sábado, 20 de janeiro de 2024


Um clã cigano. Imagem sem relação directa com a crónica infra.


Acampamento clandestino no cais da Ilha de S. Luis, zona nobre de  Paris, em 18/01/2024, com a temperatura exterior de 5 graus negativos. Imagem copiada do Le Monde online, sem relação directa com o texto infra, apenas para demonstrar que não há acampamentos clandestinos só em Portugal.

Educação e ensino

Mas às crianças Senhor  
Porque lhes dais tanta dor?

https://tomarnarede.pt/sociedade/pai-denuncia-agressoes-a-filha-na-escola-eb1-templarios/

Pois é. Os responsáveis locais continuam convencidos de que estamos "No rumo certo", pelo que se julgam imunes aos erros e são alérgicos à crítica. Mas apesar dessa evidente renitência, "o mundo pula e avança, como bola colorida entre as mãos de uma criança", segundo Gedeão, infelizmente nem sempre na melhor direcção.
Segundo o Tomar na rede (abrir link supra), um pai queixa-se de assédio e agressões à sua filha, uma criança de 9 anos, ainda no ensino básico. Quantos mais haverá que se calam, por medo e por já terem percebido que não adianta queixar-se? Ninguém faz nada, acabando os ofendidos por serem afinal os culpados, acusados de estarem a inventar problemas onde eles não existem, e a traumatizar os migrantes, coitadinhos.
Num outro contexto social, com menos ideologia e mais pragmatismo, nesta altura já haveria estudos e inquéritos, procurando determinar se os casos de assédio ocorrem só naquela escola, quem são os culpados, qual a percentagem desses culpados no efectivo da escola, que soluções já foram tentadas, e assim sucessivamente.
Em Tomar, a situação é diferente. Porque alegadamente estamos "No rumo certo",  e o realojamento do Flecheiro foi considerado um grande êxito, funcionários, professores, autarcas e outros responsáveis tendem a "fechar os olhos", por pensarem que isso vai favorecer a integração social de gente que, infelizmente, nunca quis nem se quer integrar, inculcando essa atitude nos seus descendentes. Com o resultado que está cada vez mais à vista.
Ironia do destino, aqueles funcionários que lidam mais de perto com os ciganos e outros migrantes, como os professores e os assistentes sociais, por exemplo, estão agora colhendo aquilo que antes semearam. Durante anos, recomendaram a tolerância, a empatia e a impunidade de facto, mesmo para os prevaricadores. Estes perceberam a coisa tão bem, que se aproveitam sobejamente dessa atitude,  e até já transmitem aos seus descendentes a ideia de que podem fazer tudo, que não lhes acontece nada. E quando alguém ousa protestar, queixam-se logo que são vítimas de racismo, e passam às ameaças veladas.
Entretanto, o CHEGA vai crescendo, e as vítimas das ciganices vão propondo soluções cada vez mais drásticas, com socialistas, BE e CDU a acusarem-nos de fascistas e outras maldades. Porque, como escreveu um comentador no Facebook, reproduzido no Tomar na rede, "O que é que isso tem a ver com a política? Nada, evidentemente. Só os néscios é que não vêem. Pobre gente! Terra cada vez mais desgraçada para se viver.

ADENDA
Perante casos semelhantes de assédio ou agressão, em França, por exemplo, quem prevarica comparece perante um conselho disciplinar, que geralmente aplica uma pena de suspensão por 8 ou 15 dias, logo comunicada ao encarregado de educação, que perde o direito às prestações sociais durante o período da suspensão. Em caso de reincidência, a aluna ou aluno é encaminhada/o para uma consulta de pedopsiquiatria, seguindo-se a terapêutica proposta. Adiar problemas não resolve. Só agrava.

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