quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

 

Não é falha de paginação. Apenas a Câmara tal como a vêem muitos tomarenses: demasiado inclinada para a esquerda. Esquerdista.

Política local

Um Comissário político PS a fingir de provedor

Ou um provedor do munícipe ao jeito do PS, como refere o PSD num comunicado. Conforme se previa, desde o anúncio do escolhido pela presidente, os social-democratas manifestaram a sua oposição a tal escolha, apresentando sólida argumentação, à cabeça da qual a evidente falta de imparcialidade e de independência. Poderiam ter acrescentado a falta de isenção, a começar por quem escolheu, que não chocariam ninguém.
Para quem esteja habituado a usar de forma adequada a sua massa cinzenta, é fácil desmascarar a manobra dos socialistas, ao pretenderem nomear um provedor do munícipe com o perfil de José Fortunato Pereira. Basta alterar o nome do cargo para "Comissário político PS" e interrogar-se: Se pretendessem um militante para esse lugar, escolheriam quem? O mesmo José Pereira. Logo...
Porque afinal é disso mesmo que se trata, na dupla linguagem socialista. Conseguir a nomeação de um provedor do munícipe que seja realmente um Comissário político PS para as relações com os munícipes recalcitrantes. Ajudando-os a mudar de opinião, em vez de perderem tempo com queixas condenadas ao esquecimento. Se nem aos requerimentos da Assembleia municipal a Câmara responde atempadamente, vai passar a responder às questões do provedor? Está-se mesmo a ver que é só conversa para entreter.
De resto, a própria maioria socialista parece começar a descrer. Segundo o comunicado do PSD, na reunião do executivo de 6 de Fevereiro faltou a vereadora Filipa Fernandes, o que levou a presidente a repetir a votação do provedor, uma vez que os social-democratas votaram contra Mas nem assim. O que significa que Anabela Freitas não quis usar o seu voto de qualidade nos dois empates. Nova votação na próxima reunião do executivo. Estamos conversados. Um pacóvio seguidor da maioria PS comentou num blogue que não compreendia a utilidade do voto contra PSD, uma vez que na próxima reunião, já com o bando dos 4, a coisa passa. Estamos numa terra assim. Muita esclerose oculta.
Aguardemos a próxima sessão da Assembleia municipal, para verificar se todos os deputados municipais sabem distinguir entre um provedor e um comissário político PS, ou se, pelo contrário, promessas a tempo e a horas vão permitir continuar no lamaçal, mediante a condescendência de alguns. O problema para os socialistas é que a lama fica agarrada aos sapatos, e isso depois topa-se.
Para os mais distraídos ou confusos, cabe lembrar que, apesar da fuga da população, Tomar ainda tem nomes consensuais e com gabarito para o cargo de defensor do cidadão. Eis alguns: António Costa Cabral, António Madureira, Alexandre Correia Leal, João Simões, Pedro Marques, Sérgio Martins, Couto Ferreira. Haverá coragem suficiente?


2 comentários:

  1. Alguns dos nomes tem a sua piada.
    António Madureira!? Aquele que nem uma festa dos tabuleiros soube gerir no aspecto financeiro!?
    Pedro Marques!? Este tem especial piada
    Couto Ferreira!? Não me parece que ele tenha endoidecido da cabeça para aceitar um cargo como este
    Sérgio Martins!? Não acredito que algum dia este Sr. aceita-se sujar a imagem dele...
    Os restantes dada a má imagem da politica local também não acredito que aceitassem tal nomeação

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    1. Agradeço o seu comentário, coisa rara aqui no blogue. É a sua opinião, que respeito, sem todavia concordar. Nas terras pequenas é sempre assim. Ninguém consegue agradar a todos, nem sequer à maioria. Há até aqueles dois provérbios conhecidos: "Santos da casa não fazem milagres." "Ninguém é profeta na sua terra."
      Voto de boa saúde e boa disposição!

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