Turismo e policiamento
Outras terras outros usos
Quase terminadas as obras na orla marítima., em Fortaleza. Falta só o sector entre a Praia dos Crush e a Ponte dos Ingleses. Há naturalmente amplas ciclovias e largos calçadões com coqueiros. Procurando adaptar os recursos humanos às necessidades, o governo decidiu agora equipar a Polícia Militar (equivalente à nossa GNR, havendo também a Polícia Civil e a Guarda Municipal), com bicicletas eléctricas para patrulhamento (ver imagem). Passará assim a haver patrulhas a pé, de bicicleta, de moto, de viatura, a cavalo e de helicóptero.
Antes, as autoridades alteraram o fardamento de serviço da PM - Batalhão de Protecção Turística. Os políciais (como se diz por aqui) passam a usar capacete de protecção, polo verde luminoso, colete anti-balas cinzento ou preto, bermuda preta, meia preta e ténis pretos, com a respectiva pistola à cinta e o telemóvel de serviço.
Imagem copiada do diário O POVO, com os agradecimentos de TAD3.
Apesar de usarem bermudas e de actuarem nas praias, os PM não brincam em serviço. São amáveis e prestáveis (ainda um destes dias me trouxeram a casa de carro, quando tive uma ligeira indisposição), mas quando há roubos, ou outras alterações da ordem pública, conseguem identificar e prender rapidamente os meliantes, embora não seja nada fácil, numa metrópole de 2,5 milhões de habitantes. Igualmente eficazes, os jornalistas locais publicam imediatamente as notícias das detenções, identificando os suspeitos, (ver imagem infra), ao contrário do que acontece em Tomar, onde apesar de haver menos de 40 mil habitantes, nem a polícia consegue identificar e prender os prevaricadores, nem os periodistas identificam os detidos de forma completa. Dizem que para respeitar a presunção de inocência e o direito ao bom nome. Garantias que não existem no Brasil? É claro que existem. Outras terras, outros usos, outras maneiras de ver, outros modus operandi.
Em Fortaleza há excelentes estruturas de acolhimento turístico, a polícia apanha os suspeitos e os jornalistas publicam os nomes dos delinquentes. Em Tomar é o contrário. Faltam estruturas de acolhimento turístico, a polícia não consegue apanhar os suspeitos, e os jornalistas não publicam nomes de meliantes. É outra política.
Resta acrescentar, para melhor informação, que em Fortaleza há milhares de sem abrigo, que dormem nas ruas e nas praias, mas só conheci uma cigana, que se instalava na beira-mar para ler a sina, enquanto o marido ia passear a filha pequenita. Nos últimos meses deixei de os ver. O ciganos são nómadas. Mesmo quando quando se fixam algures, continuam a andar por aí.
Copiado de O POVO, com os agradecimento de TAD3.
Eu sigo a sociedade brasileira através dos vídeos YouTube e aquilo que eu entendo do que vejo é que vocês aí têm a policía militar que é a que faz o patrulhamento. Cada estado tem a sua. A policía civil não faz patrulhamento, dedica-se á investigação. Depois tem a policía federal que opera na federação.
ResponderEliminarMas a policía brasileira não tem nada a ver com a portuguesa, o nível de criminalidade não se compara, nem de longe. Um patrulheiro aí deve de ter muito mais experiência em situações complicadas, por aqui em Portugal é raro haver problemas.
Aquilo que me faz confusão é o sistema português. O policía tem o ordenado, mais subsídio de 20% do ordenado por pertencer ás forças de segurança, mais o subsídio de risco, mais o subsídio de patrulha, mais o subsídio de alimentação, mais o subsídio de fardamento. Depois aqueles que pertencem ás forças especiais recebem mais alguma coisa. Se calhar ainda falhei algum subsídio, não sei se eles recebem o subsidio de turno ou não, provavelmente sim porque quem trabalha de noite recebe geralmente mais, mas não tenho a certeza.
Um estrangeiro olha para o recibo de vencimento e depois diz assim: "estes gajos são doidos. Então eu estou-lhe a pagar o ordenado e ainda lhe tenho de dar o subsídio de alimentação? Ou o ano tem 12 meses e estes gajos recebem 14!!!"
Não é só com os policías, é global na sociedade Portuguesa. Com os militares é a mesma coisa. Eles recebem o vencimento de militar e depois recebem mais 20% do ordenado como subsídio de condição militar. O nosso problema é estrutural, e por isso é que estamos como estamos e assim vamos continuar. Eu já desisti de explicar ás pessoas....
Enquanto não perceberem que a actual situação não é sustentável a médio-longo prazo, vamos ter de suportar os nossos políticos sem envergadura nem ideias fecundas.
EliminarEu já agora gostava de saber a sua opinião sobre o que o Ventura chama de ideologia de género mas também já li igualdade de género. Eu até estou de acordo com o Ventura, acho um disparate um país pobre gastar 426 milhões de euros nessa porcaria. O professor concorda com aqueles que dizem que os Homens ganham mais do as mulheres e que preciso combater isso? Acha que isso acontece em pleno século XXI, 50 anos depois do 25 de Abril? Uma empresa mete um anúncio para motorista de pesados, e o anúncio diz procura-se motorista C+E, até costumam por M/F (Masculino/Feminino) e será que a empresa oferece mais dinheiro a um homem do que a uma mulher? Eu custa-me a crer isso!!! Na empresa onde eu trabalho há uma menina que faz manutenção electromecânica. Ela ganha tanto como um homem. Um professor não ganha o mesmo que uma professora, estando no mesmo escalão???!!! Um agente da PSP não ganha o mesmo que uma agente feminina???!!! Estando no mesmo escalão, com o mesmo tempo de serviço. Agora há muitas senhoras que pilotam aviões e já á muitos anos. As pilotos do sexo feminino ganham menos que as do masculino???!!!
ResponderEliminarEu leio e ouço nas notícias que há uma disparidade nos salário de homens e mulheres e eu já tive esta conversa com um familiar já falecido, infelizmente, e ele disse-me que os Homens ganham mais do que as mulheres, mas como é que isso é possível???!!! Nos nossos dias, não estou a falar no antigamente. Já agora gostava de saber a sua opinião....
Houve um tempo em que por toda a Europa e em Portugal, as mulheres ganhavam menos do que os homens. Entre nós era verdade sobretudo na agricultura. Entretanto houve a revolução laboral causada pela 2ª guerra mundial e a partir daí a tendência tem sido, como você refere "a trabalho igual salário igual". Há porém aquela rapaziada extremista, sobretudo desde o Maio de 68, que se bate por novas causas, entre as quais a igualdade de género. Como se homens e mulheres fossem fisicamente idênticos. Concordo com a proposta do Chega. O Estado não deve gastar dinheiro com os devaneios intelectuais dos meninos da classe dominante. Que não são os capitalistas, mas os que controlam o Estado.
ResponderEliminarOlhe que nem sempre é trabalho igual salário igual. Por exemplo nas forças armadas e de segurança os critérios físicos de admissão não são os mesmos porque as mulheres são fisicamente diferentes dos homens. Há casos excepcionais em que as mulheres superam os homens mas, pela lei os critérios de admissão ás carreiras são diferentes. Não há mulheres nos comandos, operações especiais e fuzileiros porque os critérios de admissão são iguais para homens e mulheres e até hoje nenhuma mulher consegui passar nos testes, já houve algumas que tentaram mas não conseguiram. Nas tropas paraquedistas há mulheres porque os testes são diferentes. As mulheres paraquedistas são regra geral da arma de transmissões, enquanto os homens são de infantaria na sua maioria. Antigamente nos submarinos também não havia mulheres mas li algures que já alteraram isso, os submarinos já acomodam mulheres . Isto só para lhe dar um exemplo que não é sempre trabalho igual salário igual. Chamam a isso discriminação positiva.
EliminarParece-me que não estamos a falar exactamente da mesma coisa. Eu refiro-me às remunerações, o Helder fala de testes de admissão diferentes para homens e mulheres.
EliminarApenas interesse jornalístico, Helder: Qual é a sua atividade laboral? Quanto ganha por mês? Quantos meses por ano? Quanto paga de impostos sobre o rendimento? Alguém que comece agora a trabalhar na sua profissão, ganha quanto mensalmente? Há quantos anos está nesse emprego? E há quantos anos saiu de Portugal?
EliminarEu já lhe tinha dito aqui á uns tempos que sou operário fabril, e estou emigrado á 21 anos. O ordenado é o mesmo para homens e mulheres. Eu só lhe estava a explicar que as condições ás vezes não são as mesmas e o salário é o mesmo. Se calhar exagerei um bocado...
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