quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

 

Imagem Rádio Hertz, com os nossos agradecimentos.

Património florestal

Finalmente a vez do pinhal de Santa Bárbara

TOMAR – Rearborização no Pinhal de Santa Bárbara. Objetivo passa pelo incremento do uso público e redução de riscos e perigosidade | Rádio Hertz (radiohertz.pt)

Um cronista realmente mal intencionado (coisa que nunca fui, apesar das aparências, mas como é sabido "as aparências iludem")), diria perante esta boa iniciativa camarária que deve ter havido muita trovoada ultimamente em Tomar. Isto porque, segundo um bem conhecido provérbio, "Só se lembram de Santa Bárbara (padroeira dos artilheiros) quando ouvem trovejar."
Sei bem que não terá sido o caso, pois a própria notícia esclarece que os trabalhos vão ser financiados por fundos europeus do programa REACT. Por outras palavras, andamos às avessas, como é costume. Fazemos obras quando há fundos europeus para as custear, em vez de projectar obras úteis, e só depois procurar o respectivo financiamento.
Obras úteis em todo o caso, num pinhal com muitos séculos, que pertence ao povo do concelho, sendo gerido pela Câmara. Convém esclarecer, para evitar mal entendidos. Quando o Regimento de Infantaria 15 ainda aquartelava no Convento de S. Francisco, para evitar incómodos, o treino dos futuros corneteiros era feito no pinhal de Santa Bárbara. Foi aí que ouvi uma vez, da boca do cabo instrutor, uma frase ainda hoje muito útil e oportuna em Tomar e no país.
Dizia o cabo instrutor, após a marcha a pé e as usuais vozes de comando "alto, descansar, à vontade", "Estão aí os instrumentos. Peguem neles e quem sabe toca, quem não sabe passa a corneta a outro, porque não há cornetas para todos." Já lá vão mais de 50 anos e cada vez há menos cornetas e quem as saiba tocar.



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