terça-feira, 23 de janeiro de 2024




Gestão do património municipal

 Levam-nos 

ao sabor da corrente e dos caprichos

Palácio Alvim ao abandono há 15 anos | Tomar na Rede

Único órgão de informação local que publica notícias nabantinas não veiculadas pela agenda do executivo camarário, Tomar na rede acaba de referenciar o palácio Alvim, ex-esquadra da PSP, a menos de cem metros da Câmara, devoluto há mais de 15 anos. Só a pequena garagem anexa abriga por vezes alguns veículos camarários. O que não impediu a ex-presidente, quando ainda não tinha arranjado maneira de abandonar o barco a meio da viagem, de anunciar que tencionava mandar construir, nos terrenos anexos ao convento de S, Francisco, que pretendia adquirir ao Ministério da defesa, por 750 mil euros, um edifício para agrupar os serviços administrativos municipais. Ficou escrito.
Com a inopinada ida da senhora, na sequência do negócio Vila Galé,  para altas funções na promoção turística, área em que não tem qualquer experiência anterior, ignora-se se haverá ou não novo centro administrativo municipal, longe dos Paços do concelho. Para os eleitos poderem estar sossegados no seu ambiente natural -a sede do poder. Sem serem incomodados por funcionários subalternos e/ou eleitores inconvenientes.
Em qualquer caso, a ideia tem a sua piada, quando se sabe que no próprio convento de S. Francisco, que é da Câmara,  toda a parte nascente do lado sul, bem como o primeiro piso da face sul, por cima do Museu dos fósforos, estão devolutos desde a extinção do GAT, há mais de dez anos. Ou seja, uma superfície superior à do palácio Alvim, também a aguardar melhor destino. Mais uma.
Ainda na mesma área do património municipal, os leitores recordam decerto que a Câmara cedeu gratuitamente, ou vendeu, várias ex-escolas primárias na zona rural,  para depois andar a comprar terrenos destinados a construir "habitação social a custos controlados", incluindo até um terreno com uma casa clandestina. Grandes negócios.
Mas não é tudo. Há ainda a casa do guarda da piscina, junto ao açude real, e as instalações do parque de campismo (balneários, instalações sanitárias, lavandaria, recepção, serviços administrativos, restaurante), tudo a aguardar melhores dias, sendo que os autocaravanistas não têm acesso a essas instalações municipais, vá-se lá saber porquê. Entretanto a Câmara vai pagando renda pelo primeiro e segundo pisos do edifício do lado sul da Praça de  República, onde eram os SMAS e agora está a Tejo Ambiente e o DOM.
Além de tudo o antes relatado, há ainda o "museu polinucleado", mais tarde "complexo museológico" da Levada, quase todo às moscas há mais de dez anos. Dos falados "museu da fundição", "museu da electricidade " e "museu da moagem", temos agora a "fábrica das artes" e pouco mais. Numas instalações cujas obras de recuperação custaram mais de seis milhões de euros. Não estou a ver a relação entre os previstos museus e a referida "fábrica das artes", mas será decerto defeito meu. Estou seguro de que após uma visita guiada tudo se esclareceria. Ou  não? Fico na expectativa do respectivo convite.
Até lá, fica este resumo, essencialmente para memória futura, sendo certo que a oposição não lê estas coisas e a maioria que temos ainda menos, dada a sua bem conhecida alergia à crítica. A extrema esquerda, porque lhes causa urticária, pelo que se apressam a dar a entender que é reacionário. Há quase cinquenta anos que é assim, e não se prevêem mudanças. 
Por seu lado, o PSD e pouco mais, porque também têm culpas no cartório, vão procurando sacudir a água do capote, fazendo de conta que não leram. Com eleitos assim, vamos longe, sem dúvida alguma. Basta ir olhando para os números na área demográfica. Somos cada vez mais a vergonha do distrito. Mesmo com o incremento populacional da comunidade calé.



4 comentários:

  1. Como se diz aí no Brasil quero 'parabenizálo' pela notícia da liderança do Chega, conseguiu adiantar-se ao TNR. Tenho a certeza que a nova liderança vai trazer muito dinamismo á concelhia. É pena não ser o irmão mais velho, mas também não está mal, está melhor do que o que estava..

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    1. Grato pelo comentário. Na verdade o TNR e a Rádio Hertz só publicaram hoje, porque se limitaram ao comunicado do Chega que lhes foi enviado. Eu tive de ir à procura da notícia, porque não sou jornalista encartado, e por isso não recebi nada.
      Sobre os novos representantes locais do partido, não os conheço, pelo que não devo pronunciar-me. Foram escolhidos pela comissão política de Santarém, o que estará em conformidade com as normas partidárias, mas me parece pouco adequado aos tempos que correm. Tenha-se em linha de conta o velho verso tomarense das revistas populares de tempos idos: "O que é que Santarém tem? Inveja como ninguém."

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    2. Faz bem em não se pronunciar se não conhece. Não faça como os barões e baronesas do PSD como Ferreira Leite, Marques Mendes, Paulo (não sei das quantas) que é deputado europeu, etc..., todos aqueles que falam nas tvs a meterem as mãos no fogo pelo mentiroso que está na presidência da República, como é que é possivel eles meterem as mãos no fogo por aquele aldrabão, ainda agora foi ouvido o CEO da Global Media no parlamento, controla o Diário de Notícias, TSF, entre outros, e que disse o que eu já aqui referi várias vezes, o Marcelo Rebelo de Sousa é mentiroso. Nunca meta as mãos no fogo por ninguém...

      Já elogiei aqui o irmão do Nuno Ferreira, o senhor Fernando Ferreira, que era quem eu gostava de ver como presidente da CMT. Ele participou num debate sobre desenvolvimento e sustentabilidade na levada, onde curiosamente também participou um empresário da metalomecânica ali da zona industrial que também faz rasgados elogios ao senhor Fernando, não sou só eu.

      https://radiohertz.pt/tomar-crescimento-e-sustentabilidade-em-debate-no-complexo-cultural-da-levada-c-video/

      Assista mais ou menos a partir das 02h e 20m o senhor Fernando Ferreira a dar uma 'piçada' num professor do politécnico, ás vezes é preciso. Era de pessoas assim é que Tomar precisava, Homens como estes é que poriam Tomar no rumo certo....

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    3. Os politícos e os académicos andam ás voltas para explicarem o que querem dizer e homens como o senhor Fernando Ferreira vão directos ao assunto, não perdem tempo. São eficientes...

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