Legislativas 2024
Afigurações socialistas,
ilusões esquerdistas e as minhas previsões
Chega a dar pena ver tanta insistência, em pleno congresso socialista, para acreditar a tese da cabala. Convencidos de que têm sempre razão e estão no rumo certo, há políticos que não conseguem aceitar a realidade factual, quando a justiça que temos faz o seu trabalho. Consideram-se de facto acima de qualquer suspeita. Já tínhamos o exemplo Sócrates, um evidente coup monté, segundo ele, para o prejudicar.
Apareceu agora também o habilidoso Moita Flores, bem conhecido ex-inspector da PJ, que está a ser julgado em Santarém, por causa de umas obras, adjudicadas quando presidia à câmara daquela cidade, a garantir que se trata de uma anomalia jurídica. Mais uma cabala, está visto. Os políticos são todos iguais, diz o povo pela calada.
Quando não estão na pregação contra a cabala, os congressistas PS vão desejando o melhor para o ex-secretário-geral, agora que vai abrir uma vaga na Conselho Europeu, com a saída do belga Charles Michel para deputado no PE. São afigurações lusas. Quaisquer que sejam as qualidades de António Costa, uma vez envolvido numa trama judicial ainda por resolver, tem tantas hipóteses de vir a ser dirigente europeu, como de chegar a cardeal em Roma. Em Bruxelas nunca brincam em serviço, porque são polícias uns dos outros.
No no meio de tudo isto, vamos ter eleições legislativas dentro de dois meses, num ambiente desgraçado para a esquerda em geral. De tal forma que até os esquerdistas nabantinos já só desejam que BE e CDU melhorem os seus magros resultados concelhios de 2022. (5,12% e 3,60%, respectivamente, contra 10,90% e 6,21%, em 2015).
Com a extrema esquerda praticamente fora da competição eleitoral, porque não poderá ser de outro modo, tendo em contas as propostas que apresenta, os tomarenses vão ter de escolher entre um PS mais à esquerda, uma AD demasiado moderada, e a direita de protesto do Chega, que segundo as sondagens poderá vir a ultrapassar 15% a nível nacional, o que lhe daria perto de 30 deputados. É muita fruta e a verificar-se, provocará uma curiosa situação.
Caso a nova AD consiga apesar de tudo vencer, mas sem maioria absoluta, teremos decerto novas eleições a curto prazo, dada a obstinada recusa de Montenegro a aliar-se com Ventura. Se, pelo contrário, for o PS a vencer, mas também sem maioria absoluta, um eventual governo socialista terá vida curta. Na primeira oportunidade, o Chega juntará os seus votos aos da nova AD, para derrubar o governo esquerdista de PNS. Vitória com maioria absoluta para o PS, ou para a nova AD? Possível é, todavia muito pouco provável. Por causa do vendaval Chega. Quanto mais diabolizado pelo PS e gerigonços, mais estragos vai causar.
É isto que os eleitores tomarenses têm de tentar perceber antes de irem votar, se não querem continuar a ver passar os comboios cada vez mais velhos no ramal de Tomar. Entre 2015 e 2022, o PS -Tomar subiu de 6.907 para 8.240 votos, enquanto PSD descia de 8.229 para 5.357 votos. Mas não sei se os tomarenses continuam agora tão entusiasmados com as esperas nas urgências hospitalares, os médicos de família que não há, a falta de pessoal no Registo civil, ou os filhos sem aulas porque faltam professores.
Entretanto, Costa desmente PPC, garantindo que o diabo afinal não veio. Mas há cada vez mais gente a reclamar, dizendo que é o diabo para governar a vida.
Estive a ler a notícia da CNN sobre a proposta do PNS sobre as rendas, ele quer indexar as rendas aos aumentos salariais nos anos em que a inflação seja alta. É mais uma complicação como é tudo muito complicado em Portugal. Os senhorios dizem que é um abuso e os inquilinos dizem que é poucochinho, queriam ter habitação de borla. É o país que temos!!!
ResponderEliminarDepois também ouvi PNS a dizer que tem a ambição de tornar Portugal um país de topo. Estamos no fundo e ele aponta ao topo!!! Faz algum sentido???!!! Disse também que pôs a CP a dar lucro o que é mentira. A CP só dá lucro se o estado lhe pagar as dívidas. É como a câmara faz com a festa dos tabuleiros, dá lucro porque a câmara ajusta a subvenção para limpar o passivo e enganar a malta.
Nada de novo. Por essa Europa fora, a tendência é menos Estado. Para PNS é mais estado. O povo parece que gosta assim. Pelo menos o que vive à custa do Orçamento. Até que aguente.
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