sábado, 6 de janeiro de 2024


Copiado do Facebook. Escrito em português do Brasil.


Opinião publicada

Santiago ou Santa Inquisição? 

Santiago

"Vai lá vai!
A maioria dos papagaios que sempre andam aqui a abrir a boca a criticar Portugal, Tomar, as Câmaras Municipais, Governo, etc. etc. vê-se que nunca saíram de Tomar ou só conhecem Portugal.
Porcaria há em toda a Europa
Vigaristas há em toda Europa
Ladrões há em toda Europa
Merda há em toda Europa
Coisas mal feitas………há em toda Europa
Parem de uma vez por todas de criticar e mal dizer bando de borregos."

(Comentário copiado do Tomar na rede, com a devida vénia ao seu autor e ao administrador do site. Foram corrigidos alguns lapsos ortográficos.)

Têm sido muitas e variadas as tentativas para calar, ou pelo menos moderar Tomar a dianteira 3. Todas com a mesma argumentação, primária e de uma pobreza franciscana: dizer mal, má-língua, dizer mal de Tomar e dos tomarenses, problemas pessoais, inimizades... Sempre sem sucesso, pois aquilo que pretendem eliminar só existe nas cabecinhas pensadoras das suas e dos seus autores. O fanatismo partidário dá nisso. Impede o pensamento não condicionado. Daí a apoiar o Hamas, é um pequeno passo que muitos já deram, sem entender a enormidade da coisa.
Nem lhes passa pela cabeça que quem vive muito tempo noutras sociedades mais evoluídas, tende a adoptar alguns traços mais correntes, designadamente a forma de pensar e a maneira de o dizer. O falecido prof. José Hermano Saraiva, um conservador que foi ministro da educação no tempo da outra senhora, mas dotado de uma brilhante eloquência, disse-o em poucas palavras: "Outras maneiras de ver".
Eis senão quando, se calhar com a mesma origem remota, surge o comentário acima reproduzido, com uma indiscutível utilidade, infelizmente ambígua. Permite compreender a posição dos críticos anteriores, afinal simples produto da ignorância predominante, da pior espécie que existe. Em Tomar, praticamente ninguém se considera ignorante. Todos se pretendem esclarecidos. E cultos, que mais é.
O Santiago do comentário põe o dedo na ferida que mais magoa os nabantinos. São, na sua maior parte, viajantes adiados, que quando muito já foram ao Algarve. Mas usa argumentação tipo lugar comum, supérflua, como é óbvio. E chega a uma conclusão paradoxal inesperada. Lá porque na Europa "tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é fado", temos de calar-nos de uma vez por todas porquê? A normalidade não deve ser criticada? As asneiras de uns, justificam as dos outros e impõem silêncio? Desde quando?
Agravando tudo, Santiago até parece ser um cidadão moderno e arejado. Onde os antigos viam e vêem um rebanho de carneiros indo votar, ele vê um "bando de borregos". Como se fossem aves ou bandidos, o que vem mesmo a calhar. Há por aí cada vez mais aves raras, e quanto a bandidos, cala-te boca.
Resta aquela terrível frase final: "Parem de uma vez por todas de criticar e maldizer, bando de borregos." Porquê Santiago? Porque os ovinos não têm direito de voto? Ou porque, mal arrumado algures na sua cabecita sinistra, subsiste o velho pensamento único da Santa Inquisição?
Escreva à sua vontade, Santiago. Faça aquilo que reprova aos outros. Vá criticando, dizendo mal. Mas por favor, procure evitar o ridículo, que incomoda ambas as partes -quem escreve e quem lê. Ou não se enxerga?

Adenda
Após alguma ponderação, concluí que Santiago pode ser um flecheirense. Não digo que é, apenas que pode ser. Há maneiras de escrever que raramente enganam. A dar-se o caso, teríamos uma situação piadética. Um assistido a difundir o discurso de ódio da maioria PS local, decerto a pedido da dita,  aproveitando para chamar "borregos" aos tomarenses de velha cepa. Era só o que nos faltava, para mostrar o sucesso da onerosa operação camarária de realojamento realojamento. Sermos despromovidos, de carneiros velhos a borregos prontos para o sacrifício.

1 comentário:

  1. Temos que ser positivos e não devemos de dizer mal. O Professor tem acompanhado o congresso PS? Agora é que vai ser, agora é que o PS vai resolver os problemas dos Portugueses, estes últimos oito foi para conhecer os cantos á casa.

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