terça-feira, 26 de julho de 2022


FESTA DOS TABULEIROS 2023

A tradição continua a ser o que sempre foi -um travão

Há Festa grande no próximo ano em Tomar, e já por aí vai uma considerável azáfama em toda a comunidade, para a sua adequada preparação. Desta vez a preocupação é bastante maior, pois há o fundado receio dos custos exagerados dos muitos materiais necessários. e da carência de moradores para ornamentar as ruas populares.

Desde há anos que, como simples eleitor tomarense, estudioso destas coisas do turismo, venho defendendo uma série de alterações no modelo organizativo, de forma a viabilizar em definitivo a Festa dos tabuleiros, sem dúvida alguma um enorme cartaz turístico, se devidamente implementado.

Infelizmente, alegando estrito respeito pela tradição, vem-se repetindo o mesmo modelo a cada quatro anos, sem qualquer alteração e com custos cada vez mais elevados. A mais recente edição, em 2019, já custou aos cofres concelhios algo como 700 mil euros. Um evidente exagero, porque sem retornos à altura, devido a deficiências de concepção.

Para os intransigentes defensores do respeito pela tradição, que até agora têm conseguido travar qualquer evolução positiva do modelo em vigor, aqui vai um texto publicado no CIDADE DE TOMAR de 09 de FEVEREIRO DE 1964, sem assinatura mas averiguadamente da lavra de Fernando Nini Ferreira. Para a autarquia, o actual mordomo e outros membros da comissão poderem pensar um bocadinho, enquanto ainda é tempo:


Realização anual, integração no calendário turístico português, ajuda do Estado. Há 58 anos já se propunha a mesma coisa. Porque já então era claro que os hoteleiros e outros comerciantes não pagam impostos só  a cada quatro anos. Ou que os operadores de turismo têm catálogos anuais e não quadrienais. Infelizmente, parece ser como o novo aeroporto de Lisboa. Desde há 50 anos, quanto mais se fala. menos se faz.

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