quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Belezas tomarenses

Quem o feio ama bonito lhe parece

A imagem acima, copiada do facebbok, é um magnífico enquadramento fotográfico obtido por Helder Ferreira, a quem se agradece., mostrando o Nabão, a cidade e o castelo. Mas é também um caso flagrante de visão selectiva, do tipo "quem o feio ama, bonito lhe parece".
Percebe-se que a intenção do fotógrafo não era de todo essa. Acontece porém que a imagem mostra em primeiro plano o lamentável estado de abandono em que se encontra o jardim ribeirinho do lar da Santa casa. Outrora um troço da estrada de Marmelais de baixo, depois cedido à Misericórdia, os bancos brancos virados para o Nabão e o que resta dos canteiros, indiciam que aquilo já foi um belo espaço ajardinado, agora infelizmente abandonado.
O senhor provedor é Tomarense e só um infeliz lapso de atenção pode explicar semelhante desgraça, que decerto não tardará a ser reparada, como se impõe, a bem do prestígio da multicentenária instituição de solidariedade social. Seria óbvia incongruência lastimar o estado lamentável do Mouchão ou da Cerca, mas não cuidar devidamente dos espaços verdes "da casa". Neste caso "da Santa casa".

 

Caravana de ciganos algures na Roménia.

Comunidade cigana em Tomar

O esclarecimento (incompleto) vem da capital

Apesar de todos os esforços da maioria PS, incluindo declarações do presidente da Câmara que não correspondem inteiramente à verdade, o problema dos ciganos que habitam em Tomar continua na ordem do dia porque se vai agravando.. Mesmo se a informação local nada publica a respeito, por saber que é má educação morder na mão que dá de comer, e que é também a mais controleira da informação desde 1974.
Uma vez que o problema cigano está longe de ser exclusivamente tomarense, não surpreende que um esclarecimento (incompleto) da situação venha da capital, em cujos arrabaldes abundam incidentes de toda a ordem.
Eis o resumo da questão: "Uma população urbana que, com elevada probabilidade, nunca conviveu com um cigano, ou não tem à sua porta imigrantes que não compreende, está muito afastado do que são as preocupações de quem vive nesse mundo.
Os portugueses viveram sempre, em geral bem, com a comunidade cigana. Em localidades no Alentejo eram vizinhos. O que não conseguem suportar é que algumas pessoas dessa comunidade violem as regras e a lei sem que nada lhes aconteça, com a polícia cada vez mais receosa de ser condenada por actuar.

Helena Garrido, Temos de falar de imigração, Observador online, 30/01/2024

A última frase do excerto condensa a situação tomarense: abusos sucessivos e cada vez mais numerosos de elementos da comunidade cigana,  perante a evidente passividade das autoridades Falta porém um elemento essencial. Tomar a dianteira 3 sabe, de duas fontes fidedignas, que tanto em Tomar como a nível distrital, há instruções dos autarcas às autoridades, no sentido de "fecharem os olhos" sempre que possível aos desmandos dos prevaricadores ciganos, que são uma minoria da minoria.
Essas instruções contraproducentes são parte integrante da política autárquica em relação aos ciganos. Não só por causa dos votos, mas sobretudo para respeitar o plano de integração proposto pelos técnicos de serviço social, que têm o péssimo hábito de se considerar únicos detentores da verdade. Vai daí, posto que nas aulas que frequentaram, em geral regidas por docentes de formação marxista, lhes foi inculcado que a integração relativa é a única solução aceitável, uma vez que o modelo de vida cigano é anti-capitalista, e o país está oficialmente "a caminho do socialismo", resolveram adaptar e adoptaram de facto a velha máxima salazarista. Em vez do estafado "Tudo pela Nação, nada contra a Nação", de triste memória, temos agora "Tudo pelos ciganos, nada contra os ciganos". À socapa, para não desagradar a ninguém.
Que fazer então? Agir em três tempos. No primeiro, procurar convencer técnicos sociais e eleitos mais canhotos que não fizeram tudo mal, nem estão a agir deliberadamente para agravar o problema, mas que a situação actual não pode continuar, sob pena de indesejáveis  e graves conflitos sociais, a médio prazo. Além da acentuada ascensão do CHEGA. No segundo tempo, sentar-se à mesa com autarcas e técnicos, para debater o problema cigano em Tomar,  tornando evidente que há sempre mais do que uma solução para qualquer situação problemática.
Finalmente, no terceiro e último tempo, implementar a nova solução encontrada e aceite, sempre numa perspectiva pragmática e menos ideológica, emendando os erros quando necessário, procurando nunca esquecer ou hipotecar o bem-estar da comunidade tomarense no seu conjunto.



terça-feira, 30 de janeiro de 2024


Legislativas 2024

Achegas para ir votar em 10 de Março 

"Nesta campanha eleitoral, não vale a pena abrir-me os olhos: só os abro depois de votar." Gostei da frase. Gostava de ser assim. De ter certezas. Infelizmente só tenho dúvidas. E julgo até que muitos dos meus conterrâneos estarão numa posição semelhante. Embora também os haja, logicamente, em consonância com a citação inicial.
Para os eleitores tomarenses que votam em Tomar, eis algumas considerações que me parecem úteis para ajudar, sem tentar influenciar e ainda menos "abrir  os olhos" a quem quer que seja. Entre 2015 e 2022, no concelho de Tomar, o PS subiu de 38% para 42%, o PSD baixou de 38% para 27%, o CH subiu de 1,63% (em 2019) para 9%, o BE baixou de 10 para 5% e a CDU baixou de 6 para 3%. Quanto a candidatos eleitos pelo círculo eleitoral de Santarém, em 2022 o PS elegeu 5, o PSD 3 e o CH 1.
Entretanto, a nível nacional, as sucessivas sondagens, que valem o que valem, num país pequeno como o nosso, com amostragem reduzidas e sempre os mesmos entrevistadores, convergem nalguns pontos principais: 1 - Vitória apertada do PS ou empate PS - PSD; 2 - Subida muito acentuada do Chega; 3 - Maioria de direita, com o Chega como árbitro.
A ser assim, os tomarenses que votam em Tomar, podem dividir-se antecipadamente nos seguintes grupos:
A - Aqueles que gostam de votar no vencedor e em candidatos tomarenses, que só podem votar no PS, pois os candidatos tomarenses das outras formações não têm qualquer hipótese de chegar a S. Bento.
B - Os que estão cansados das asneiras do PS, dos erros do PSD, e querem uma mudança radical, que implique mais autoridade, luta contra a corrupção e contra os migrantes problemáticos, vão votar no Chega.
C - Fartos do PS, mais liberais, mas com receio de aventuras ou de mudanças demasiado bruscas, eis os eleitores do PSD - AD.
E - Revoltados, revolucionários falhados e marxistas militantes apesar de tudo, vão insistir votando no BE, na CDU ou nos outros pequenos partidos. São votos perdidos, insuficientes para eleger candidatos por Santarém, mas sempre à espera do milagre, embora não sejam católicos praticantes, servindo apenas para sossegar a atormentada consciência de cada um.
Boa sorte a todos, e não se esqueçam que votar é um dever de cidadania, podendo recorrer-se ao voto branco ou nulo, quando as dúvidas sejam muitas e as certezas raras ou inexistentes. Mais vale votar branco ou nulo, em vez de, em termos de fruticultura, semear melões esperando vir a colher pêssegos. Há casos assim, por carência de adequada ponderação.


segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Para que dúvidas não subsistam: Aqui há gato!

Política local

Camelos  a escoicinhar no oásis nabantino

Os oásis são extremamente agradáveis para se viver durante um tempo, mas depois tornam-se claustrofóbicos e o seu ambiente social fica à mercê de alguns camelos, indispensáveis para a travessia do deserto, mas perigosos porque escoicinham quando menos se espera. Enquanto lá para as bandas de Torres Vedras, o categorizado Pacheco Pereira diz que o Ministério público tem dois braços, o judicial e o político, na sequência do escândalo na Madeira, em Tomar o conhecido veterano António Alexandre começou a pôr a boca no trombone, e o que se ouve não é nada tranquilizador. Ora faça favor de ir à página Facebook do amigo Alexandre, e leia com atenção.
Porquê? Ora ora! Porque o cidadão provedor da Santa casa, também ex-autarca, há muito que percebeu que a corrupção levou até agora a melhor no escândalo das Avessadas. E vai daí, insurge-se com toda a razão. Não há provas de corrupção?  De início nunca há. Mas existe um conjunto de indícios que só não vê quem não quer ver.
Caso isolado, porque temos uma Câmara impoluta? Era bom era! Infelizmente a teoria do oásis sem corrupção não passa de uma treta. Há outros sectores em que abundam os sinais de que o dinheiro por baixo da mesa e os favores vários são quem mais ordena, em vez do povo tomarense. Má-língua? Olhe que não!
Sou talvez demasiado rústico nas minhas reflexões de trazer por casa, mas quando alguém jura livremente, no acto de posse, "cumprir com lealdade as funções que me são confiadas" e depois se vai embora a meio do mandato, não me parece que haja lealdade nem sequer integridade. Mais grave ainda. Quando se vem a saber depois, que a pessoa foi ocupar um lugar mais rendoso, após ter sido eleita numa lista do partido adversário (PSD), cujo mandatário era o cidadão com o qual celebrara antes, enquanto autarca, um contrato ruinoso de compra e venda, em que um bem antes avaliado em três milhões de euros, foi vendido por apenas 700 mil euros. A isso chama-se peculato de efeito diferido, por essa Europa fora. 
Só o nosso MP, que Pacheco Pereira acusa de ter dois braços -o judicial e o político- é que não parece ter tempo ou disposição para investigar indícios. Por enquanto? Em qualquer caso, há muito mais factos comprometedores, que a seu tempo serão publicados. É só dar tempo ao tempo. Logo veremos depois, se perante tantos camelos com dúvidas o MP se mantém mudo e quedo, por sermos um pequeno oásis decadente, no fim da linha que o liga a Lisboa.


domingo, 28 de janeiro de 2024

 

Imagem TNR, com os agradecimentos de TAD3.
Nova viatura dos bombeiros municipais de Tomar. Mais ambulâncias não são necessárias, enquanto houver as dos concelhos vizinhos. Os doentes que esperem, parece ser a posição dominante. Haja festas e subsídios com fartura!

Bombeiros e ambulâncias

Que eleitos temos? 

Que cidadãos somos?

Tomarenses, vistam as gabardines, calcem as galochas (sabem o que é?) e abriguem-se, que lá vai água. Malcheirosa, porque tirada do Nabão, numa daquelas vagas de poluição. Com o estilo que lhe é característico, o presidente Cristóvão anunciou um novo quartel para os bombeiros, agora municipais, mas acrescentou logo que não é urgente. Compreende-se. Assim poderá continuar a alegar que não se podem comprar ambulâncias, porque não há garagem para elas. Entretanto gastaram-se 700 mil euros num pavilhão para abrigar uns alicerces alegadamente romanos, nas traseiras do quartel. Música na rua, foguetes no ar, estamos em Tomar, escreveu algures o Nini. agora considerado herói local.
Dado que estas crónicas são sobretudo para memória futura, Tomar a dianteira 3 foi bisbilhotar e obteve os dados seguintes:

Linhaceira > Tomar..........15 Kms.
Paialvo > Tomar.................10 Kms
Sabacheira > Tomar...........15 Kms
Serra > Tomar....................10 Kms

Sabacheira > Ourém........10 Kms
Fátima > Ourém..............12 Kms
Caxarias > Ourém............ 8 Kms
Freixianda > Ourém........15 Kms

As localidades a vermelho têm corporações de bombeiros, com ambulâncias para todo o serviço. Excepto Tomar que tem agora bombeiros municipais, com ambulâncias só para urgências. Ourém tem 50 mil habitantes, e 4 corporações de bombeiros. Tomat tem 40 mil habitantes e apenas os bombeiros municipais. Já assim era em 2013, salvo os bombeiros municipais que na altura eram voluntários, mas funcionários municipais na sua maioria. O resto, nada mudou entretanto para melhor. Só piorou.
Em Tomar há mais de 150 associações "desportivas e culturais". Em Ourém há menos de 100. Tomar gastou quase milhão e meio com os tabuleiros. Ourém não tem tabuleiros.
Há na Câmara de Tomar 11 engenheiros no DOM e 7 arquitectos na DGT: Em Ourém nem metade.
Em Tomar há 250 pessoas de etnia cigana. Em Ourém não há ciganos. Os que andam a mendigar em Fátima, não vivem na sede do concelho.
Os tomarenses acham tudo isto normal? Mesmo quando precisam com urgência de uma ambulância e ela tem de vir da Barquinha (7 mil habitantes) ou do Entroncamento (20 mil habitantes), chegando meia hora mais tarde? Mesmo quando esperam meses e meses por uma licença que nunca mais vem?  Vive-se mal em Tomar. Falta segurança. Faltam ambulâncias locais. Falta autoridade quando é precisa. Vamos pensar nestas matérias para as eleições de Março, e sobretudo para as do ano que vem?
Quando pressionados, os nossos autarcas da maioria socialista costumam dizer que os outros ainda são piores. Serão mesmo? Todos? Quem critica o PS local não presta? É capaz de não ser bem assim...

 









sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Imagem do cortejo da Festa dos tabuleiros, quando ainda era barata, e o Gualdim Pais ainda tinha relva para o pequeno almoço, em caso de necessidade. Outros tempos.

Festa dos tabuleiros

Um modelo de organização 

que é um oneroso cadáver adiado

De supetão, o amigo e conterrâneo Manuel Júlio Schulz publicou, na sua página do Facebook, um curto e entusiástico texto, defendendo o usual modelo organizativo da Festa dos Tabuleiros, de que sempre foi um adepto incondicional. Em circunstâncias normais, nem sequer responderia. Tratando-se porém de um amigo por quem tenho estima e consideração, e tendo em conta também que por agora não é tempo para debater festas e outras folias, mas que ignoro se ainda por cá estarei quando vierem outros tempos e outros eleitos, sou forçado a responder.
Começo por me demarcar de uma frase que considero infeliz e perigosa: "A Festa da raça tomarense." Nasci no hospital velho, fui baptizado em S. João, andei na escola da Várzea grande e na Jácome Ratton. Até ajudei em várias festas, no acolhimento à imprensa e aos visitantes estrangeiros, na equipa liderada por Romualdo Mela. Ignoro contudo o que seja essa "raça tomarense", a qual  rejeito categoricamente.
Quanto à substância do escrito em análise, considero que vem fora de época, a destempo. Numa altura em que os tomarenses aguardam as legislativas, e sobretudo a publicação das contas da festa do ano passado, que já foram adiadas não sei quantas vezes. De tal forma que, quando finalmente aparecerem, terão de ser primeiro inspecionadas, para aferir da autenticidade e da qualidade dos documentos, sobretudo os de despesa, e depois auditadas, caso se pretenda que venham a ter alguma credibilidade.
É que a Festa grande tomarense terá todas as virtudes apontadas pelo amigo Schulz, não duvido,  mas a que preço e em que condições? Fala-se por aí numa maneira engenhosa de iludir o fisco, e sobretudo num custo exorbitante de 40 euros por habitante do concelho. Que fazem depois falta para comprar ambulâncias, ou contratar médicos de família, oferecendo-lhes suplementos, como já acontece noutras terras por esse país fora. Em Ourém, para não ir mais longe. Onde acreditam nos milagres de Fátima, mas à cautela vão seguindo o preceito católico "Ajuda-te e Deus te ajudará."
"É uma Festa para desfilar nas ruas, feita pelo povo e para o povo", lê-se no texto em causa. O problema é o custo, e sobretudo a contradição evidente: Quando se pergunta para que servem os tabuleiros, a resposta é pronta -"Para promover Tomar". Afinal em que ficamos? Do povo e para o povo? Ou para promover Tomar? É que na edição 2023 houve uns milhares de forasteiros que foram forçados a palmilhar quilómetros, indo-se depois embora ainda os tabuleiros desfilavam, levando de Tomar uma péssima recordação e a certeza de que faltou organização capaz, e faltaram estruturas de acolhimento, em quantidade e em qualidade. 
É tratando mal quem nos visita, mas gastando à rica, que se pretende promover o turismo em Tomar?
Percebe-se o medo de Manuel Júlio, quando recusa liminarmente uma festa feita por profissionais, com acesso pago. Mexe com demasiados interesses menos confessáveis. E se calhar até com a aludida "raça tomarense", quem sabe?. "Honni soit qui mal y pense." ("Maldito seja quem mal nisto vê", divisa da Ordem inglesa da Jarreteira, cujo cinturão-insignia está no botaréu da direita da fachada poente da nave manuelina do Convento de Cristo.)
A próxima edição dos tabuleiros está prevista para 2027, já com outros eleitos nos Paços do concelho. No meu tosco entendimento, se antes não houver um amplo e participado debate vai custar três milhões de euros e será uma vergonha ainda maior que a de 2023. Só pode. Alea jacta est, mas o pessoal de agora já não aprende latim, e quem não sabe, fica assim.
















Política local - Etnias e migrantes

A negar o óbvio é que a gente 

não se  entende de forma nenhuma

O MIRANTE | Tomar tem técnicos a trabalhar na rua para integrar famílias na comunidade

Parece-me que há, antes de mais, um equívoco frásico no título da notícia d'O MIRANTE do link supra. Tomar não "tem técnicos a trabalhar na rua para integrar famílias na comunidade", mas técnicos a trabalhar na comunidade para integrar famílias habituadas a viver na rua. Ou não será assim? A questão todavia é outra. Trata-se da política de negação, praticada sistematicamente pela maioria socialista local.
Neste caso, quando Cristóvão afirma que "não há problemas com nenhuma etnia em particular nos bairros sociais", mas "apenas questões pontuais como sempre aconteceram", sabe muito bem que não está a respeitar a verdade, usando a cartilha marxista tradicional. Quando confrontam um dirigente cubano com a triste realidade económica daquele país, pondo em causa o regime comunista, a negação também é imediata e veemente: O problema, dizem, é o embargo norte-americano, que já dura há mais de cinquenta anos, e não a adequação do regime. Quem já por lá andou, sabe que não é bem assim. Com o seu conhecido sentido de humor, os cubanos asseguram até que no seu país há apenas três grandes problemas: o pequeno almoço, o almoço e o jantar.
Na mesma linha, os dirigentes do Hamas asseveram que os israelitas são os culpados pela destruição de Gaza, esquecendo-se do ataque inicial de Outubro, quando havia paz naquela zona, que causou mais de mil mortos em Israel. Trata-se portanto de uma determinada escola política, que se necessário nega evidências para justificar a doutrina. No caso tomarense, a maioria socialista acredita que governa bem e nunca comete erros. Há é um velho ressabiado que critica tudo e só sabe dizer mal, dizem eles. E a oposição por vezes também vai nessa conversa.
O que permite depois um toque de desfaçatez da senhora vereadora do pelouro social. Disse ela, segundo O Mirante, que "é um grande feito ter todas a crianças [ciganas] inscritas nos estabelecimentos de ensino". Sucede que não é nenhum grande feito, nem coisa parecida, por três motivos do conhecimento geral: 1 - Porque esses alunos apenas estão inscritos para os seus pais ou familiares receberem os respectivos subsídios;  2 - Porque o seu aproveitamento escolar deixa muito a desejar, implicando ajuda permanente e raramente permitindo o acesso a cursos profissionalizantes; 3 - Porque a convivência com os gajos (os não ciganos) é muito problemática, apesar de camuflada pelas autoridades escolares sempre que possível.
Citando Lincoln, "é possível enganar toda a gente durante um certo tempo, mas impossível enganar todos para sempre". Restam portanto duas hipóteses aos socialistas tomarenses. Ou insistem no faz de conta, ou aceitam descer do pedestal onde julgam que estão e sentar-se à mesa com todos os intervenientes, incluindo os críticos, para debater o problema e tentar encontrar uma solução sistémica mais conforme com os interesses da comunidade tomarense.
Se insistirem no faz de conta e na mentira permanente, podem ter a certeza que, de acordo com os indícios disponíveis nesta altura, nas próximas autárquicas vão ter na Câmara, em vez do usual duo PS-PSD, um trio PSD-PS-CHEGA, com boas hipóteses de um executivo tipo 3-3-1, no mínimo, como já acontece no Entroncamento desde 2021. Fica o aviso. Depois não digam que é só má-língua, que o pessoal sério ri-se.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

 Carnaval nabantino

Ora gaita para o Turismo do Centro

Com grupos de folionas e foliões desfilando todos os fins de semana ali na avenida Beira-Mar, como preparação para o Carnaval de Fortaleza, no Aterrinho da Praia de Iracema, andava todo esperançoso. Dizia para comigo -Agora é que é. Com a Anabela no comando, Tomar vai voltar a ter finalmente  eco carnavalesco a nível nacional.
A tal ponto que até arranjei uma proposta para novo patrulhamento montado da PSP, sobretudo naqueles bairros mais propensos a incidentes e por isso onde há mais queixas -1º de Maio, Caixa, Sra dos Anjos, Bairro Calé. E para abrir o cortejo de carnaval. O modelo é o policiamento na ilha de Marajó, na foz do Amazonas, em Belém do Pará, Brasil:


Vai-se a ver, ora gaita para tanto azar! Alguns tomarenses, decerto mais masoquistas, continuam a cuidar de mim de uma forma que não mereço, pois  insisto em dizer mal dos tomaristas. Desta vez mandaram-me a
newsletter do Turismo Centro de Portugal, com o cardápio dos festejos carnavalescos.


Alcobaça, Covilhã, Estarreja, Figueira da Foz, Guarda, Mealhada, Nazaré, Ovar, Torres vedras, Cabanas de Viriato, Figueira de Castelo Rodrigo, Góis e Vale de Ílhavo. A lista é longa, como se vê, mas de Tomar nada. Coitado do Honório! Nem a Santa Anabela lhe vale, mesmo com a Patrícia e o argentino. Pode ser que talvez o S. Cristóvão o abone de combustível para o desfile previsto, que é afinal uma viagem. Curta, mas uma viagem. Porque afinal o importante é mesmo o abono. O resto é música.
Os tomarenses não têm sorte nenhuma! Já não bastava aquele velho rezingão do TAD3, que nunca mais se cansa de dizer mal de Tomar e dos tomarenses, sobretudo dos magníficos políticos que temos. Agora até o Turismo do Centro resolveu silenciar o Carnaval nabantino. Por falta de qualidade, querem ver?
Tudo isto numa altura em que há, pela primeira vez em Tomar, uma atracção carnavalesca única em Portugal: Uma vereadora muda que não muda. Noutros termos, uma vereadora PS que não fala durante as reuniões do executivo, nem dá mostras de tencionar mudar. A lembrar aquele caso do especialista brasileiro, procurando sossegar um pai preocupado: -Finalmente descobri porque é que a sua filha não fala. -Então porque é, senhor doutor? -Porque é muda!
Em Tomar, ainda está por descobrir a causa do mutismo da edil socialista. Decerto não vai tardar, porque há autárquicas o ano que vem. Entretanto, lá para as bandas de Londres, o amigo e assíduo comentador Helder, vai ter de arranjar paciência para continuar a seguir as reuniões do executivo no Youtube. Se é católico, aconselho uma súplica a Santa Rita, não de Cássia mas do PS tomareiro. Pode ser que resulte, e as reuniões passem a ser mais animadas, sem irritar tanto, apesar do silêncio da Rita e do irritante paleio  da Filipinha, convencida de que é dona da razão.




Política local - Promoção turística

Cachopice esquerdista

É uma característica das crianças e adolescentes. Por falta de experiência, revelam dificuldades de aprendizagem. É o que tem vindo a acontecer com a maioria socialista municipal. Havia a Anabela das farturas, ficou-nos a Filipa Mortágua.
Após o incidente do ano passado, na sequência do qual foi explicitado que a promoção externa do turismo é competência exclusiva do Turismo de Portugal e das Entidades Regionais, temos novamente a burra nas couves. Tomar está representada, com local próprio, na FITUR 2024, em Madrid, de 24 a 28 de Janeiro.
Para quê? Trata-se de uma ilegalidade manifesta, tornada mais evidente pelo facto de nenhuma das grandes cidades da região (Aveiro, Coimbra, Leiria e Viseu) estar representada com local próprio. O que significa que, se estivéssemos num país com menos bandalheira,  a senhora vereadora e quem a autorizou seriam julgados e condenados por peculato, ao gastarem verbas públicas numa actividade para a qual não têm competência legal.
Agravando a situação, a presença da delegação tomarense vai promover o quê e  como? Nem a vereadora nem as funcionárias falam castelhano ou inglês escorreito, além de ignorarem completamente o que têm em Tomar para promover em Espanha. O Convento de Cristo? É um monumento muito importante, sem dúvida, mas não é um produto turístico acabado e comercializável. Resumindo: Mais uma passeata paga pelos camelos do costume.
Com a sua veia esquerdista arrebitada, é muito natural que no próximo ano repitam a ilegalidade, porque uma das facetas dos medíocres é a incapacidades para aprenderem com a experiência. De qualquer forma, tudo indica que em Outubro 2025 terão um belo enterro, com filarmónica e tudo, à moda de Nova Orleans - USA. (ver imagem)


Imagem copiada do Le Monde online. Acampamento clandestino sob as linhas de metropolitano, na parte norte de Paris. Imagem sem relação directa com a crónica infra, destinada a ilustrar as dificuldades das autoridades municipais, mesmo das cidades mais ricas, como Paris, para acudir a todos os carenciados.


Informação e política local

Um comentário pungente tipo três em um

que nos interpela a todos

Há favoritismo da câmara de Tomar na atribuição de casas? | Tomar na Rede

Pronto, pronto. Não me batam mais. Esclareço que pungente quer dizer, em português chão, "de fazer chorar as pedras da calçada". Refiro-me a um magnífico comentário publicado no Tomar na rede, que pode ler usando o link acima.
Magnífico porque, numa linguagem corrente e sem ornamentos supérfluos, descreve um drama social, denuncia uma situação iníqua e revela uma idiossincrasia (comportamento de grupo). 
Mostra o drama de uma mãe infeliz, desprotegida e sem recursos, com descendência muito problemática, porque vítima de várias patologias, que se sente desamparada pela autarquia, a funcionar praticamente em piloto automático. Ajudam os ciganos e já é uma trabalheira desgraçada, com resultados que estão longe de ser os melhores.
Denuncia uma situação iníqua, inaceitável, por demais evidente: Gastam-se milhões para realojar e tentar integrar uma população com hábitos diferentes, sem empregos fixos e com tradições pouco confortáveis para os vizinhos, mas depois não há recursos para acudir a casos sociais urgentes, de famílias tradicionais que trabalharam e pagaram impostos. Resta-lhes o quê? O internamento hospitalar para a descendência (se houver camas disponíveis...), e irem dormir para debaixo da ponte do Flecheiro? Seria o cúmulo da injustiça social. Tirar de lá os ciganos, para aceitar mais acima a população tradicional, forçada por circunstâncias adversas  a dormir ao relento.
E a fechar, o detalhe que revela o grave e já antigo problema tomarense. Somos uma comunidade em grande parte de ideias fixas, avessa ao diálogo convivial e pouco dada à tolerância, porque com traços acentuados de monolitismo e fanatismo. Neste caso, a revelação é involuntária, o que só reforça a sua pertinência. A dado passo do comentário que tem vindo a ser citado, a sua autora escreve isto: "É triste, gostava que a Senhora Presidente e os seus aliados pensassem nas pessoas como um todo, e não em grupos."
Mais de quatro meses após ter deixado a presidência da Câmara a meio do mandato, para esta munícipe queixosa e cheia de razão, ainda é a ex-presidente a responsável, e não o actual presidente Cristóvão. O que revela um conservadorismo bem acentuado e uma nítida falta de elasticidade funcional, mesmo numa pessoa que escreve muito bem, assim revelando que pensa adequadamente, embora com esse inconveniente da carência de aptidão para a mudança constante, e para a abertura de espírito. Não é caso único em Tomar. Pelo contrário. Daí também a nossa crise económica e existencial.
Há dias, um comentador habitual do Facebook escrevia isto: "A terra é boa. Faltam duas ou três fábricas." Fábricas de quê? Para funcionarem com que mão de obra que não temos? (tailandeses? malaios? bangladechis? paquistaneses? senegaleses? outros muçulmanos, como agora na agricultura alentejana e ribatejana?) Que argumentos temos para atrair novas fábricas, se as antigas faliram todas, e nem uma se conseguiu recuperar? Realmente, é como diz o povo, o pior cego é aquele que não quer ver. Ou não é capaz, mesmo quando mantém a visão..


terça-feira, 23 de janeiro de 2024




Gestão do património municipal

 Levam-nos 

ao sabor da corrente e dos caprichos

Palácio Alvim ao abandono há 15 anos | Tomar na Rede

Único órgão de informação local que publica notícias nabantinas não veiculadas pela agenda do executivo camarário, Tomar na rede acaba de referenciar o palácio Alvim, ex-esquadra da PSP, a menos de cem metros da Câmara, devoluto há mais de 15 anos. Só a pequena garagem anexa abriga por vezes alguns veículos camarários. O que não impediu a ex-presidente, quando ainda não tinha arranjado maneira de abandonar o barco a meio da viagem, de anunciar que tencionava mandar construir, nos terrenos anexos ao convento de S, Francisco, que pretendia adquirir ao Ministério da defesa, por 750 mil euros, um edifício para agrupar os serviços administrativos municipais. Ficou escrito.
Com a inopinada ida da senhora, na sequência do negócio Vila Galé,  para altas funções na promoção turística, área em que não tem qualquer experiência anterior, ignora-se se haverá ou não novo centro administrativo municipal, longe dos Paços do concelho. Para os eleitos poderem estar sossegados no seu ambiente natural -a sede do poder. Sem serem incomodados por funcionários subalternos e/ou eleitores inconvenientes.
Em qualquer caso, a ideia tem a sua piada, quando se sabe que no próprio convento de S. Francisco, que é da Câmara,  toda a parte nascente do lado sul, bem como o primeiro piso da face sul, por cima do Museu dos fósforos, estão devolutos desde a extinção do GAT, há mais de dez anos. Ou seja, uma superfície superior à do palácio Alvim, também a aguardar melhor destino. Mais uma.
Ainda na mesma área do património municipal, os leitores recordam decerto que a Câmara cedeu gratuitamente, ou vendeu, várias ex-escolas primárias na zona rural,  para depois andar a comprar terrenos destinados a construir "habitação social a custos controlados", incluindo até um terreno com uma casa clandestina. Grandes negócios.
Mas não é tudo. Há ainda a casa do guarda da piscina, junto ao açude real, e as instalações do parque de campismo (balneários, instalações sanitárias, lavandaria, recepção, serviços administrativos, restaurante), tudo a aguardar melhores dias, sendo que os autocaravanistas não têm acesso a essas instalações municipais, vá-se lá saber porquê. Entretanto a Câmara vai pagando renda pelo primeiro e segundo pisos do edifício do lado sul da Praça de  República, onde eram os SMAS e agora está a Tejo Ambiente e o DOM.
Além de tudo o antes relatado, há ainda o "museu polinucleado", mais tarde "complexo museológico" da Levada, quase todo às moscas há mais de dez anos. Dos falados "museu da fundição", "museu da electricidade " e "museu da moagem", temos agora a "fábrica das artes" e pouco mais. Numas instalações cujas obras de recuperação custaram mais de seis milhões de euros. Não estou a ver a relação entre os previstos museus e a referida "fábrica das artes", mas será decerto defeito meu. Estou seguro de que após uma visita guiada tudo se esclareceria. Ou  não? Fico na expectativa do respectivo convite.
Até lá, fica este resumo, essencialmente para memória futura, sendo certo que a oposição não lê estas coisas e a maioria que temos ainda menos, dada a sua bem conhecida alergia à crítica. A extrema esquerda, porque lhes causa urticária, pelo que se apressam a dar a entender que é reacionário. Há quase cinquenta anos que é assim, e não se prevêem mudanças. 
Por seu lado, o PSD e pouco mais, porque também têm culpas no cartório, vão procurando sacudir a água do capote, fazendo de conta que não leram. Com eleitos assim, vamos longe, sem dúvida alguma. Basta ir olhando para os números na área demográfica. Somos cada vez mais a vergonha do distrito. Mesmo com o incremento populacional da comunidade calé.



segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Imagem copiada de Tomar na rede, com os agradecimento de TAD3.

Alojamentos sociais

Cristóvão insiste 

no realojamento cigano modelo Flecheiro

https://tomarnarede.pt/destaque/camara-vai-construir-duas-moradias-t3-em-valbom/

Cristóvão persiste e insiste no realojamento social. Com coragem e coerência, dirão os instalados. Teimosamente e sem prudência, pensarão outros. Certo é que vamos ter em Valbom, perto da falida Platex, duas moradias T3. A julgar pelo custo do projecto, 16 mil euros as duas, será um primeiro exemplo em Tomar de alojamento social a custos descontrolados. Que se saiba. Se calhar já antes havia outros.
Com uma enorme vantagem neste caso, em relação a infelizes experiências anteriores: É pouco provável que as duas famílias carenciadas (?), a alojar nas duas moradias T3, possam vir a incomodar os vizinhos, pois não os há nas proximidades. Já é alguma coisa, em relação ao 1º de Maio, ao bairro da Caixa, à Sra dos Anjos e por aí adiante. Menos quezílias em perspectiva.
Depois, faltará só à maioria socialista nabantina arranjar coragem para reponderar todo o processo da comunidade cigana em Tomar, tendo em conta os incidentes de todos conhecidos, que envolvem vizinhos, comerciantes, outros ciganos, crianças, etc. e tendem a multiplicar-se, agravando a situação local. Dar tempo ao tempo, como já aconselhou Cristóvão, não resulta, de acordo com as evidências disponíveis.
Há ciganos e outros migrantes em toda a Europa, e aquilo que agora está acontecendo em Tomar, sobretudo após o desmantelamento do Flecheiro, já ocorreu nomeadamente em Espanha, França e Itália, havendo vasta informação disponível sobre as medidas tomadas então  nesses países para resolver os complexos problemas de integração social. Nem sempre com êxito, diga-se em abono da verdade.
Se os eleitos e os técnicos camarários, eventualmente vítimas de formação académica menos pragmática, ignoram toda essa literatura utilitária, há que ousar perguntar a quem saiba, de mente aberta e sem apriorismos ditos de esquerda. As coisas são o que são. Não o que parecem a alguns, porque assim lhes convém. Insistindo em esconder ou negar a realidade envolvente, longe de combater a extrema-direita, faz-lhe a cama, como veremos talvez já nas próximas legislativas, comparando resultados com 2022. É a vida, dizia em tempos o Guterres, que depois resolveu voar mais alto. Como fazem tantos e tantos jovens, rumando a outras capitais, regra geral capitalistas e com governos menos dirigistas e mais eficazes.


domingo, 21 de janeiro de 2024





Eleições legislativas

Votar é um dever cívico 

e felizmente o voto é livre e secreto


A mais de mês e meio das próximas eleições, recebi duas perguntas de resposta complexa.  Pretendem saber em quem vou votar, e qual a melhor escolha eleitoral no actual contexto. Começo por esclarecer que se trata de eleições para um órgão nacional, pelo que a minha competência em termos analíticos e previsionais é muito mais limitada do que tratando-se apenas do vale nabantino. Ainda assim, avancemos.
Nesta altura, o mais provável é que não vote desta vez. Podia votar em Fortaleza, mas tinha de me inscrever atempadamente, o que não fiz por não saber se ainda aqui estarei em 10 de Março. Votarei em Tomar? Depende. Só estarei de novo no vale do Nabão em Março, caso a evolução da doença a isso me obrigue, porque ainda faz frio, pelo que só tenciono regressar a Lisboa lá para o final de Abril, em circunstâncias normais.
Indo agora às opções de voto para cada cidadão, começo pela extrema esquerda. Votar na CDU, que é afinal o PCP com outra designação eleitoral, só se justifica como forma de homenagear a longa luta do partido durante o regime autoritário. O resto será em pura perda.
O voto no BE será sempre ideológico e sem grande alcance prático. Sobretudo depois de Mariana Mortágua ter dito que Ventura dava um bom Estaline. É uma patacoada das grandes, tanto na forma como no fundo. Na forma, porque o líder do Chega DARIA, poderia dar, um Estaline se... No fundo, porque não consta que tenha mandado, ou tencione mandar assassinar Louçã, como fez o ditador soviético em relação a Trotsky, um dos patronos ideológicos do BE, e a milhões de russos. Há coisas que é melhor pensar um bocadinho, antes de abrir a boca.
Vindo para o Centro, deixando de lado o Livre, o Pan, o Volt e outros que tais, por não passarem afinal, no actual sistema eleitoral, de simples animadores de pista, encontramos o PS. Agora bastante mais à esquerda, com PNS, o que significa mais Estado, é capaz de perder eleitorado, devido a essa esquerdização, e tendo em conta a acção governativa dos últimos anos, que não foi propriamente um sucesso.
Em contrapartida, é o único partido que garante um representante de Tomar na Assembleia da República. Hugo Costa é o 2º da lista por Santarém e o PS elegeu 5 em 2022, pelo que, mesmo perdendo votos, o tomarense está praticamente garantido na AR. Caberá a cada eleitor ponderar se essa nítida vantagem local compensa a má governação a nível nacional.
Mesmo com uma solução requentada, a AD, o PSD é nesta conjuntura a grande esperança de muitos portugueses. Todos aqueles que acreditam na iniciativa privada, na redução da burocracia e dos impostos, e na luta contra a corrupção. Infelizmente, a nivel local a situação é a que sabemos. Os social-democratas nabantinos têm muito pouco peso a nível distrital, e isso nota-se. Lurdes Ferromau é 8ª na lista, quando em 2022 o PSD elegeu apenas 3 deputados no distrito. Valerá a pena, mesmo assim, votar AD? Quem lê terá de decidir no momento adequado.
Fecha-se com o CHEGA, no qual vão votar todos os que estão fartos disto e mais aquilo, destes e mais aqueles. Porque o partido de Ventura é a nova formação de protesto, função que tem sabido roubar ao PCP e ao BE. Com tal sucesso até agora que, com alguma sorte, vai conseguir transformar o tradicional casal governativo PS-PSD ou vice-versa,  em ménage à trois. Oxalá!


sábado, 20 de janeiro de 2024


Um clã cigano. Imagem sem relação directa com a crónica infra.


Acampamento clandestino no cais da Ilha de S. Luis, zona nobre de  Paris, em 18/01/2024, com a temperatura exterior de 5 graus negativos. Imagem copiada do Le Monde online, sem relação directa com o texto infra, apenas para demonstrar que não há acampamentos clandestinos só em Portugal.

Educação e ensino

Mas às crianças Senhor  
Porque lhes dais tanta dor?

https://tomarnarede.pt/sociedade/pai-denuncia-agressoes-a-filha-na-escola-eb1-templarios/

Pois é. Os responsáveis locais continuam convencidos de que estamos "No rumo certo", pelo que se julgam imunes aos erros e são alérgicos à crítica. Mas apesar dessa evidente renitência, "o mundo pula e avança, como bola colorida entre as mãos de uma criança", segundo Gedeão, infelizmente nem sempre na melhor direcção.
Segundo o Tomar na rede (abrir link supra), um pai queixa-se de assédio e agressões à sua filha, uma criança de 9 anos, ainda no ensino básico. Quantos mais haverá que se calam, por medo e por já terem percebido que não adianta queixar-se? Ninguém faz nada, acabando os ofendidos por serem afinal os culpados, acusados de estarem a inventar problemas onde eles não existem, e a traumatizar os migrantes, coitadinhos.
Num outro contexto social, com menos ideologia e mais pragmatismo, nesta altura já haveria estudos e inquéritos, procurando determinar se os casos de assédio ocorrem só naquela escola, quem são os culpados, qual a percentagem desses culpados no efectivo da escola, que soluções já foram tentadas, e assim sucessivamente.
Em Tomar, a situação é diferente. Porque alegadamente estamos "No rumo certo",  e o realojamento do Flecheiro foi considerado um grande êxito, funcionários, professores, autarcas e outros responsáveis tendem a "fechar os olhos", por pensarem que isso vai favorecer a integração social de gente que, infelizmente, nunca quis nem se quer integrar, inculcando essa atitude nos seus descendentes. Com o resultado que está cada vez mais à vista.
Ironia do destino, aqueles funcionários que lidam mais de perto com os ciganos e outros migrantes, como os professores e os assistentes sociais, por exemplo, estão agora colhendo aquilo que antes semearam. Durante anos, recomendaram a tolerância, a empatia e a impunidade de facto, mesmo para os prevaricadores. Estes perceberam a coisa tão bem, que se aproveitam sobejamente dessa atitude,  e até já transmitem aos seus descendentes a ideia de que podem fazer tudo, que não lhes acontece nada. E quando alguém ousa protestar, queixam-se logo que são vítimas de racismo, e passam às ameaças veladas.
Entretanto, o CHEGA vai crescendo, e as vítimas das ciganices vão propondo soluções cada vez mais drásticas, com socialistas, BE e CDU a acusarem-nos de fascistas e outras maldades. Porque, como escreveu um comentador no Facebook, reproduzido no Tomar na rede, "O que é que isso tem a ver com a política? Nada, evidentemente. Só os néscios é que não vêem. Pobre gente! Terra cada vez mais desgraçada para se viver.

ADENDA
Perante casos semelhantes de assédio ou agressão, em França, por exemplo, quem prevarica comparece perante um conselho disciplinar, que geralmente aplica uma pena de suspensão por 8 ou 15 dias, logo comunicada ao encarregado de educação, que perde o direito às prestações sociais durante o período da suspensão. Em caso de reincidência, a aluna ou aluno é encaminhada/o para uma consulta de pedopsiquiatria, seguindo-se a terapêutica proposta. Adiar problemas não resolve. Só agrava.

Ruínas romanas de Jerash, na Jordânia, a comparar com as alegadas ruínas de Sellium.

Alegadas ruínas romanas do Fórum de Sellium - Tomar. "Circulez! Il n'y a rien à voir!" costumam dizer os polícias franceses, quando há algum ajuntamento de mirones na rua. Caso o previsto museu das ruinas do Fórum de Sellium chegue alguma vez a abrir ao público, vai aparecer tanta gente que convirá colocar um aviso do mesmo tipo da polícia francesa: "Circulem! Não há nada para ver!"

Protecção do património

Respeito pelo rigor e pela verdade

Li com prazer, num dos semanários locais, uma tribuna de Alexandre Horta, intitulada "Visibilidade ao património". O que segue não é uma crítica malévola ou interesseira. Apenas uma maneira de dizer "desconcordo" em relação a alguns pontos, num clima geral de concórdia.
Começa o autor por referir que há em Tomar "ocupações já bem documentadas quer de romanos quer de muçulmanos." Peço licença para divergir, no que concerne aos muçulmanos. Não me considero um ignorante na matéria, mas confesso que nunca encontrei documentação científica mostrando a ocupação muçulmana no vale do Nabão, sem margem para dúvidas.
Há, é certo, os açudes, as rodas e a noras, bem como algum pavimento de tijolo burro em espinha, mas isso são apenas sinais da influência árabe, não da ocupação efectiva do território. Houve em tempos uma respeitável senhora arqueóloga que veio com essa mesma ideia, que todavia nunca conseguiu fundamentar de forma credível. Por exemplo, um dos tais pavimentos de tijolo em espinha, apontado pela senhora, está nas ruínas do Paços do Infante, que são do século XV, quando já não havia muçulmanos em Portugal há mais de dois séculos.
Mais adiante, Alexandre Horta  afirma que "É amplamente aceite pela comunidade científica que Tomar foi uma cidade com importância durante a ocupação romana." Terá sido. Acontece porém que a realidade é algo diferente. O que é amplamente aceite é  outra coisa. São os Itinerários de Antonino Pio, um dos quais -Olisipo > Bracara Augusta-  passa por Tomar. Infelizmente, neles as distâncias quilométricas entre urbes estão em millia passum, parâmetro que ninguém sabe bem a que corresponde actualmente, pelo que as ruínas de Sellium, a tal Tomar romana, tanto podem ser em Cardais, no Alvito, em Concórdia...ou nas traseiras do quartel dos bombeiros. Faltam achados significativos. O que está à vista até podem ser os alicerces de duas igrejas que ali houve e estão documentadas: S. Pedro Fins e Santa Maria de Selho.
Havia e há uma maneira prática, e não muito onerosa, de tentar apurar mais nessa matéria. Consistia em explorar a calçada romana a partir da Ponte das Ferrarias, mas a autarquia nunca quis ir por aí. Se calhar para não desmanchar o castelo de cartas do alegado "Fórum de Sellium", manifestamente muito mal amparado em termos científicos.
Passando a outra vertente, a da pertinência do nosso património, lastima-se que a Câmara já tenha gasto 700 mil euros no alegado fórum, mas aplaude-se que não tenha data para iniciar a 2ª fase do projecto. Isto porque, mesmo admitindo que os vestígios existentes sejam romanos e do alegado fórum de Sellium, o futuro espaço só poderá ser um museu de coisa nenhuma, ou pouco mais, conforme já escrevi meses atrás, e ninguém contestou até agora.
Nenhum visitante pagará um cêntimo sequer,  para visitar uns alicerces e umas peças vindas de alhures, e a autarquia não tem recursos para sustentar mais uma despesa fixa importante. O futuro espaço, mesmo que o consigam organizar e abrir ao público, o que é duvidoso, tendo em conta o evidente malogro do Complexo museológico da Levada, implicaria encargos anuais da ordem das centenas de milhares de euros. Um director,   mais uma dezena de funcionários, numa autarquia que já gasta para além de 40% do orçamento com pessoal, não seria coisa pouca.
Em conclusão, visibilidade ao património? Certamente. Mas só nos casos em que seja assaz curioso ou monumental, para poder ser explorado turisticamente. Porque a câmara já deve saber quanto lhe custam anualmente a Sinagoga, a Casa Lopes Graça, o NAC ou o Museu dos fósforos, por exemplo, tudo pago com os nossos impostos, que depois fazem falta noutros sectores. Para comprar ambulâncias, por exemplo...

 

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Política  local

O escândalo das Avessadas

A ampla cobertura jornalística do Cidade de Tomar desta semana, no triste caso do escândalo das Avessadas, evidencia bem a gravidade do problema. Há dois textos muito bem articulados do principal interessado, Luis Alvellos, e um da chefe de redacção do semanário, que são demolidores. Mostram, de forma documentada e sem margem para dúvidas, que vários executivos camarários, sobretudo os dos últimos dez anos, têm sido pouco respeitadores do acordo subscrito em 1992, que permitiu a edificação do hospital, e usado de manhas várias para impedir a natural urbanização dos terrenos da Quinta da Avessadas.
Quem conheça um pouco as engrenagens camarárias, nota logo haver em cada caso uma situação curiosa: o eleito executivo toma decisões, que depois não quer ou não é capaz de explicar cabalmente. O que mostra que foi manipulado, tendo agido sob influência. De quem? De técnicos superiores com muita experiência, que em vez de zelarem pelos interesses da colectividade, pois é para isso que lhes pagam, vão fazendo o possível para conseguirem outras fontes de rendimento, não declarado ao fisco. E quando não conseguem, emperram, intimidam, manipulam, mentem se necessário.
Neste escândalo das Avessadas, que ainda vai dar muito que falar, o presidente da Câmara decidiu revogar o plano de pormenor, mas não consegue, ou não lhe convém, explicar porquê nem para quê. O que se compreende. Quem o instruiu nesse sentido omitiu que há direitos adquiridos, que o poder judicial não pode deixar de reconhecer, mas só daqui a cinco ou dez anos. Enquanto o pau vai e vem, folgam as costas. O mandato termina em Outubro 2025, e depois logo se vê.
Segue-se que este escândalo das Avessadas prejudica muita gente, a começar pelos proprietários dos terrenos, mas não só. Há também  a Santa Casa, por exemplo, enxotada para a Atalaia, e agora a própria Empresa Editora Cidade de Tomar, que ao ser forçada pelas circunstâncias a fazer jornalismo sério, mordeu na mão que a sustenta - a Câmara- e colocou assim a cabeça no cepo. Se em Outubro 2025 o PS ganha de novo, adeus Cidade de Tomar, que aquela gente além de não ter maneiras, é vingativa e não perdoa.
Resta por agora uma ténue esperança. Que a Assembleia Municipal consiga finalmente uma maioria para rejeitar a revogação do plano das Avessadas. É díficil, bem sei, porque há o problema de alguns presidentes de junta, e sobretudo do BE e da CDU, que sempre apoiam o executivo nos casos desesperados, como este. Mas está em causa a credibilidade da própria AM e o futuro de Tomar. Se não conseguirem rejeitar a proposta camarária de revogação do plano das Avessadas, sempre ficaremos a saber quem são os cangalheiros da cidade e do concelho, para além de qualquer dúvida. Em qualquer grande espectáculo, chega sempre a hora da verdade. Para os políticos locais, ela aí está. 
Saberão estar à altura?


quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Imagem copiada de O Mirante e adaptada, com os agradecimentos de TAD3.

Turismo

TURISMO DO CENTRO: 

A PROPAGANDA 

COMO PROMOÇÃO TURÍSTICA

O MIRANTE | Turismo do Centro quer atrair visitantes a Fátima todo o ano

A comissão executiva da Entidade de turismo do Centro, liderada pela nossa conterrânea Anabela Freitas, esteve de visita a Fátima e Ourém para fazer promessas. Segundo O Mirante, no encontro com o reitor do santuário, e mais tarde na Câmara de Ourém, foi dito que aquele organismo promocional vai procurar

1 - Combater a sazonalidade, atraindo peregrinos e turistas durante todo o ano;

2 - Incrementar as receitas do turismo, ou seja atrair turistas com maior poder de compra;

3 - Prolongar a estada média dos turistas na região.

Numa curta frase, os três grandes prémios do Euromilhões, jogando com apenas três apostas. É claro que Anabela Freitas não explicou como tencionam alcançar tão ambiciosos objectivos. Limitou-se a assinalar a sua existência, o que já não é mau de todo, porque vai animando o pessoal do sector. Mas, bem vistas as coisas, não passa afinal de hábil propaganda, ou teatro de comédia, em altura de eleições.
Ignoro se Anabela Freitas, e os outros responsáveis do Turismo do Centro, conhecem ou não a sombria realidade documentada do turismo religioso na Europa Ocidental. São políticos em lugares técnicos, mas nunca foram nem são profissionais do sector. Se fossem, saberiam que o panorama não é nada animador, apesar do constante aumento geral de visitantes. E com balelas não vamos longe.
Tanto em Santiago de Compostela como em Lourdes, dois santuários católicos de gabarito superior a Fátima, ambos Património da Humanidade, a principal preocupação não é a sazonalidade, o poder de compra ou a média de pernoitas por peregrino, mas simplesmente conseguir inverter a tendência de decréscimo anual de visitantes, naqueles dois grandes polos de atracção. Em Fátima a tendência é a mesma, embora o santuário, por razões óbvias, o não admita publicamente, à boa maneira portuguesa.
Em Lourdes há vários anos que se fazem seminários e se encomendam estudos e propostas de solução, até agora sem grande êxito. E os hoteleiros vão-se lastimando.  O que tende a mostrar que esta iniciativa da comissão executiva do Turismo do Centro, mais não é afinal que uma acção de propaganda, liderada por quem deixou em Tomar uma recordação de raínha das farturas, que meses depois já estão a obrigar o seu sucessor a "encolher-se".  Porque, por exemplo, os prometidos investidores do médio oriente nunca mais apareceram.
E o mais que ainda está para vir...



Política local

 CHEGA nabantino 
com problemas de crescimento


Numa altura em que o conhecido político tomarense Luís Ferreira (um dos melhores da sua geração), augura no Facebook que a solução para substituir a actual maioria socialista, que ele apelida de ATL, pode ser o CHEGA, e um leitor radicado em Inglaterra comenta que "o CHEGA está muito forte", eis que surge o imprevisto. Como é usual em Tomar. 
Ao que se conseguiu apurar, as estruturas do partido de Ventura não parecem ser todas iguais. As comissões distritais são eleitas, mas as concelhias são nomeadas pelas distritais. Uma situação curiosa num regime democrático.
A dita anomalia, chamemos-lhe assim, não teria qualquer importância, não fora o caso de o CHEGA ter crescido tão rapidamente. Mas cresceu, e agora, com excelentes perspectivas e cheirando a lugares, aparecem candidatos e pretendentes a candidatos de todos os lados. Todos muito competentes, naturalmente. 
Ao que parece, a anterior comissão política de Tomar foi atropelada, não se sabe bem quando, por quem, nem porquê. Parece ter prevalecido o amiguismos e o compadrio, em detrimento da competência e do trabalho realizado. Adeus Vera Ribeiro?
Na ausência de notícias do próprio partido CHEGA, explicando o que se passa, há zunzuns de vária ordem. O novo presidente da concelhia será um tal senhor Ferreira, do Central Tapas, apoiado por Pedro Santos, da Rádio Cidade de Tomar, mas haverá outros. Tem de haver. 
Resta aguardar que arranjem tempo para explicar,  oralmente ou por escrito, a actual situação e quais são os seus objectivos a curto, médio e longo prazo, lamentando que haja situações que em nada contribuem para a clarificação e o prestígio da política tomarense. Tomar merece sempre o melhor.

Política local

PSD DESASTROSO EM TOMAR

O MIRANTE | PSD corre o risco de desaparecer no distrito de Santarém

Publicou-se ontem nestas colunas uma tribuna do PSD -Tomar, anunciando em tom triunfalista a candidatura de Lurdes Ferromau Fernandes a deputada. Sem qualquer comentário, como manda a boa ética jornalística. Sucede que a referida tribuna é um desastre para a candidata, para o seu partido e para Tomar.
No nosso concelho, a abstenção foi de 42,66% há dois anos, com especial incidência na freguesia urbana (43,19%). Quatro em cada dez eleitores não foram votar. Quase metade. Nos outros concelhos o panorama é semelhante. 
Porque os portugueses não gostam de votar? Simplesmente porque temos um sistema eleitoral pouco adequado à nossa realidade. Com o país dividido em círculos eleitorais, que correspondem aos distritos, uma grelha administrativa que apenas sobrevive para esse fim, os eleitores não podem escolher os seus deputados. São obrigados a votar nas escolhas prévias dos partidos, mesmo que não sejam filiados. Aberrante, mas é o que temos.
O resultado é pouco recomendável. No caso do distrito de Santarém, elegem-se 9 deputados, o que supõe listas eleitorais de 18 nomes, por causa dos suplentes. Se as direcções partidárias fossem justas, ou pelo menos equitativas, não havendo possibilidade de cada concelho escolher o seu representante, pelo menos teriam em conta o total de eleitores de cada um, para a graduação dos candidatos na respectiva lista.
Foi o que o autor destas linhas discutiu, há muitos anos, com a federação distrital do PS, que acabou por aceitar o candidato de Tomar em 4º lugar, tendo em conta as nomeações pelo secretário geral. Ao tomar conhecimento que o candidato tomarense afinal ia em 8º lugar, quando devia ir em 3º ou 4º, abandonou o partido. Até hoje.
Quarenta anos mais tarde, vem o PSD anunciar triunfalmente que há nas listas para deputados uma candidata de Tomar. É uma dupla asneira. Por um lado, porque se esqueceram de dizer que vai em 8º lugar, a seguir ao representante do CDS, que ainda não se sabe quem seja. Por outro lado, porque num círculo eleitoral em que elegeram apenas 3 deputados em 2022, colocar alguém em 8º lugar é dizer que irá apenas para ornamentar a lista. Mesmo que o PSD consiga desta vez fazer bastante melhor, elegendo 5 representantes no distrito, ainda terá depois de levar pelo menos três desses eleitos para o governo, para que a senhora possa sentar-se finalmente na A.R. Inaceitável. Achincalhante para Tomar e para a senhora. Tanto mais que João Moura, de Ourém, vai em 2º. 
Cada um age como melhor entende, com inteira autonomia ou nem tanto. Se a senhora é mesmo tomarense por dentro e por fora, como dá a entender, resta-lhe uma saída airosa. Renunciar à nomeação e abandonar o partido, onde de resto consta que não faria falta por aí além. Caso contrário, o horizonte 2025 é bem sombrio para o PSD em Tomar. De tal forma que um experiente dirigente socialista local, agora afastado, já vaticina no Facebook que a solução para a actual maioria local poderá ser o Chega.
Estou a ser demasiado violento?  Injusto? Leiam por favor a notícia do link supra. Depois digam-me alguma coisa, se julgarem útil.



quarta-feira, 17 de janeiro de 2024



Tribuna do PSD

LURDES FERROMAU FERNANDES É CANDIDATA

A DEPUTADA À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Lurdes Ferromau Fernandes, Vereadora na Câmara Municipal de Tomar, integra a
lista do Partido Social Democrata de candidatos a deputados à Assembleia da
República pelo círculo eleitoral de Santarém.
No passado dia 15 de janeiro, o Conselho Nacional do PSD aprovou as listas de
candidatos a deputados, com a lista do círculo de eleitoral de Santarém, composta por
uma equipa com provas dadas e reforçada, a ser liderada pelo independente Eduardo
Oliveira e Sousa, da ex-Presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal. Na
lista do distrito de Santarém estão também os atuais deputados João Moura (Ourém),
Isaura Morais (Rio Maior) e Inês Barroso (Santarém).
“É com sentido de responsabilidade que abraço este desafio e presto o meu contributo
e o de Tomar a uma vitória da Aliança Democrática e a eleger Luís Montenegro como
Primeiro-Ministro de Portugal” aponta Lurdes Ferromau Fernandes, acrescentando
que “quem me conhece, sabe da minha entrega e do meu trabalho de proximidade, em
prol da comunidade e de criar condições para um crescimento sustentado dos
territórios”.
O PSD de Tomar, que aprovou por unanimidade a indicação de Lurdes Ferromau
Fernandes como candidata a deputada à Assembleia da República, reforça o seu
empenho e apoio à Aliança Democrática, na defesa do interesse nacional e também
regional e local.

Tomar, 16 de janeiro de 2024
PSD de Tomar