NOVO FLECHEIRO SORRATEIRO
É natural. A autarquia deseja concluir a sua grande obra de 10 anos da melhor forma. Afinal conseguiu acabar com um problema criando vários. Segundo disse na Rádio Hertz a senhora presidente, à hora a que são escritas estas linhas, devem estar a preparar-se para debater, entre eles no executivo, o sorrateiro plano para o Flecheiro. O habitual. Congemina-se e decide-se no areópago do poder, para depois participar ao povo, lá de cima cá para baixo.
Pobre ingénuo ignorante, ainda do tempo do milheiral das Marchantas, sempre cheio de esperança em melhores dias, ainda julguei poder ver alí um dia, em vez das barracas dos ciganos e dos pavilhões em ruinas, um auditório em condições, ou mesmo um palácio de congressos, visando o turismo de eventos científicos, cada vez mais importante. Infelizmente, não vai haver nada disso. Apenas muito espaço verde (para alegria de ecologistas, sportinguistas, donos de cães e assim), o que já não é mau de todo. Há também uma amostra de anfiteatro, um duplo colector de saneamento, para grande alegria da Tejo Ambiente, que assim poupa mais umas boas centenas de milhares de euros, como já aconteceu na Várzea grande, na Torres Pinheiro e na Nun'Álvares, e uns montinhos para tornar aquilo menos monótono.
Instalações sanitárias? Boa pergunta mas, como pode verificar, a senhora presidente nada disse:
https://radiohertz.pt/tomar-futuro-flecheiro-ira-custar-tres-milhoes-sera-um-espaco-verde-com-arvores-um-anfiteatro-e-um-parque-infantil-obras-irao-arrancar-entre-outubro-e-novembro/
E neste caso conta com o meu apoio insuspeito. Conversas de caca não são nada adequadas para presidentes. Por isso, compreendo perfeitamente a opção de não edificar sentinas públicas por aqueles lados. Primeiro porque três milhões de euros não deve dar para sanitários. Tenha-se em conta que os da Várzea grande custaram 130 mil euros e já estão tecnicamente ultrapassados. Depois porque além destes, quando finalmente abrirem ao público todos os dias, há também os do Mercado, nas horas normais de expediente. Finalmente, e sobretudo, porque ensinou-me a experiência não haver nada mais prazenteiro do que aliviar-se à sombra do arvoredo, na margem de um rio ou lago. E poupa muita água. Os ciganos do acampamento fizeram isso durante mais de 30 anos. O pior é depois, quando se tornar urgente limpar tudo, devido ao perfume ambiente. Very typical indeed, dirão os turistas anglo-saxónicos.
"O Novo Flecheiro"
ResponderEliminarEm leito de cheia não dá para tudo !
Para além de um Centro de Congressos ,todo um conjunto de infraestruturas que até podiam coexistir num mesmo edifício .
Um restaurante /snack-bar , WC s amplos, sala de descanso, etc .
Um parque de autocarros totalmente coberto para estes pois no verão é o que se sabe e com as chuvas ( cada vez menos ) abrigava os passageiros e no verão os mesmos veículos permaneciam á sombra para benefício dos passageiros .
Assim este parque daria apoio não só ao Centro de Congressos como ao Convento de Cristo, caso houve-se vontade de construir o tal equipamento mecânico o que "obrigaria" o turista a atravessar a zona Histórica com as vantagens reconhecidas . Para os que que não quisessem fazê-lo a pé poderia voltar a circular o comboio citadino adaptado aos dias de hoje ,os TUT, ou os TUK TUK .
Como se sabe nesta altura do ano é forte em turismo histórico o que não acontece na época baixa , sendo assim o referido centro congressista vinha colmatar a época da baixa turística que tanta falta fará á Hotelaria e Restauração !
Se "em leito de cheia "dá para tudo então como se chegou ao Canal da Mancha !
Já agora a mesma empresa que será responsável pela zona ajardinada não poderá dar uma "mão" no Mouchão enquanto ainda é tempo ?!
Mais um auditório!? Não julgo existir qualquer necessidade do mesmo.
ResponderEliminarExistem já vários equipamentos destes na cidade a saber:
- Auditorio sediado na biblioteca municipal- recentemente alvo de modernização tecnológica
- Auditorio sediado no IPT
- Auditorio sediado na ESJR
-Auditorio sediado na EDNAP
- Várias salas à disposição, para aluguer no Hotel dos Templários
Quanto ao Centro de Congressos, sim, concordo com a sua construção. Já agora aproveito para sugerir um local. Adaptar a praça de Touros para um centro de congressos, não eliminando o Espaço para a realização das tradicionais Touradas.
Era o que estava previsto informalmente há uns bons anos. Entretanto houve alterações substanciais. Mas o problema continua. Mesmo com o previsto auditório de 200 lugares do Vila Galé, continuará a não haver capacidade disponível para um congresso partidário importante. A sua ideia para a praça de touros é excelente, mas seria preciso convencer a Santa Casa da Rua da Graça, além da Santa Casa da Praça da República, cada qual com uma irmandade assaz complexa.
EliminarNada que o tempo e o dinheiro(bastante) não resolva.
EliminarO dinheiro tudo faz mexer.... e a Santa Casa pelo que se diz precisa de dinheiro( muito)
Concordo consigo, porém sem grande esperança. É difícil o entendimento entre as duas irmandades, mesmo havendo pelo menos um dos irmãos com origem na casa comum. Falta "olho para o negócio". Quando alguém lhe falou numa nova gestão para festa dos tabuleiros, de forma a conseguir-se lucro, nunca mais houve resposta. E só com dinheiros do Estado e verbas de Bruxelas, não vamos conseguir sair da cepa torta, conforme já está demonstrado. A via não é essa.
Eliminar