terça-feira, 12 de julho de 2022


Durante a Festa templária, que terá sido um fiasco

DOIS ROUBOS ESTRANHOS EM TOMAR

Durante a Festa templária, que pelo menos em termos de afluência foi um fiasco, quando comparada com anteriores edições, (falta conhecer as contas das entradas e dos jantares), aconteceram em Tomar dois roubos que interpelam, que pedem explicações detalhadas. Um aconteceu na barraca-padaria, instalada no Mouchão, durante a citada festa. Aproveitando a evidente falta de segurança, enquanto distraíam a filha do dono, que estava ao balcão, do lado oposto outros membros do bando meteram a mão à gaveta e levaram o apuro do dia. Umas centenas de euros.

O outro assalto foi mais "à americana", e já ocorreu por diversas vezes. Três mulheres entraram numa loja de roupa da Corredoura, encheram vários sacos e fugiram sem pagar, segundo informa o blogue Tomar na rede.

No primeiro roubo, o da barraca do Mouchão, apareceu depois no mesmo blogue um comentário, assinado com um nome conhecido, no qual se podia ler isto: "O careca foi avisado antes mas não quis dar pão a umas criancinhas com fome." Se bem se entende, o dono da barraca foi prevenido antes. Ou pagava o imposto devido, ou era castigado. E foi o que aconteceu.

Quer isto dizer que em Tomar também já impera a lei da Mafia, imposta por determinado grupo étnico? É o que a situação parece indicar. Agora cabe às autoridades proceder em conformidade. Até que porque pode haver já muito mais casos. Que aceitaram pagar e por isso não são molestados, nem há notícias...

O roubo da loja da roupa é  ainda mais estranho. Não se entende de todo como é que, após vários assaltos, o estabelecimento ainda não foi dotado de portas metálicas gradeadas, de fecho automático, acionado pelas etiquetas da roupa. Tal como também não se compreende que os empregados vejam mulheres-assaltantes, que já devem conhecer de roubos anteriores, a meter roupa em sacos, e nada façam. Julgarão que são da ASAE, recolhendo amostras para verificação? Estarão tolhidos pelo  medo? Ou seguindo os conselhos do patronato, sempre reembolsado pelo seguro contra roubo? (-Não resistam! Não procurem apanhá-las! Podem ser feridos!) Se calhar apenas mais um que se recusa a pagar o imposto.

Num tal panorama bem triste, era capaz de valer a pena a polícia conversar com o autor presuntivo do comentário publicado, de modo a apurar a realidade factual, bem como tentar seguir a roupa roubada. Sim, porque três mulheres que roubam sacos de roupa de uma loja já por várias vezes, não será certamente para vestirem. É para vender nos mercados, ou porta a porta. E uma vez encontrada uma das peças roubadas, é só subir a fileira. Mas pode não convir, e dá muito trabalho, não é?

Uma coisa parece certa: Estes roubos são péssimos para a reputação de Tomar, enquanto lugar para viver. Perante notícias destas, ninguém ficará com vontade de vir habitar para Tomar. A não ser talvez alguns marginais, em busca de novos campos de ação. E a população que paga impostos vai diminuindo drasticamente nas margens do Nabão. Segundo os mais recentes dados disponíveis, já serão menos de 20 mil, numa população da ordem dos 40 mil. Quem se preocupa? Enquanto houver cobrança de taxas e fundos europeus...

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