"As pessoas presas são investigadas por tráfico de drogas, homicídios, roubo, furto, estupro, integrar organização criminosa, dentre outros crimes.
Um dos presos é José Newton Vital da Silva, de 55 anos. O homem foi preso no bairro Cidade 2000 e tem passagens por porte ilegal de arma de fogo, e roubo. Contra o homem foram cumpridos mandados de associação criminosa e homicídio.
Cinco pessoas foram presas nos bairros Autran Nunes e Dom Lustosa investigadas por crime de furto, tráfico de drogas e estupro. Conforme a SSPDS, no total, foram 25 mandados judiciais cumpridos e 24 pessoas capturadas."
opovo.com.br
Comunicação social
Que raio de informação é esta?
Roubo com violência na loja chinesa da Alameda | Tomar na Rede
Lendo a informação do link supra, pouco mais se consegue saber. Apenas que os agressores são mãe e filho. Idades, profissões, residência, etnia ? Era bom era, mas a informação tendência woke, que predomina em Portugal, tal não permite. E aqui cabe esclarecer que não se trata de criticar o administrador de Tomar na rede, que é um estimado e competente periodista, mas os bonzos do jornalismo que vão impondo pela calada as normas que ele praticamente é obrigado a seguir.
Alegarão em sua defesa os tais bonzos, pelo menos os mais mais descarados, que por mero acaso também defendem a Palestima, Cuba, a Venezuela e a invasão russa da Ucrânia, que se trata de proteger o direito ao bom nome e à presunção de inocência. Esquecem-se deliberadamente de que, nas sociedades de tipo ocidental, esses tais direitos tão apregoados, ao bom nome e à presunção de inocência, cedem frente ao direito a informação,, que está na Constituição.
No caso em epígrafe, identificando de forma completa os agressores e os agredidos, e acrescentando o que fizeram, não se estaria a atentar ao bom nome, ou a culpar sem julgamento. Apenas a informar cabalmente, sem tomar partido. Mas isso não convém ao pessoal defensor acérrimo dos oprimidos, que eles acham que são algumas etnias cujos comportamentos são por demais conhecidos, com as devidas excepções, bem entendido.
Para que dúvidas não restem, no Brasil, um imenso país de 220 milhões de habitantes, que é a 9ª economia mundial, a posição dominante é outra. Quando há notícias tipo fait divers, a informação jornalística é completa: O quê? Quem? Onde? Como? Porquê? com idades, residências, profissões, origem étnica e até cor da pele. Ver imagens acima e abrir link
Quem está equivocado? Os jornalistas brasileiros, que escrevem para milhões de pessoas? Ou os bonzos do sindicato português de jornalistas, que escrevem para meia dúzia de gatos pingados, num país onde se lê cada vez menos, por razões evidentes?
ADENDA
Por razões de índole cultural, que me abstenho de explicitar, para não ofender ninguém, haverá leitores que não concordam com o teor da crónica supra. E no entanto, se não for pedir demasiado, façam o favor de pensar um bocadinho.
Nos casos de lutuosa, ou necrologia, os órgãos de informação local fazem sempre um curto elogio fúnebre, além de fornecerem os dados canónicos. O que dá, em linguagem telegráfica, nome, idade, ocupação, estado civil, residência, família, causa e local do óbito, encerrando com as coisas notáveis feitas pela pessoa defunta.
Em contrapartida, no caso em apreço, uma cidadã e o cidadão seu filho resolvem furtar mercadorias para venda numa loja chinesa, no Centro comercial templários. Surpreendidos pelo proprietário, resolvem agredi-lo, ignora-se com que gravidade.
Como felizmente não houve mortos, também não há informação canónica nem curto elogio fúnebre. É pena, porque uma mãe que resolve iniciar o seu querido filho na difícil arte de furtar, creio ser coisa rara e digna de registo, por evidenciar a confiança que certas pessoas têm no ensino ensino profissional oficial.
Face a tal estado de coisas, com aquela objectividade facultada pela distância no tempo e no espaço, ia a escrever que a média local se absteve de mais detalhes, por estarem em causa pessoas oriundas do Flecheiro e realojadas pela Câmara com custos elevados, o que, se noticiado, poderia provocar alarme social, e incomodaria sobretudo a maioria socialista, muito estilo BE. Não tendo todavia, dada a distância geográfica, provas daquilo que acabo de escrever, retiro o que disse, e abstenho-me de mais considerações a propósito.
Não posso contudo deixar de referir que, antes do 25 de Abril, havia uma comissão de censura, chamada de exame prévio, em que respeitáveis coronéis do exército, usando lápis azuis, cortavam tudo o que não convinha ao regime, a todos os níveis.
Meio século após Abril, em Tomar o quartel general e os coronéis da censura foram-se, e não voltaram. Todavia, mutatis mutandis, não me parece, salvo melhor opinião, que estejamos melhor. Com uma notável diferença, que consta de todos os manuais, de Moscovo a Teerão e de La Havana a Caracas. É muito mais eficaz, mais discreto, e mais barato, obrigar à autocensura permanente, em vez de sustentar uma comissão permanente de exame prévio. Será o equivalente, em termos de pena de morte, a conseguir que os condenados se suicidem.
Ao contrário do que escreveu Camões, que era zarolho e por isso deve ter visto mal, mudam-se os tempos, mas as vontades mantêm-se e o povo é feliz com umas festarolas, uns tintóis, umas passeatas, uns subsídios, e por aí adiante.
Não ? Estou enganado? Então justifiquem-me lá a existência, no concelho de Tomar, de mais do dobro das associações culturais e desportivas de qualquer outro concelho da região. Há até um detalhe amargo, muito pouco conhecido. No concelho de Ourém, com uma população superior à de Tomar, há menos de metade das associações subsidiadas pela autarquia, entre as quais quatro corporações particulares de bombeiros (Ourém, Fátima, Caxarias e Freixianda). Em Tomar temos apenas uns bombeiros municipais, que nem ambulâncias suficientes têm.
Vou ser duro, para respeitar a verdade, tal como a vejo: O principal problema de Tomar são os tomarenses, que têm o hábito de se coçar para dentro. Disfarçadamente, já se vê. E sempre a trabalhar para promover Tomar.
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