terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

 

Viagens

Lá para aquelas bandas dos Himalaias é normal

A inesperada ilustração da crónica anterior terá surpreendido, e até chocado, alguns leitores mais sensíveis e fechados às coisas do Mundo. O comentário dominante terá sido "do que aquele gajo se foi lembrar!" Houve outros, que as boas maneiras me impedem de reproduzir, uma vez que tiveram o recato de enviar apenas para o mail pessoal.
Gostaria no entanto de esclarecer que no Bhutão, o país da felicidade, mesmo ao lado do Nepal, a norte da Índia,  a decoração fálica nas fachadas não é algo raro, mas pelo contrário absolutamente corrente, como se pode ver na imagem supra, colhida num bairro popular dos arrabaldes.
Outras terras, outros usos, outras rocas outros fusos... É o que se pode chamar um país do... ...que está desenhado nas paredes.

 

Fachada de um prédio residencial, em Timphu, capital do principado do Bhutão. É uma pena não ser na praça da República em Tomar, porque a Câmara iria decerto exercer o direito de preferência, para nele instalar um daqueles serviços onde por vezes se tomam decisões do...desenho que está na parede, e os cidadãos é que pagam.

Política local

Direito de preferência para quê?

https://radiohertz.pt/tomar-processo-do-antigo-edificio-dos-smas-psd-quer-saber-gastos-e-consequencias-anabela-freitas-assegura-que-autarquia-exerceu-o-direito-de-preferencia/

Arrasta-se a querela àcerca da venda do edifício onde funcionaram os SMAS, e está instalado o Departamento de obras municipais. É do conhecimento público que o mesmo foi vendido por 550 mil euros, não tendo a Câmara exercido atempadamente o seu direito de preferência.
Procurando remediar, a presidente ordenou que se recorresse ao tribunal, o que foi feito, tendo a autarquia sido vencida na primeira instância e na relação, acabando por renunciar ao apelo para o supremo. Cumprindo a sua obrigação como oposição, o PSD quer agora saber quanto custou a refrega judicial, com a presidente a garantir que emitiu em tempo oportuno um despacho para que se exercesse o direito de preferência.
Havendo um despacho, tudo aponta no sentido de a determinação da presidente não ter sido cumprida com zelo nem pontualidade. É mais um indício daquilo que nestas colunas tem sido escrito. Dependendo sobretudo dos votos dos funcionários e dos reformados, a maioria socialista nunca conseguiu nem consegue controlar com eficácia o pessoal camarário, que em certas áreas faz praticamente só o que lhe convém. Está em autogestão.
Há depois uma outra vertente, que tende a passar despercebida na espuma dos dias. A justeza das decisões do executivo. Por exemplo neste caso do direito de preferência, se o mesmo tivesse sido exercido em tempo útil, a Câmara seria agora proprietária do imóvel. Para quê?
Uma vez que os SMAS já se foram, e o palácio Alvim, antiga esquadra da PSP, continua às moscas, o edifício da praça da República iria servir para alojar o quê? Um museu de funcionários caducos e serviços ultrapassados?
Parece reinar em tudo isto uma certa desorientação, a pouco mais de dois anos do final do longo e penoso reinado. Ou a presidente já se esqueceu daquela ideia peregrina de construir um grande prédio nas traseiras de S. Francisco, para nele instalar todos os serviços administrativas da autarquia? A partir dessa altura, o edifício dos SMAS iria servir para quê?

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023


Administração local

Finalmente perceberam?

Falando das obras na estrada da Serra, para tentar justificar os 70 mil euros a mais para substituir lancis inadequados, a senhora presidente da Câmara parece ter posto finalmente o dedo na ferida. Disse que entre a opção dos arquitetos e a vontade dos cidadãos, escolheu esta, pelo que há alterações a fazer, com os inerentes custos.
A maioria socialista terá finalmente percebido? É o que falta agora apurar, e só o tempo o dirá. Mas as declarações da presidente são um sinal muito positivo. Mostram que, pelo menos no caso das obras da Estrada da Serra, a Câmara percebeu que entre a opinião dos técnicos camarários, ou ao seu serviço, e a vontade maioritária livremente expressa pelos cidadãos, é sempre esta última que deve prevalecer. Os autarcas não são eleitos pelos técnicos camarários e outros, mas pelos eleitores em geral, entre os quais há alguns mais preparados do que outros, designadamente os técnicos, que estão longe de ser todos de primeira água, ao contrário do que costumam alardear Em democracia deve prevalecer sempre o princípio "um cidadão um voto", o que significa que em teoria tanto peso tem a opinião de um técnico superior como a de um qualquer rural quase analfabeto funcional. Sabemos que não é assim que acontece, mas a base de trabalho é essa, que convém nunca esquecer.
Compreende-se a indecisão da maioria socialista, sempre que se trata de escolher entre a opinião pública e a opinião técnica da casa. Normalmente, os autarcas são eleitos pelo conjunto dos cidadãos, entre os quais arquitectos, engenheiros e outros são uma ínfima minoria, e todos deviam preparar o seu voto, mediante a leitura prévia dos programas partidários respetivos.
Infelizmente, em Tomar nunca tal aconteceu. Nunca houve programas políticos estruturados, submetidos ao eleitorado. Apenas umas vagas listagens de intenções e belas promessas. Daí a confusão e a hesitação dos autarcas, na hora da escolha. Tanto os maioritários como os da oposição. Como têm a noção de que não apresentaram qualquer programa sólido e vinculativo, muitas vezes ficam perdidos, sem saber o que escolher, entre a pressão dos técnicos superiores, a pensar nos bolsos, e a opinião pública, que só se manifesta tarde de mais, quando há coragem para isso, porque as inconveniências são excessivas, como acaba de acontecer na Estrada da Serra, mas já ocorreu em obras anteriores. E não podia ser de outro modo, dado que, no microcosmo político tomarense, os técnicos superiores camarários consideram-se uma espécie de deuses, incapazes de ouvirem o clamor da opinião pública. Daí tantas asneiras e tanta arrogância.
Sempre assim foi, mesmo antes do 25 de Abril. A opinião pública não conta. Os técnicos superiores é que sabem. Situação que se agravou com a inesperada e condenável atitude desta maioria socialista. Ao longo deste últimos dez anos, tudo fizeram, comprando, prometendo, bajulando, ameaçando, intimidando, tudo fizeram para calar a crítica, a dita opinião pública. De tal maneira que agora são raros os que ousam falar, regra geral para dizer aquilo que os do poder querem ouvir. Quando assim não acontece, como na Estrada da Serra, há bronca.
Escrevo-o por estar convencido de que é a verdade crua e por isso inconveniente: Em matéria de transparência, tolerância e liberdade de crítica, inesperadamente esta maioria socialista veio a revelar-se a pior Câmara desde o 25 de Abril. É certo que as declarações antes citadas da presidente parecem indiciar uma mudança de rumo. Do rumo certo para o rumo à liberdade crítica e à auscultação da vontade popular. Nunca é tarde para melhorar, mas faltam pouco mais de dois anos para o final do mandato...



domingo, 26 de fevereiro de 2023

Informação regional

Sem avançar que se vai avançar não se pode avançar

https://omirante.pt/sociedade/2023-02-26-Ourem-vai-avancar-com-medidas-de-apoio-a-fixacao-de-medicos-de-familia-68a8b242

Graças à redação da local infra d'O Mirante, o melhor semanário da região, Tomar a  dianteira 3 entendeu finalmente qual a causa do notório avanço de Ourém em relação a Tomar, designadamente em termos demográficos. É porque a presidente tomarense, apesar de proclamar que está no rumo certo, nunca avançou que ia avançar em coisa nenhuma. E sem avançar que se vai avançar, como podemos avançar realmente?

Ourém vai avançar com medidas de apoio à fixação de médicos de família
"Depois de uma manifestação que juntou cerca de 150 pessoas à porta da Câmara de Ourém a reclamar por mais médicos de família Luís Albuquerque avança que a autarquia vai avançar com medidas para a fixação de profissionais de saúde."
SOCIEDADE | 26-02-2023










Economia local - Transporte ferroviário

E um pouco de realismo, não seria melhor? 

Aproveitando a euforia reinante com o PRR e o seu ramal Plano Ferroviário Nacional, reuniu em Tomar um seleto grupo de cidadãos para debater o problema do cominho de ferro e propor algumas iniciativas na região. Segundo constou na informação local, avançaram as seguintes ideias: Aumentar as ligações e reduzir o tempo de viagem no Ramal de Tomar; fazer obras na estação de Santa Cita e instalar uma ligação ferroviária de superfície entre Tomar-Ourém-Fátima-Leiria.
Quanto à primeira, é inteiramente acertada, conquanto incompleta. Impõe-se antes a duplicação da linha até à Lamarosa, condição indispensável para podermos depois ter uma ligação tipo metro expresso regional entre Tomar e Lisboa. Já as duas outras são mais do reino da fantasia.
Estação de Santa Cita é uma designação do passado. Foi desclassificada, por falta de movimento e passou a simples apeadeiro. Deixou portanto de haver pessoal ou venda de bilhetes. Basta um alpendre de cada lado da linha, como nos outros apeadeiros. Pedir o seu restauro não passa afinal de eleitoralismo encapotado.
O mesmo acontece com a proposta da ligação ferroviária Tomar-Ourém-Fátima-Leiria, a nova versão do caminho de ferro Tomar - Nazaré, defendida pelo Dr. Vieira Guimarães, nos anos 20 do século passado, e que nunca saiu do papel. Desta vez, a origem da ideia parece ter sido a anunciada ligação ferroviária entre Fátima e Leiria, que esta sim faz todo o sentido. Trata-se de assegurar transporte de grande capacidade e não poluente entre um santuário que recebe milhões de peregrinos, e a linha de alta velocidade Lisboa-Porto - Vigo-Santiago de Compostela.
Ocorre contudo que Tomar não tem peso específico, com os seus pouco mais de 40 mil habitantes, e está praticamente a igual distância de Lisboa e do Porto (menos de duas horas para cada lado). Se a isto juntarmos a complexidade do terreno, demasiado alcantilado, quem ousará assumir o risco de um percurso ferroviário sem qualquer viabilidade económica?
Basta pensar um bocadinho em termos práticos. Havendo mesmo investimento para a ligação ferroviária Tomar-Leiria, a estação de Tomar seria instalada onde? Na Venda da Gaita? Na Cerrada dos Cães, junto ao castelo? É que os comboios não sobem nem descem. Ou estarão os tomarenses a pensar numa ligação subterrânea, tipo metropolitano?
O próprio TGV Lisboa - Porto não passa afinal de um deslumbramento de rurais com falta de polimento. Segundo li algures, em virtude das leis da física, nomeadamente a força de inércia, um TGV lançado a 400 quilómetros/hora, precisa de 120 quilómetros a travar para se imobilizar. Uma vez que a distância Lisboa-Porto são 300 quilómetros, estando previstas paragens em Leiria, Coimbra e Aveiro, será mesmo um TGV, ou apenas um comboio um pouco mais rápido, com um nome europeu para enganar papalvos?
Pelo que, no que se refere a Tomar, faltam realmente estruturas de acolhimento, mas o comboio para Leiria não parece ser uma delas. Que tal um pouco de realismo? Não seria melhor?


sábado, 25 de fevereiro de 2023


Foge cão que te fazem barão!

No próximo aniversário da cidade, a 1 de Março, terá lugar no Cine-teatro paraíso mais uma cerimónia de homenagem a cidadãos e instituições. Trata-se de uma prática bem antiga, que já vem da antiguidade clássica, com a conhecida outorga das coroas de louros.
Tratava-se então de homenagear os heróis, aqueles que por feitos notáveis se tornam imortais, como referiu Camões há quinhentos anos: « Aqueles que por obras valorosas se vão da lei da morte libertando ». Mais perto de nós, o odiado regime deposto sempre honrou os seus heróis da guerra em África, em 10 de Junho, dia de Portugal, atribuindo medalhas de valor, muitas vezes a título póstumo, com as viúvas substituindo os sacrificados em prol do regime.
Antes já houvera um desvio à tradição, ao atribuírem-se condecorações e títulos nobiliários a pessoas que afinal nada de notável tinham feito, a não ser cair nas boas graças de quem manda. Foi o que aconteceu nomeadamente no Brasil do século XIX, com a atribuição muito exagerada de títulos de nobreza. A tal ponto que chegou até nós a crítica implícita mas feroz, de Almeida Garrett: « -Foge cão, que te fazem barão! -E para onde, se me fazem visconde?! »
Nos nossos dias, é uma prática de tal forma comum que até semanários de província, como O Mirante, atribuem anualmente prémios de homenagem. Trata-se afinal de uma prática não muito cara, que permite aumentar o número de leitores, e até conseguir mais votos, como acontece com os Municípios.
Há mesmo uma outra dimensão, como a atribuição dos óscares disto e daquilo, por exemplo, em que os prémios, homenagens ou condecorações são afinal comprados. É o caso dos óscares do turismo, por exemplo.
O único problema aparece nos meios pequenos, onde forçosamente a escolha dos contemplados se torna cada vez mais problemática, o que obrigou a descambar. Passou-se dos heróis para os comuns mortais, sem nada de extraordinário a premiar. É o caso de Tomar, em que a autarquia passou a condecorar não por mérito mas por simples antiguidade. Funcionários municipais recebem diplomas ao completarem 25 ou 35 anos de emprego, sem qualquer menção de desempenho fora do comum.
Outro tanto acontece com as empresas e instituições locais com mais de 50 anos, que também têm direito cada uma à sua medalha. Porquê? Por antiguidade. Para quê? Para a maioria PS poder demonstrar que está reconhecida por « não fazerem ondas » nem levantarem problemas. Fica sempre bem condecorar o salão de cabeleireiro da senhora presidente, ou a barbearia do senhor presidente.
Há outro óbice. Mesmo tendo alargado, até ao limite do possível, os critérios de atribuição de diplomas e medalhas, em Tomar pelo menos, há sérios riscos de em 2024 restarem apenas para medalhar os ciganos e os vendedores no mercado, que nalguns casos são os mesmos, e em 2025 os próprios eleitos, a condecorarem-se mutuamente, com grandes abraços de congratulação. O PS agradecendo a exemplar colaboração do PSD; os social-democratas reconhecendo a abertura, a transparência e as boas maneiras dos socialistas.
Em conclusão, um diploma ou uma medalha, valem o que vale quem os atribuiu. Como escreveu Lincoln, presidente dos Estados Unidos, « Podem-se enganar alguns durante um certo tempo, mas não é possível enganar todos para sempre. »

Post-scriptum

Já estou daqui a ouvir os amáveis comentários do tipo «o gajo escreveu aquilo porque nunca ninguém se lembrou dele.» Estão enganados na relação causal, como habitualmente, pois escrevi apenas para manter a cabeça ocupada, mas têm razão no restante. Até hoje, sempre consegui evitar homenagens, salvo durante a guerra em Angola, mas isso é outra história, eventualmente para outra altura.
Em Tomar, apesar do que fiz em prol da cidade, e que posso documentar onde convier, nunca me ofereceram medalhas ou diplomas, nem desejo que o façam,  « por ter a língua demasiado comprida ». Ou terá sido por não conseguir renunciar à liberdade de opinião, e por temerem que eu recuse publicamente, explicando porquê?

Assembleia Municipal

Política tipo crocodilo

Assisti, via Facebook e apenas durante cerca de uma hora, à sessão da AM de ontem, que a paciência não deu para mais.  Mesmo assim, reforcei a ideia da política nabantina tipo crocodilo. Aquele sáurio da conhecida anedota russa, que voava muito baixinho, praticamente rastejando. Eis dois exemplos:
A propósito de uma moção para condenar a agressão a um agente da autoridade, num espaço de diversão noturna, o representante do BE foi categórico. O guarda republicano agredido não estava fardado, sendo portanto um cidadão. Ignora o ilustre parlamentar que, segundo o próprio estatuto da condição militar, cada elemento da corporação é sempre militar. De dia ou de noite. Acordado ou a dormir. Até que chegue a idade da aposentação.
Além disso, há fortes indícios de que o agressor sabia muito bem a quem agredia, pois já antes tentara estrangular uma soldada da GNR, igualmente não fardada, tendo-se depois voltado contra o militar que a fora defender. Simples acaso? Ou os dois GNR de Alcanena estavam mesmo em serviço, apesar de "à civil", tendo sido agredidos porque reconhecidos?
Reforçando a afirmação de que um militar de GNR é sempre um militar, forçoso é reconhecer que a posição do deputado bloquista não é sustentável. Basta pensar que, se um GNR só o é quando fardado, como identificar e saber se está em serviço um inspetor da PJ? E um agente dos serviços secretos, que também é uma autoridade, e deixa de ser secreto ao identificar-se?
Para tentar voar um bocadinho mais alto, o parlamentar bloquista tem de rever esta sua posição, demasiado favorável ao agressor.
O outro exemplo envolve a própria presidente da Câmara. O líder da bancada do PSD queixou-se de que, em relação a determinado assunto, tinham perguntado mas a senhora "respondeu ao lado". Pouco depois, a presidente retorquiu algo como "o assunto foi respondido; se a resposta não lhe agrada, isso é lá consigo."
Perante o tom, e o lamentável conteúdo, ainda cuidei que o parlamentar laranja ia lembrar à sua contraditora que ali é a Assembleia Municipal e não o mercado do peixe. Mas não. Ficou-se por ali, com mais algumas considerações a propósito.
É pena, porque a Lei 26/2016 de 22 de Agosto, de acesso aos documentos administrativos, que é afinal a transposição obrigatória para o ordenamento jurídico português de diretivas do Parlamento e da Comissão Europeia, não permite dúvidas no seu artigo 5º: "Todos, sem necessidade de enunciar qualquer interesse, tem direito de acesso aos documentos administrativos..."
Donde resulta uma de duas hipóteses explicativas:
1 - O assunto foi inicialmente mal abordado pelos parlamentares do PSD, que fizeram perguntas, em vez de requererem o acesso aos documentos contendo as respostas, ao abrigo da Lei supra;
2 - Valendo-se do erro alheio, a Câmara não facultou os documentos, aproveitando para enviar um simulacro de resposta.
Resta agora voltar ao início do processo, identificando os documentos administrativos contendo as respostas que se buscam, e requerendo o respetivo acesso ou cópia, ao abrigo da Lei 26/2016, artigo 5º. A presidência terá de facultar o solicitado no prazo de 10 dias, quer queira quer não. Mas têm de requerer como simples cidadãos eleitores.
Assim vai a política nas margens nabantinas, neste inverno de 2023.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

 


Requalificação urbana

Têm sorte os moradores da Estrada da Serra

https://radiohertz.pt/tomar-substituicao-dos-polemicos-lancis-ja-esta-em-marcha/

Já estão a ser substituídos os polémicos lancis da Estrada da Serra, noticia a Hertz, conforme link supra. Têm sorte, os moradores e outros utilizadores daquela importante artéria urbana. Cá deste lado, na velha parvónia, também conhecida de forma pomposa como núcleo histórico, desde 2009 que um erro de cálculo, ou de execução, ou ambos, na obra da Estrada do Convento, tornou impossível o cruzamento de dois autocarros de turismo, num dado ponto do percurso 
Na altura, perante as reclamações, decidiram os doutos eleitos e técnicos superiores municipais que o melhor era proibir o trânsito de pesados no sentido descendente, como forma expedita e económica de ultrapassar o problema.
O tempo passou e 14 anos depois ainda estamos na mesma. A proibição mantém-se. Os autocarros de turismo só podem subir ao Convento. Depois têm de continuar pela estrada da cadeira d'el-rei, bifurcando no Casal de Santa António, ou rumo à Estrada de Torres Novas, ou para a de Fátima. Muito prático sem dúvida, para quem queira descer à cidade.
Há queixas cada vez mais frequentes de que a maior parte dos turistas que vão ao Convento não descem à cidade, mas quê? Os senhores técnicos e os ilustres eleitos é que sabem. Eles é que estudaram o assunto.
Deve ser por se tratar de uma obra do Paiva, (que é como quem diz do Diabo em pessoa, para os do PS), pelo que seria perigoso alterar alguma coisa, sob pena de sair da graça de Deus. Vade retro satanás! Amém! Os turistas que se lixem!


 


Turismo receptivo

Um trabalho louvável com alguns reparos

https://tomarnarede.pt/destaque/numero-de-turistas-mais-do-que-duplicou-em-tomar/

É um trabalho louvável, a peça do Tomar na rede (ver link supra) sobre turismo local, (uma matéria muito pouco tratada na informação tomarense), todavia com alguns aspectos menos conseguidos. O título, por exemplo,  encantará os camaristas, que logo esfregarão as mãos de contentes, por acharem que vem reforçar a sua partidária visão das coisas, confirmando que estamos "no rumo certo" também na área turística. Será mesmo assim?
"Número de turistas mais que duplicou em Tomar", diz a notícia. Em relação a que ano? A própria notícia acaba por revelar, mais adiante, que, apesar de tal incremento, ainda não se atingiu o nível anterior à pandemia, acrescentando que o melhor ano para o Convento foi em 2019, por causa da Festa dos tabuleiros. 
Segue-se que os números apresentados têm duas origens diferentes, e retratam coisas diversas. Os referentes ao Convento de Cristo devem ser da DGPC, e indicam o total de visitantes que pagaram o seu bilhete de 6 euros à entrada, excluindo as usuais franquias (escolas, domingos de manhã, convidados, antigos combatentes).
Os outros números são dos serviços de turismo da Câmara e carecem de credibilidade, porquanto não correspondem a entradas pagas, o que os torna facilmente alteráveis a favor da visão oficial. Aquelas visitas aos museus da Levada, por exemplo, parecem-me exageradas. De qualquer forma, nos monumentos e outras curiosidades visitáveis sem entradas pagas, quanto mais visitantes, maior é o prejuízo a cobrir pelo orçamento municipal.
Uma frase isolada, anuncia afinal o grande problema de Tomar, enquanto cidade de turismo: "Continua a verificar-se que mais de metade dos visitantes do Convento de Cristo não descem à cidade." Em termos gerais é isto. Uma situação bem estranha, quando se sabe que a esmagadora maioria dos que visitam o Convento tem de passar pela cidade, antes de chegar lá acima.
Sendo verdadeira, a frase não retrata todavia a situação de forma fiel, devido a dois óbices. Antes de mais, porque não tem em conta os milhares de turistas que, na estação alta (Junho, Julho, Agosto, Setembro), conseguem chegar junto ao Convento, mas se vão embora sem visitar, por falta de estacionamento. Depois, também todos aqueles que, paga a entrada, sem guia nem visita guiada, andaram ao acaso dentro de um monumento particularmente complexo, tendo saído sem paciência nenhuma para descer à cidade. Podem atravessar, mas sem vontade alguma de parar...ajudados pela falta de estacionamento na urbe. Não estou a ver nenhum turista a ir estacionar naquele parque junto à CP, para vir até à Sinagoga, à Corredoura ou ao Mouchão...
Há ainda o turismo organizado, dos "tour operators", cujos autocarros, depois de deixarem os turistas junto ao monumento, têm de ir estacionar junto aos Pegões, e que no regresso não podem descer a Estrada do Convento, devido a uma birra dos senhores técnicos superiores, donos de facto da autarquia.
Todas estas maleitas têm remédio, até a da Estrada do Convento. Remédio caro, mas de efeito garantido. Só que agora já é demasiado tarde, com os "clínicos" que estão a serem substituídos, quer queiram quer não, em 2025.
Vamos aguardar os próximos, para então apresentar as indispensáveis soluções, capazes de obstar ao cada vez mais evidente marasmo tomarense, provocado entre outros factores pelo fraco desenvolvimento do turismo receptivo. Faltam estruturas adequadas de acolhimento, e conseguir que eleitores e eleitos percebam finalmente o elementar, em termos de desenvolvimento económico local: o importante não é quantos turistas recebemos, mas quanto é gastaram.



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

 

Política local

A Câmara não foi vista nem achada, 

mas pode vir a ser implicada

Segundo me constou, a crónica anterior desencadeou uma curiosa reação: leitores perguntaram se a Câmara tem ou não culpas no cartório. É claro que não. Neste caso de falência fraudulenta não teve nada a ver. Pode quando muito questionar-se a escolha do semanário para ser agraciado com uma condecoração municipal, sabendo muito bem qual é a situação real do dito. Mas aí aparecem a generalidade e a idade. A generalidade, porque o outro, O Templário, também é contemplado; a idade, porque são "87 anos ao serviço dos tomarenses".
Por conseguinte, tudo bem desta vez, no que à Câmara se refere? Infelizmente nem tanto. Em relação ao passado anterior a 2017 nada a reprovar, mas depois... Acontece que no ano passado a Câmara concedeu à Empresa Editora Cidade de Tomar um avanço sobre publicidade na ordem dos 90 mil euros, mais IVA. Percebendo-se a afirmada nobreza do gesto (conquista de votos, a coberto da alegação de salvar postos de trabalho), não se pode deixar de estranhar a forma encontrada para a aludida ajuda. Muito gostaria de saber onde existe na legislação portuguesa cabimento legal para pagar adiantadamente publicidade que ainda não se sabe quando ou se vai ser publicada.
Uma vez que o referido ajuste direto já está em execução, sem qualquer contestação até agora, aceite-se contrariado. Há porém uma outra vertente que não pode passar em silêncio, sob pena de cumplicidade implícita. Consta do processo judicial de insolvência que, a dada altura, com uma situação negativa na ordem dos 200 mil euros na VISUALARTE, os ora  condenados "sentiram vergonha", o que os coibiu de declarar a insolvência.
Nestas condições, sabendo-se desde há muito que as mesmas causas, nas mesmas condições exteriores, produzem sempre os mesmos efeitos, a Câmara soube acautelar os seus interesses e os do concelho, ao conceder o tal pagamento adiantado de 90 mil euros? É que os gestores são os mesmos, o jornal é o mesmo e a situação de mercado é praticamente a mesma da época em que foi desencadeado o processo judicial de insolvência, por uma empregada com salários em atraso.
A Câmara já avisou os gestores da Empresa Editora Cidade de Tomar, agora legalmente inibidos de continuar, que aquele avanço sobre publicidade a publicar é filho único? Ou está disponível para novos ajustes diretos do mesmo tipo, verdadeiros balões de oxigénio para uma empresa inviável nas condições atuais e com crónica falta de ar? 
A ser assim, passaríamos a ter a Empresa Municipal Cidade de Tomar, em vez da Empresa editora. Uma espécie de Tejo Ambiente informativa, mas metendo muito menos água do que aquela. Fica a observação, lembrando que há eleições em 2024 e em 2025, podendo vir a ocorrer entretanto algum desastre na área, desta vez com forte  implicação camarária.




Imagem Tomar na rede, com os agradecimentos de TAD3

Diretor e administrador de CIDADE DE TOMAR 

condenados por insolvência culposa

UMA SENTENÇA 

QUE É UMA PEDRADA NO CHARCO NABANTINO

https://tomarnarede.pt/economia/condenados-por-insolvencia-culposa-da-empresa-visualarte/

A notícia é do Tomar na rede. António Madureira, diretor do semanário CIDADE DE TOMAR, e Garcia Esparteiro, administrador do mesmo periódico, foram ambos condenados por insolvência culposa da sociedade VISUALARTE, uma subsidiária da Empresa Editora Cidade de Tomar, proprietária do referido órgão de informação.
A sentença do Tribunal de comércio de Santarém já é antiga, mas só agora teve o seu epílogo, pois os condenados recorreram para a Relação de Évora, que agora deu a conhecer a sua sentença de indeferimento do pedido.
É uma inoportuna pedrada no charco local, uma vez que a referida condenação, por falência fraudulenta, implica que os visados tenham de abandonar as funções que exercem na empresa editora, pelo período mínimo de cinco anos. Isto numa altura em que a Câmara resolveu homenagear os dois semanários locais com diplomas de mérito municipal. Dadas as circunstâncias, se o município mantiver a sua decisão, como tudo indica, quem irá receber o galardão na cerimónia do 1º de Março? A chefe de redação? O colaborador mais antigo do jornal? Aceitarão? O próprio diretor, porque "quem não tem vergonha, todo o mundo é seu"?
Outra instituição atingida é a Santa casa da misericórdia de Tomar, onde Madureira é presidente da Assembleia geral e Esparteiro faz parte do definitório, funções que ambos vão ter de suspender, nos termos da decisão final da Relação de Évora.
A tradicional boa vontade tomarense para com alguns dos seus filhos mais diletos, vai decerto impelir a opinião pública local a ocultar, na medida do possível, a citada sentença e as suas implicações, alegando-se que são pessoas honradas e da melhor sociedade nabantina. O problema é que o próprio documento judicial não credibiliza tais devaneios societais. No ponto 51, a) pode ler-se: "FACTOS NÃO PROVADOS - Os requerentes são pessoas influentes, ligadas à política."
Estamos assim perante uma bota bem difícil de descalçar pela presidente da Câmara: Condecorar por mérito municipal um jornal cujos diretor e administrador foram condenados, sem direito a mais recursos, e nos termos da sentença são obrigados a abandonar as funções que ali exercem. Vamos ter por conseguinte, a médio prazo, novo diretor do velho semanário, e quanto à Santa Casa, logo veremos.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Tejo Ambiente

O casamento da carpa e do coelho

https://radiohertz.pt/tomar-anabela-freitas-estabelece-como-prioritaria-a-remodelacao-de-condutas-em-detrimento-do-saneamento/

Há já quatro séculos, o senhor de La Fontaine chamava a atenção para a inviabilidade do casamento entre a carpa e o coelho. Compreende-se porquê. A carpa é um peixe de água doce, vive no e do rio. Inversamente, o coelho é bicho do mato, onde vive geralmente. Pode vir ao rio para beber e falar com a carpa, mas esta, por muito que queira nunca pode ir ao mato. Pernas permitem andar ou nadar. barbatanas só nadar. A carpa não tem pernas para andar.
Apesar destas observações de simples bom senso, proveniente da experiência, há quem tenha ariscado o casamento da carpa e do coelho, à falta de melhor. Foi o que aconteceu em Tomar, com os SMAS. que desapareceram, para dar lugar a uma empresa intermunicipal com uma carpa (a presidente de Tomar), um coelho (o presidente de Ourém) e quatro acólitos pequenitos, duas carpinhas (Ferreira e Barquinha) e dois coelhitos (Sardoal e Mação).
Agravando a situação, o coelho oureense já antes estava noutra união, com outra empresa, até 2027, enquanto a carpa ainda não conseguiu resolver o problema essencial da vida na terra -o saneamento. Até agora, os resultados conjugais estão longe de ser os melhores e, paradoxalmente, tendem a agravar-se, com a continuação. No domínio da carpa, o concelho de Tomar, nunca houve tantos cortes e interrupções no fornecimento da água, apesar da má recordação dos SMAS. E do respectivo tarifário é melhor nem falar. Quanto ao saneamento, as macacoas mais visíveis são os repetidos episódios de poluição do rio da carpa, sempre seguidos da promessa de que desta vez, com 20 milhões de euros para obras,  é que é! Desgraçadamente, o rio corre para o Zêzere, em vez de correr para o Agroal o que apressaria muito a solução.
Até que finalmente foi a própria carpa, a câmara de Tomar, que acabou por esclarecer o âmago do imbróglio das roturas e da poluição. Disse aos microfones da Rádio Hertz (link supra) que o atual orçamento da Tejo Ambiente prevê 70% para saneamento, que interessa mais ao coelho, e 30% para condutas de água, que interessam mais à carpa.
Proposta genial desta última, inverter os termos. 70% para condutas de água e 30% para saneamento. Resta saber se o coelho irá novamente na conversa, consentindo quando muito um 50% - 50%, ou se decide abandonar o complicado e infeliz casamento, mantendo apenas a confortável mancebia com a Be Watter, para já até 2027, como sempre esteve previsto.
Pela força das coisas, Ourém é um concelho largamente francófono, cujos habitantes em boa parte já ouviram falar da inviabilidade do "Mariage de la carpe et du lapin". Próximos episódios num ecrã próximo de si. É melhor levar botins de borracha, porque nunca se sabe. As roturas acontecem quando menos se espera. Ao contrário da poluição, que é só quando o Nabão enche.


Em Nova Orleans, nos Estados Unidos, não há violas atrás dos enterros, mas há música e dança. Cada terra com seus usos.

Política local

Após o carnaval privado, as medalhas oficiais

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Viu-se durante o cortejo de ontem. Nem uma piada, nem uma reclamação, nem um dichote. Tudo perfeitamente ordeiro, num regime autoritário, arrogante e autista. É ir comendo e  calando, antes que se acabe a gamela. Com ordem e sossego, como no tempo do Botas. Senão levam tautau!
Agora segue-se a ponderada seleção dos tomarenses a condecorar no 1º de Março, os quais dentro de alguns anos tudo farão para que se esqueça tal cerimónia. Como vem acontecendo com os condecorados no 10 de Junho no Terreiro do Paço. É sempre assim, na roda da vida. Hoje em cima, amanhã em baixo.
Na questão do provedor do munícipe, apareceu um pormenor engraçado. O mediotejo.net, um jornal digital regional, (ver link), feito por profissionais competentes, abordou o assunto da votação no executivo de forma exaustiva e séria. Mas na respectiva apresentação, nos Destaques da semana, houve malandrice e saiu um texto malicioso. Ora veja:

"À terceira foi de vez.  Depois da votação ter ficado empatada por duas vezes, na última reunião de Câmara o nome de José Pereira foi aprovado pela maioria socialista: será o primeiro Provedor do Munícipe do Concelho de Tomar."

Será mesmo? À cautela, não será melhor aguardar o resultado da votação na Assembleia Municipal, para depois deitar foguetes? Há em Tomar um velho provérbio, a advertir que em geral "Cadelas apressadas parem cachorros cegos". Uma coisa é certa. Nesta altura do campeonato, após 10 anos de governação socialista em Tomar, um provedor do munícipe (seja ele quem for) faz tanta falta como uma viola a tocar atrás de um enterro. Ou um impermeável para abrigar o Gualdim.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Imagem alusiva, de um carnaval anterior.

Desfile de Carnaval em Tomar

BONITO, MAS UM BOCADO MURCHO

Foi um dilema. Mais precisamente um dilema nabantino, a sete mil quilómetros de casa. Que faço? Escrevo? Calo-me? Modero a escrita para não incomodar demasiado? Mantenho a franqueza de sempre? Tenho em conta que o Verão austral não é o mesmo que o Inverno europeu?  Eis o resultado.  
Para quem já teve o privilégio de estar sentado na Marquês de Sapucaí, assistindo ao desfile dos blocos carnavalescos do Rio, com milhares de figurantes cada um, os outros carnavais do Mundo passam a estar noutra categoria, lá muito longe. E fica-se a saber também que alguns funerais em Nova Orleans (USA), são mais alegres que outros tantos desfiles carnavalescos europeus.
Os foliões eram este ano numerosos na terra nabantina, mas nada comparável aos milhares dos blocos brasileiros. Mesmo os daqui de Fortaleza. Quanto a calor humano, nem vale a pena falar. Quanto aos carros alegóricos, bem vistosos, careciam de temática e de piadas. Porque um carnaval sem crítica social, é como um festival de cerveja, sem tremoços e outros acepipes. Ou bem que é Entrudo e vale tudo, ou mais vale ficar quedo e mudo. A opção dos organizadores terá sido outra, e assim, na terra onde há o monumento mais historiado do país -a parte manuelina do Convento- os carros alegóricos, conquanto muito coloridos e originais,, eram praticamente mudos. Só o dos piratas e o outro da alcaldia é que se referiam a qualquer coisa. Porquê? 
Se calhar porque, tendo  em conta os hábitos da casa, para haver subsídio camarário, houve necessidade de fazer um desfile muito tomarense, que o mesmo é dizer, de acordo com quem manda. Tivemos assim um carnaval capado, e com pouco ritmo, como no tempo da censura, salvo alguns foliões mais ousados.
Para o ano há mais, Oxalá os ainda assim corajosos organizadores, que deverão ser os mesmos deste ano, se mostrem então mais ousados. Não porque alguns tomarenses mereçam, mas porque Tomar merece. E talvez fosse até oportuno repensar a coisa, tendo em conta a experiência da ainda hoje lembrada "Comissão de carnaval", que fechava as ruas e cobrava entradas. Quando havia menos coitadinhos de mão estendida no vale nabantino, e as pessoas ainda tinham o hábito de trabalhar para ganhar dinheiro. Agora vivemos no reino dos subsídios. Já faltou mais para terem direito a subsídio todos os que ainda não recebem nenhum. Questão de igualdade perante a Lei.

Panorama de Genebra - Suiça

Política local - Informação

Um comentador demasiado exaltado na pacata Suiça

Dizia um amigo meu, já ido, que para o fim dos tempos íamos assistir a coisas extraordinárias. Não sei se já estamos no tal fim dos tempos, mas as coisas extraordinárias são cada vez mais frequentes. E difíceis de explicar. Após cada uma delas, ponho-me a matutar, e sai escrita. Nem sempre tão escorreita como gostaria. Apelo à boa vontade das leitoras e dos leitores
Há três semanas, se não erro, em plena reunião do executivo camarário, quando um vereador da oposição abordava o problema do clima local de insegurança, a senhora presidente teve uma saída curiosa. Afirmou estar mais preocupada com os acidentes rodoviários no concelho, porque não há insegurança nenhuma. Este brusco salto du coq à l'âne, sem explicação plausível, dá que pensar. Tanto mais que, quando foram ditas tais palavras, o acidente mais recente era o do IC9, em Carregueiros, via na qual a autarquia não tem qualquer autoridade.
Creio ter-se tratado de um involuntário assomo de introspecção. Eleita por acidente já por três vezes, devido à manifesta incapacidade do PSD local para a enfrentar com êxito, sabe-se presidente por acidente, e que dentro de alguns anos será um mero acidente na história local. Donde a brusca preocupação com os acidentes. buscando demasiado tarde uma maneira airosa e realista de passar de acidente a heroína local. É humano.
Outra ocorrência extraordinária, foi o aparecimento no Facebook de um comentador cuja imagem não se compagina de forma alguma com os comentários. Não bate a bota com a perdigota. Oficialmente residente da Suiça, mostra-se na imagem oficial vestido como um lorde inglês. Infelizmente, a escrita dos seus comentários é bem diferente. Áspera, ácida, de má qualidade, fantasista, tudo seria aceitável não fora a condenável tendência para a ofensa, o insulto, a agressão psícológica, sem qualquer justificação prévia. O que me levou a pensar mais detalhadamente.
Descobri então, nos comentários do dito, misturado com considerações de lana caprina, todo o cardápio da Câmara de Tomar perante os seus críticos: nâo há crise nenhuma, Tomar está no bom caminho, os outros é que deixaram isto de rastos,  os críticos não valem nada, o Velho do Restelo é só má-língua. Quem isto lê, se tal lhe interessar, fará o favor de conferir no Facebook, nos comentários à minha crónica com a imagem da catedral de Santa Sofia, agora uma mesquita.
E daí, perguntará quem leu até aqui. E daí, veio-me à memória que a Câmara tem um contrato com uma agência de comunicação e imagem, para difundir coisas semelhantes. Custa a bagatela de 20 mil euros mensais, mais IVA, e dura até ao final de 2023, eventualmente renovável. Faz todo o sentido. Já o saudoso (para alguns) Sócrates também tinha o seu blogueiro de serviço, com uma avença generosa. De forma que o comentador em causa, aparentemente a residir em Genebra, pode continuar a tratar da sua vidinha, mas sabendo que eu sei...como estas coisas se fazem e quem com elas lucra.
E eu a ajudar a pagar, com os meus impostos.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023


Provedor do munícipe

UMA BATATA QUENTE PARA O BLOCO E A CDU

Após duas derrotas judiciais, previsíveis porque nem um caso nem o outro tinham base suficiente, a presidência municipal lá conseguiu finalmente uma vitória. À terceira tentativa, conseguiu aprovar a candidatura Pereira a provedor municipal, por 4 a 3. Na segunda-feira de carnaval, o que lhe dá ainda maior credibilidade, como se calcula.
Falta agora o voto favorável da Assembleia Municipal, onde assim à primeira vista a vitória socialista está longe de garantida. O PS dispõe de 9 deputados municipais, mais 5 presidentes de junta, num total de 14 votos. O PSD tem 8 deputados municipais, mais 4 presidentes de junta, num total de 12. O problema é que quase certamente o Chega e o CDS, com um deputado cada, vão votar com o PSD, e teremos um empate a 14. Restam então 4 votos "soltos".  Um presidente de junta e 1 deputado, num total de 2 para a CDU, 1 deputado para o BE e o presidente de Junta da Serra-Junceira.
Admitindo que o presidente de Junta possa votar PS, mediante acordo prévio, há desempate e maioria socialista, mas só com  a abstenção da CDU e do BE. Será mais uma vez possível, como aconteceu com o tarifário da Tejo Ambiente? É difícil porque, conquanto normais, tais negociatas, tipo toma lá dá cá, deixam sempre marcas indeléveis em termos eleitorais. As pessoas ainda não esqueceram o caso do antes referido tarifário, inesperadamente aprovado graças à abstenção da CDU e do BE, posição que ninguém entendeu, tratando-se de adversários acérrimos da Tejo Ambiente, que perderam assim uma excelente oportunidade de forçar uma nova negociação do preço da água à saída das torneiras.
Acresce que a situação eleitoral local da extrema esquerda, é muito problemática. Tanto o BE como a CDU já conseguiram no concelho mais de 1.500 votos cada, mas agora estão reduzidos a 432 e 433 votos, respectivamente. Vão mesmo assim aceitar negociar o voto com o PS ? Logo se verá, mas o panorama não é brilhante.
Nas legislativas de 2022, logo a seguir às autárquicas,  apesar de largamente ultrapassados pelo Chega, que conseguiu 1.906 votos, o BE conseguiu duplicar em relação às autárquicas (990 votos) e a CDU aumentou para 697. A mostrar claramente que há um problema de confiança a nível local, no que à extrema-esquerda diz respeito. E eventuais negociatas para eleger o provedor, não vão ajudar nada. Pelo contrário.

 

A antiga catedral de Santa Sofia, em Istambul, agora mesquita com quatro minaretes, para que cada muezin possa chamar os fiéis à oração, no seu ponto cardeal respectivo.

Política local

O sofisma do teimoso

Manda a prudência nunca debater com filósofos, sobretudo quando de facto são civicamente iliberais. Abstenho-me por isso de endereçar este esboço de diatribe a quem quer que seja. Trata-se tão só e apenas de uma reflexão de alguém sem formação filosófica específica, e muito menos académica. 
É sabido que os tomarenses em geral têm de herança uma extraordinária capacidade para sacudir a água do capote. Tanta, que nunca consegui ver nas nas janelas ou varandas capotes a secar. Quando chegam a casa, vão sempre secos e impecáveis. Nada nem ninguém consegue molhá-los. Assim, quando por aqui se procura descrever os paisanos, tal como eles foram e são, a reação é pronta e vasta, mas a desviar: -"Lá esta o gajo a dizer mal dos tomarenses." (Tomarenses e não conterrâneos. Ou seja: o escriba crítico não é nem pode ser tomarense. É um incréu, ou um estrangeirado, ou ambos.) Ou, de uma forma mais elaborada, -"Não seja tão contundente. Critique, mas pela positiva." Assim, tipo regimental, sem qualquer outra argumentação
Foi neste contexto que li a peça de certo pensador local, cujo ponto de partida é afinal um sofisma, para tentar sacudir a água do capote, pelo menos do capote dele, assim paulatinamente. A sua tese é simples. Usando o plural para escamotear, afirma que há críticos demasiado pessimistas, anunciando a decadência e o fim de Tomar, por culpa dos seus habitantes. Excluindo naturalmente quem escreve tais coisas hediondas.
Convém antes de mais esclarecer que nunca me excluí, ou procurei excluir, quando descrevo objectivamente os meus conterrâneos. Limito-me a assinalar que não pensamos da mesma maneira, porque eu aprendi alhures, por esse mundo fora. E daí não chegarmos às mesmas conclusões, conquanto as minhas possam não ser melhores que as deles, ou vice-versa. O que de forma alguma me indispõe com os outros. Eles é que por vezes...
Primeira falha portanto no tal sofisma: Não é verdade que o escriba se exclua dos criticados na sua escrita. De alguma maneira, somos todos culpados. Uns por ação, outros por omissão, outros ainda por ambas. Em termos claros, os eleitores são sempre os responsáveis pela atuação daqueles em quem votaram.  
E depois o que me pareceu ser o essencial. Considerando-se um dos visados, porque eleitor enganado, o sofista teimoso escreve que foi para casa, ver-se ao espelho para melhor raciocinar, tendo chegado à conclusão que realmente pouco vale.
Dedução lógica, procura assim insinuar que os tais críticos demasiado ácidos devem antes de mais ver-se ao espelho com toda a atenção, para depois se reduzirem à sua insignificância, em vez de insistirem em inculcar complexos de culpa nos seus semelhantes.
Tudo aceitável, havendo porém uma questão que parece ter escapado ao sofista teimoso, quando é afinal o âmago do problema: Admitindo em teoria, dando de barato, como por aí se diz, que nem os governantes locais nem os seus eleitores devem ser culpados pela evidente decadência da cidade e do concelho, então quem são os responsáveis? O governo de Lisboa? A União Europeia? As Nações Unidas? O Papa Francisco? O clima? O azar? O Covid 19 outra vez?
Podendo parecer que não, a questão é importante, uma vez que, sem se reconhecer antes que está errado ou não serve, dificilmente se emenda ou muda de caminho. Como vem acontecendo...
Quando se transporta consigo uma vasta tralha académica na área do pensamento, convém escrever sempre com um módico de cautela. Para não se cair naquilo que me acontece com frequência: Quem diz ou escreve sinceramente aquilo que pensa, arrisca-se a ouvir ou ler o que não gosta, sobretudo nos meios menos treinados academicamente. E às vezes, até no melhor pano cai a nódoa.

domingo, 19 de fevereiro de 2023



Imagens FH, em 19/02/2023


Imagens MRJN, em 18/02/2023

Um desastre ecológico

O jardim da Mata já foi...

Tomar a dianteira -3 (tomaradianteira3.blogspot.com)

Basta olhar com atenção para as imagens supra, para constatar a triste realidade. O buxo dos canteiros do jardim da Mata secou, morreu, já foi. E aquelas árvores esbranquiçadas e sem folhas, se calhar... É um desastre ecológico de todo o tamanho, perante a indiferença geral. Tanto fotógrafo, e nada no Facebook. Nem sequer a informação local julga útil noticiar o infausto acontecimento, decerto para evitar problemas. Têm sempre presente aquele dito popular "O calado foi a Lisboa e veio e não pagou nada". E regressou como o burro que o outro mandou à Meca. Tão estúpido como à partida.
Tomar a dianteira 3 bem tentou alertar, em Agosto passado, conforme link supra,  e até apareceu depois um jardineiro a regar, com água da rede pública, mas afinal já era tarde. Sem a água subterrânea, proveniente dos Pegões, via  Ribeira do sete montes,  do lado esquerdo, tanques e  encosta do castelo, o buxo e algumas árvores mais frágeis não resistiram.
A Cãmara vai dizer que não podia fazer nada, porque não é responsável pela Mata, a qual depende da direcção do PNSAC -Parque Nacional da Serra de Aire e Candeiros, com sede em ...Porto de Mós. Esquece-se que é assim, porque nunca quis assumir tal responsabilidade, justificando-se com o facto de o governo querer transferir as obrigações, mas não as verbas.
Já no verão passado, uma técnica do tal PNSAC se lastimava, conforme se pode ler no link supra, que a Câmara de Tomar só estava interessada em que tudo esteja muito bonito para a Festa dos tabuleiros. "Esquecem-se", acrescentou ela, que "isto não se põe bonito, assim de um momento para o outro". Estava cheia de razão, como agora se pode constatar.
E agora? A exposição dos tabuleiros tem de ser ali, porque é da Mata que sai o cortejo. Vamos ter tabuleiros com muito verde, num jardim seco? Vão substituir o bucho seco? Vão trazer centenas de vasos com flores, para tentar disfarçar a desgraça?
A pior coisa que pode acontecer em política, é os maus gestores considerarem que são os melhores, o que os impede de aprenderem, e portanto de melhorarem. Tinha de ocorrer em Tomar, porque a cidade está numa cova. Esteve lá em cima até final do século XV, na freguesia de Santa Maria do Castelo, mas depois foram forçados a descer para a cova, onde até então praticamente só tinham o cemitério...



Horários municipais

É conforme der mais jeito aos funcionários


Um amigo enviou para Tomar a dianteira 3 a imagem supra, creio que daquele parque infantil na Nabância. Nela se pode ver que em Tomar é tudo cada vez mais à vontade dos fregueses, ou seja dos funcionários da autarquia. Reparem nos Horários indicados no final, antes dos ícones.
Horário de abertura entre as 08H00 e as 10H00, conforme melhor convier.
Horário de "fechadura" entre as 20H00 e as 22H00, consoante a vontade do freguês. 
E  esta hein?! diria o saudosos Fernando Peça. É a óbvia decadência, também nos costumes, mas uma decadência alegre. Valha-nos ao menos isso!
Os mais ácidos vão falar de bandalheira, mas nem tanto.

sábado, 18 de fevereiro de 2023




Turismo - Alojamento local

ASAE FISCALIZOU 

ALOJAMENTOS LOCAIS EM 13 CONCELHOS

ASAE suspende atividade de 10 alojamentos locais por falta de segurança e higiene – Observador

A notícia está no OBSERVADOR, informando que a ASAE - Autoridade de Segurança Alimentar e Económica - Polícia criminal, fiscalizou 192 instalações de Alojamento local nas zonas históricas dos municípios de:

Albufeira.........PSD
Aljezur.............PS
Coimbra...........PSD
Covilhã............PS
Évora...............PCP
Lisboa.............PSD
P. da Régua.....PSD
Porto...............IND.
P. Varzim........PSD
Santarém........PSD
V. Castelo.......PS
Vila Real........PS
Viseu..............PSD

Será uma simples coincidência, e nada mais do que isso, mas dos 13 concelhos fiscalizados, temos 1 Independente, 1 PCP, 4 PS e 7 PSD. Realidade algo estranha, quando se sabe que o PS preside em 148 Câmaras, contra 107 PSD, 19 Independentes e 19 PCP.

 

Imagem Tomar na rede, com os nossos agradecimentos.

Política local

PASSADEIRAS E ASNEIRAS 

NUMA CIDADE CONDENADA

Tomar na rede foca hoje a incómoda situação das passadeiras para peões, com buracos, com remendos em alfalto, ou  mal pavimentadas. São apenas a parte visível do iceberg, a limpeza e manutenção urbana. A parte omitida são as ervas nas ruas, o lixo que não é recolhido quando devia, as sarjetas sem sifão nem limpeza periódica nem desinfecção, o estado lamentável do Mouchão,  a falta de desratização, os buracos na calçada aqui e acolá. Tudo coisas que não estando propriamente escondidas, são em geral omitidas porque a população não repara. Vai-se habituando. Vão-lhe dando música para entreter. É muito difícil pôr os funcionários municipais a trabalhar, mas fácil ir contratando músicos para criar ambiente. Mesmo na informação local e regional.
Quem se dê ao trabalho de analisar a situação tomarense no último meio século, fica algo embasbacado. A tendência é para cada vez mais pessoal camarário e menos tarefas a desempenhar. A Câmara tem agora perto de 600 funcionários, mais do dobro em relação a 1975, mas muito menos tarefas a desempenhar. A água foi concessionada, a luz foi vendida,  a recolha do lixo foi concessionada, o campismo fechou, a manutenção dos jardins foi em parte entregue a privados, os sanitários foram encerrados e custam a reabrir. Mas só o Departamento de Obras municipais, que em 1975 nem sequer existia, tem agora 11 engenheiros, 11!
Se a tudo isto juntarmos o êxodo local, o panorama torna-se dramático. De acordo com os dados oficiais, nos últimos 10 anos desapareceram dos cadernos eleitorais tomarenses perto de 8 mil eleitores. Alguns morreram, infelizmente. Mas os restantes, quem eram? Porque emigraram? Para onde foram? Não se sabe, nem parece haver vontade de saber. As respostas podiam muito bem não ser agradáveis para os instalados.
Uma coisa é certa, porém. Os funcionários públicos em geral não emigram, e os aposentados-pensionistas também não. Não têm razões para isso. A comida é boa e não falta o tintol, nem festarolas. Nada acontece por mero acaso.
Temos assim um concelho com cada vez mais dependentes do Estado e menos iniciativa privada. Com o inconveniente de a maior parte dos dependentes serem "ex-funcionários ou funcionários sentados". Que não produzem valor acrescentado. Exactamente como acontecia nos países comunistas europeus, antes de implodirem.
Por conseguinte, vão-se regalando com os votos, os vencimentos, as mordomias, as jantaradas, as festarolas e as passeatas, mas preparem-se para a tal implosão, que vai ser forte e prejudicar muita gente. Já faltou mais...

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Desenvolvimento económico

PENSAR O TURISMO EM TOMAR

O Santuário de Fátima acaba de publicar as suas contas, referentes a 2022. 18,5 milhões de euros de receitas, 17,5 milhões de despesas, sobretudo com pessoal. Quanto  às receitas, a maioria teve origem em esmolas dos peregrinos, mas não só. Há também as vendas de velas e outras recordações, bem como o alojamento. Tendo havido, segundo a mesma fonte, 4 milhões de peregrinos, cada um deixou no santuário, em donativo ou outra despesa, uma média de 4,65 euros.
Comparativamente, o santuário de Tomar, que é o Convento de Cristo, terá recebido em 2022 cerca de 300 mil visitantes, o que corresponde 7,5% dos peregrinos de Fátima. Esses 300 mil visitantes, se todos entraram no Convento, terão deixado uma receita de bilhética na ordem de 1,8 milhões de euros.  10% apenas da receita do santuário de Fátima.
Tendo alguma consciência disso, os responsáveis pelo turismo local têm procurado acoplar Tomar com Fátima, com Alcobaça e com a Batalha, designadamente vendendo bilhetes mais baratos, válidos nos 3 monumentos tutelados pela DGPC. Ignora-se o sucesso da iniciativa, sem dúvida bem intencionada, mas parece haver algum desconhecimento do "clima reinante" nos meios profissionais a respeito de Tomar, o qual é francamente desmotivante. E não podia ser de outro modo.
Enquanto nos três outros polos mencionados, há estruturas de acolhimento suficientes, tanto em qualidade como em quantidade, em Tomar é o que todos podem ver. Não há estacionamento suficiente, não há instalações sanitárias suficentes, não sinalização suficiente, não há uma ligação suficiente e não poluente cidade-convento-cidade, não há horário adequado no Convento, não há entrada conveniente no Convento, não há visitas guiadas no Convento nem na cidade, não há parque de campismo e caravanismo de nível europeu, não há arena de congressos, não há segurança no estacionamento junto ao Convento, onde todos os verões se sucedem os furtos por arrombamento, geralmente sem queixa, devido à barreira linguística.
Perante tudo isto, que faz a Câmara e que planos tem? Para já, andam a recuperar os WC da Rua da Fábrica e vão melhorar as condições no pinhal de Santa Bárbara. Outros planos não há, que se saiba. É assim que pretendem incrementar o turismo em Tomar? Os turistas que visitam o Convento, não levam grandes recordações...
Para começar a encontrar uma solução, era capaz de não ser má ideia os nossos eleitos municipais organizarem um circuito Tomar, Fátima, Batalha, Alcobaça, Nazaré, para compararem e perceberem melhor como as coisas acontecem na área do turismo. Se estiverem de acordo, ofereço a minha colaboração, voltando a fazer aquilo já fiz tantas vezes em tempos -guia lider do grupo (tour-leader). Prometo que explicações terão muitas. Vamos a isso? Mais não posso fazer.