segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Para que dúvidas não subsistam: Aqui há gato!

Política local

Camelos  a escoicinhar no oásis nabantino

Os oásis são extremamente agradáveis para se viver durante um tempo, mas depois tornam-se claustrofóbicos e o seu ambiente social fica à mercê de alguns camelos, indispensáveis para a travessia do deserto, mas perigosos porque escoicinham quando menos se espera. Enquanto lá para as bandas de Torres Vedras, o categorizado Pacheco Pereira diz que o Ministério público tem dois braços, o judicial e o político, na sequência do escândalo na Madeira, em Tomar o conhecido veterano António Alexandre começou a pôr a boca no trombone, e o que se ouve não é nada tranquilizador. Ora faça favor de ir à página Facebook do amigo Alexandre, e leia com atenção.
Porquê? Ora ora! Porque o cidadão provedor da Santa casa, também ex-autarca, há muito que percebeu que a corrupção levou até agora a melhor no escândalo das Avessadas. E vai daí, insurge-se com toda a razão. Não há provas de corrupção?  De início nunca há. Mas existe um conjunto de indícios que só não vê quem não quer ver.
Caso isolado, porque temos uma Câmara impoluta? Era bom era! Infelizmente a teoria do oásis sem corrupção não passa de uma treta. Há outros sectores em que abundam os sinais de que o dinheiro por baixo da mesa e os favores vários são quem mais ordena, em vez do povo tomarense. Má-língua? Olhe que não!
Sou talvez demasiado rústico nas minhas reflexões de trazer por casa, mas quando alguém jura livremente, no acto de posse, "cumprir com lealdade as funções que me são confiadas" e depois se vai embora a meio do mandato, não me parece que haja lealdade nem sequer integridade. Mais grave ainda. Quando se vem a saber depois, que a pessoa foi ocupar um lugar mais rendoso, após ter sido eleita numa lista do partido adversário (PSD), cujo mandatário era o cidadão com o qual celebrara antes, enquanto autarca, um contrato ruinoso de compra e venda, em que um bem antes avaliado em três milhões de euros, foi vendido por apenas 700 mil euros. A isso chama-se peculato de efeito diferido, por essa Europa fora. 
Só o nosso MP, que Pacheco Pereira acusa de ter dois braços -o judicial e o político- é que não parece ter tempo ou disposição para investigar indícios. Por enquanto? Em qualquer caso, há muito mais factos comprometedores, que a seu tempo serão publicados. É só dar tempo ao tempo. Logo veremos depois, se perante tantos camelos com dúvidas o MP se mantém mudo e quedo, por sermos um pequeno oásis decadente, no fim da linha que o liga a Lisboa.


Sem comentários:

Enviar um comentário