreu, no passado dia 25 de Abril, a tomada de posse dos órgãos concelhios recém-eleitos do PSD e da JSD de Tomar, nas Serras da Sabacheira (GDR - Grupo Desportivo e Recreativo da Sabacheira). A cerimónia de tomada de posse, que juntou várias dezenas de militantes, simpatizantes e autarcas, contou com a intervenção de Tiago Carrão, Presidente da Comissão Política da Secção de Tomar do PSD, de Duarte Joaquim, Presidente da JSD de Tomar, e também dos representantes das estruturas distritais de Santarém, Tiago Ferreira (PSD) e Ricardo Carlos (JSD).
Neste dia, o PSD de Tomar celebrou também os 50 anos do 25 de Abril, reforçando que hoje continua a ser tão ou mais necessário trabalhar para manter a liberdade, valores e democracia conquistados em 1974. Na sua intervenção, Tiago Carrão dirigiu palavras duras à governação municipal socialista, questionando se “nós, Tomarenses, somos realmente livres ou estamos presos às amarras desta governação socialista?”, afirmando depois que “Tomar não está condenada à estagnação, à indiferença e ao desânimo”, e que o PSD está a trabalhar para se apresentar às eleições autárquicas do próximo ano “como um farol de esperança para todos os tomarenses”, através de um projeto assente na credibilidade, seriedade e visão de futuro para o concelho.
Os órgãos recém-eleitos do PSD de Tomar assumiram então, perante os militantes, a ambição de vencer as eleições autárquicas de 2025, apelando, para isso, à participação e apoio de todos.

Tomar, 6 de maio de 2024

PSD - TOMAR

Imagem Rádio Hertz (editada), com os nossos agradecimentos.

Desenvolvimento local

Situação deprimente e exasperante


É um tempo triste, deprimente e ao mesmo tempo exasperante. Olha-se para a notícia, sem grandes detalhes, cumprindo o usual "quem, o quê, quando, onde", mas sem o necessário "como, porquê", para mais cabal entendimento, e fica-se triste, a pender para o deprimente e deslizando lentamente para a exasperação. (Ver link)
12 milhões de euros de obras no concelho, com fundos europeus, redundam numa verdadeira pobreza de espírito. Não falta dinheiro. Faltam cabeças. Uma miséria em termos de inovação. Biblioteca municipal, Protecção civil, Nova viatura para os bombeiros, Arranjos em Carvalhos de Figueiredo, Acrescento na circular urbana, Passadiço em S. Lourenço, Arranjos na ponte pedonal do Flecheiro,  Requalificação da Escola Gualdim Pais, Melhoramento do Largo de Cem soldos, Conclusão do saneamento no Centro histórico. Tudo coisas úteis, sem dúvida alguma, mas largamente insuficientes para uma urbe como Tomar. Uma lástima.
É praticamente só remendos, acrescentos, reparações, melhoramentos, sem qualquer ideia nova. Sem rasgo, sem imaginação, sem golpe de asa. Onde estão as soluções para os vários problemas tormarenses, o mais gritante dos quais é a assustadora falta  de estacionamento junto ao Convento, no Centro histórico e na área urbana.? Para quando os equipamentos urbanos indispensáveis ao inevitável aumento do fluxo turístico, como um pavilhão multiusos ou uma ligação rápida e não poluente Cidade-Castelo?
Nota-se desde há muito uma assustadora falta de ideias fecundas, em gente que se candidatou a lugares que não podem ser desempenhados a contento sem coragem, audácia, honradez e cabeça bem afinada. Chega de pouca sorte e de lamúrias. Ninguém nos quer prejudicar enquanto urbe multicentenária. As nossas escolhas eleitorais é que não tem sido as melhores. Haja pelo menos frontalidade para reconhecer, protestar e mudar.
As autárquicas de 2025 são já ali adiante. Vamos quebrar barreiras, deitar para o lixo os óculos partidários, e avançar? Parece-me óbvio que a actual maioria não tem recursos humanos para aspirar a mais uma vitória. Falta apurar quem a vai substituir. Vamos a isso? Sem esforço e preparação adequada, não vamos a lado algum. Já os latinos diziam audaces fortuna juvat (a sorte ajuda os audazes).


segunda-feira, 6 de maio de 2024

Imagem Rádio Hertz, com os agradecimentos de TAD3.

Promoção turística

FOI UM ÊXITO O FRACASSO 

DO CONGRESSO DA SOPA



Quem, como o autor destas linhas, já anda nisto há muito tempo, sabe que parte dos leitores nabantinos só gosta de boas notícias. Ou de eventos noticiados pela positiva. Quando assim não é, não lêem e estão no seu direito. Ciente dessa situação, Tomar a dianteira 3 passa a "dizer bem" da recente edição do Congresso da sopa, sem atraiçoar a realidade factual.
Na excelente informação local que temos, houve ocasião para ler dois estilos opostos. Num deles, não se mencionava o manifesto insucesso do congresso, que registou menos sopas, menos restaurantes e menos manducadores, para assim realçar o êxito da coisa, escondendo o malogro. No outro, pelo contrário, foi-se ao osso da notícia. Escreveu-se que houve menos sopas  e menos restaurantes inscritos. Só faltou a menor afluência, porque a notícia foi redigida antes da consumação do relativo desastre. (ver links)
Em pleno Congresso, a maioria PS local fez-se fotografar, todos com rasgados sorrisos, e com toda a razão. O evidente fracasso do Congresso da Sopa foi um êxito. Conseguiram de uma assentada menos sopas, menos restaurantes e menos congressistas de bandulho.
Melhor ainda, a vereadora do costume vai garantir a pés juntos que correu tudo o melhor possível, e que a menor participação se deveu às más condições atmosféricas, com alguma chuva e bastante frio para a época. Confirmará assim, sem disso se dar conta, que os proprietários dos restaurantes da zona, além de bons especialistas em culinária, são também excelentes meteorologistas. Conseguiram prever com semanas de antecedência que ia estar mau tempo, o que os levou a abster-se, para as sopas e o pessoal não se constiparem.
Outro êxito digno de nota foi o manifesto aumento de associações e entidades públicas, armadas em cozinheiras de salvação local. Perante a carência de tascas e restaurantes, tentaram colmatar, o que em termos práticos resultou numa substituição da iniciativa capitalista pela economia pública ou subsídiodependente, afinal a mesma coisa em termos de resultado. Houve mesmo um nítido aumento de sopas provenientes de entidades com outras vocações, todas dependentes dos subsídios camarários, o que tende a mostrar que teve êxito relativo a ideia camarária de conseguir mais inscrições do que no ano anterior. Falharam no global, mas conseguiram quanto à economia socialista.
Essa labuta autárquica em prol de mais sopas provenientes de entidades de fora da esfera capitalista, foi de tal ordem que até o respeitável Instituto Politécnico avançou com as suas sopinhas, apesar de não assegurar nenhuma licenciatura em culinária ou de gastronomia. Ficaram-se pela "sopa IPT" e "sopa de peixe", mas parece-me que teria sido mais adequado "sopa de faz de conta" e "sopa fracassada", por ser do conhecimento geral que o ensino no IPT é um êxito indesmentível. Têm cada vez menos frequência, apesar das numerosas habilidades na área da camuflagem, o que faculta a docentes e discentes uma qualidade de vida muito acima da média, com um sossego só possível na província decadente ou nos cemitérios, o que é parecido.
Agora não venham dizer que Tomar a dianteira 3 não fez um esforço considerável para dizer bem daquilo que manifestamente está mal em Tomar, e tende a piorar. Pois, bem sei. Os optimistas interesseiros e os de óculos partidários da cor, vão alegar que podia ter sido bem pior. E não é que podia mesmo? Mas é só esperar pela próxima.

 

domingo, 5 de maio de 2024

 




TURISMO

Tomar vista pelos turistas de língua francesa 


A habitual newsletter do Routard.com, o guia turístico francófono mais vendido na Europa, dedica esta semana bastante espaço a Portugal. Além de várias propostas de caminhadas, há a ROTA DO MANUELINO EM PORTUGAL Ilustrada com as três imagens supra, um pouco diferentes daquelas a que estamos habituados, inclui textos sobre o Convento de Jesus, em Setúbal, Jerónimos e Torre de Belém, em Lisboa, Igreja de Santa Cruz, em Coimbra, Mosteiro da Alcobaça, Mosteiro da Batalha e o Convento de Cristo. Eis a tradução integral do texto sobre Tomar:

TOMAR: O ANTRO DOS CAVALEIROS DE CRISTO

"Conquistada aos mouros em 1160 [É falso, Tomar nunca foi habitada pelos muçulmanos. Nota do tradutor.] por um autêntico cruzado, mestre da Ordem dos templários em Portugal, Tomar foi logo de seguida dotada de uma fortaleza, na crista montanhosa dominando a localidade. A prudência é a mãe da segurança! O castelo torna-se então a sede da Ordem do Templo em Portugal.
Antes de partir combater, os cavaleiros oravam (a cavalo!) no oratório -a Charola- uma extraordinária rotunda, réplica do Santo Sepulcro em Jerusalém, apoiada em oito colunas e rodeada por um deambulatório de 16 lados. Em 1321, o Papado dissolveu a Ordem dos templários, mas se em França houve condenações e fogueiras, os templários portugueses, necessários para a reconquista, escaparam ao apocalipse. Só mudaram de chapéu e passaram a ser cavaleiros da nova Ordem de Cristo.
Um século mais tarde, o Infante D. Henrique, o Navegador, é nomeado governador da Ordem, e foi assim que a cruz de Cristo se fez ao largo, nas velas das caravelas portuguesas. Em Tomar, o Infante transforma o castelo em Convento de Cristo, e o seu sobrinho-neto, D. Manuel I, continua a obra, integrando a Charola numa igreja mais vasta, com abóbadas radiantes e aberturas espectaculares.
Vista do exterior, a célebre Janela de Tomar (1513), obra de Diogo de Arruda, atrai os olhares de todos. Apoteose do estilo manuelino, é tão exuberante que chega a parecer extravagante. Está decorada com cordas, nós, algas, raízes, etc.  Anjos e quimeras sobem ao longo de dois mastros de naus, cinzelados com mil motivos vegetais e marítimos. Toda uma viagem gravada na pedra, com o rosto do capitão em baixo, suportando toda a construção.
A 22 quilómetros de Tomar, o Castelo de Almourol, velha fortaleza templária a não perder."

Conforme se pode constatar, apenas se descreve o essencial do Convento de Cristo. Nenhuma referência ao centro histórico tomarense, apesar do portal protomanuelino de S. João Baptista.