O escândalo Tejo Ambiente
Já começou o açambarcamento de água?
Regressei outra vez de mãos vazias do supermercado de proximidade, alí na rua do hospital velho. Tinha ido para comprar um garrafão de água, mas não havia. "Ultimamente tem esgotado quase todas as tardes", informou a simpática empregada. -"Venha amanhã de manhã que há muita", acrescentou.
Saí, pensando que se calhar já começou em Tomar algum açambarcamento de água. Não só porque a Tejo Ambiente tem demonstrado ultimamente que não é uma empresa de confiança, pelo que são sempre possíveis interrupções inesperadas de fornecimento, como também por causa do previsto aumento de 23% do tarifário.
É provável que muitos consumidores forçados, sentindo-se violentados e sem outra saída face à arrogância e manifesta incompetência da Câmara de Tomar, já tenham encontrado um meio de pressão geralmente bastante eficaz: não pagar as facturas com o aumento, por as considerarem abusivas e injustificadas. Ao fim de algum tempo, a Tejo Ambiente vinga-se, cortando o fornecimento. E cobrando depois quase 50 euros para o restabelecer, outra violência intolerável.
Prevendo esses tempos de penúria, por corte forçado devido a falta de pagamento como forma de protesto, ou a avarias na rede, cada vez mais frequentes, nada como ir acumulando uma confortável reserva de garrafões do precioso líquido. Tanto mais que o calor tem sido muito. Os tomarenses podem não ter todas as qualidades, mas são geralmente gente honesta e prevenida. Como mostram as sucessivas faltas de garrafões de água num supermercado da cidade velha. Oxalá seja só alarme falso! No lugar da presidente da câmara, não estaria nada sossegado e muito menos agarrado à ideia de que tudo se há-de resolver com o tempo. 2025 é já ali adiante, e acabado o mandato, adeus até nunca mais. Sem honra nem glória. Audaces fortuna juvat, mas dos vencidos não reza a História.
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