sexta-feira, 26 de janeiro de 2024


Política local - Etnias e migrantes

A negar o óbvio é que a gente 

não se  entende de forma nenhuma

O MIRANTE | Tomar tem técnicos a trabalhar na rua para integrar famílias na comunidade

Parece-me que há, antes de mais, um equívoco frásico no título da notícia d'O MIRANTE do link supra. Tomar não "tem técnicos a trabalhar na rua para integrar famílias na comunidade", mas técnicos a trabalhar na comunidade para integrar famílias habituadas a viver na rua. Ou não será assim? A questão todavia é outra. Trata-se da política de negação, praticada sistematicamente pela maioria socialista local.
Neste caso, quando Cristóvão afirma que "não há problemas com nenhuma etnia em particular nos bairros sociais", mas "apenas questões pontuais como sempre aconteceram", sabe muito bem que não está a respeitar a verdade, usando a cartilha marxista tradicional. Quando confrontam um dirigente cubano com a triste realidade económica daquele país, pondo em causa o regime comunista, a negação também é imediata e veemente: O problema, dizem, é o embargo norte-americano, que já dura há mais de cinquenta anos, e não a adequação do regime. Quem já por lá andou, sabe que não é bem assim. Com o seu conhecido sentido de humor, os cubanos asseguram até que no seu país há apenas três grandes problemas: o pequeno almoço, o almoço e o jantar.
Na mesma linha, os dirigentes do Hamas asseveram que os israelitas são os culpados pela destruição de Gaza, esquecendo-se do ataque inicial de Outubro, quando havia paz naquela zona, que causou mais de mil mortos em Israel. Trata-se portanto de uma determinada escola política, que se necessário nega evidências para justificar a doutrina. No caso tomarense, a maioria socialista acredita que governa bem e nunca comete erros. Há é um velho ressabiado que critica tudo e só sabe dizer mal, dizem eles. E a oposição por vezes também vai nessa conversa.
O que permite depois um toque de desfaçatez da senhora vereadora do pelouro social. Disse ela, segundo O Mirante, que "é um grande feito ter todas a crianças [ciganas] inscritas nos estabelecimentos de ensino". Sucede que não é nenhum grande feito, nem coisa parecida, por três motivos do conhecimento geral: 1 - Porque esses alunos apenas estão inscritos para os seus pais ou familiares receberem os respectivos subsídios;  2 - Porque o seu aproveitamento escolar deixa muito a desejar, implicando ajuda permanente e raramente permitindo o acesso a cursos profissionalizantes; 3 - Porque a convivência com os gajos (os não ciganos) é muito problemática, apesar de camuflada pelas autoridades escolares sempre que possível.
Citando Lincoln, "é possível enganar toda a gente durante um certo tempo, mas impossível enganar todos para sempre". Restam portanto duas hipóteses aos socialistas tomarenses. Ou insistem no faz de conta, ou aceitam descer do pedestal onde julgam que estão e sentar-se à mesa com todos os intervenientes, incluindo os críticos, para debater o problema e tentar encontrar uma solução sistémica mais conforme com os interesses da comunidade tomarense.
Se insistirem no faz de conta e na mentira permanente, podem ter a certeza que, de acordo com os indícios disponíveis nesta altura, nas próximas autárquicas vão ter na Câmara, em vez do usual duo PS-PSD, um trio PSD-PS-CHEGA, com boas hipóteses de um executivo tipo 3-3-1, no mínimo, como já acontece no Entroncamento desde 2021. Fica o aviso. Depois não digam que é só má-língua, que o pessoal sério ri-se.

2 comentários:

  1. Boa tarde Professor, para mim já é noite. Dou-lhe razão, deveria de ser feita uma avaliação periódica das políticas de integração social das etnias, como de tudo, pois só avaliando se obtém dados para saber o que funciona e há técnicos na câmara suficientes para se proceder a esse trabalho haja alguém que os meta a trabalhar.

    Agora outro assunto: vi agora um vídeo no YouTube da hertz que me deixou admirado. Já se anda a falar num novo quartel dos bombeiros. O quartel só tem 53 anos!!! Será para acomodar os boys e girls da protecção civil???!!!

    ResponderEliminar
  2. Será o quartel o motivo para que as ambulâncias demorem meia hora a socorrer os tomarenses?

    ResponderEliminar