Política local/Autarquia/Transportes urbanos

TUT com novos veículos eléctricos? Talvez em 2023

É mais um exemplo do método usado pela maioria socialista actual para iludir, ou pelo menos ir adiando, os problemas para melhores dias:

https://omirante.pt/sociedade/2021-09-03-Tomar-quer-apostar-em-transportes-urbanos-amigos-do-ambiente-58e3d56f

 O vereador do PSD Luís Ramos, insuspeito de oposição radical, foi bem claro na recente reunião do executivo:

“Há mais de dois anos que temos vindo a falar sobre este assunto e da necessidade de melhorar a frota de autocarros. Vários motoristas e passageiros têm-se queixado aos serviços do município e nunca se fez nada. Finalmente que a câmara reconheceu que os problemas existem”, disse o autarca laranja, citado pel'O MIRANTE.

Temos assim mais um caso flagrante de faz que anda, mas não anda. Com o que resta de uma frota de seis veículos, praticamente em fim de vida,  a maioria socialista tem vindo a adiar e a ignorar o problema, apesar de alertada pela oposição PSD, pelos profissionais e por alguns passageiros.

Agora, a menos de um mês das eleições, acaba por revelar que resolveram solicitar um empréstimo, no âmbito do programa POSEUR, para a compra de seis veículos novos. Mais revelou a presidente que, a ser concedido, será um empréstimo superior a um milhão de euros.

Subsistem porém dois problemas ou, como diria o vive-presidente Cristóvão, "o essencial está feito, falta limar duas arestas": obter a autorização da Assembleia Municipal e a aprovação do POSEUR.

Pouca coisa, afinal. 

Há também a questão do financiamento, tendo em conta prejuízos anteriores, da ordem do meio milhão de euros/ano, situação a necessitar de um estudo de viabiliadde económica. Mas aí os autarcas devem considerar decerto que "os contribuintes pagam tudo". 

O único aborrecimento sério no horizonte são portanto as próximas eleições. Apesar disso, caso Anabela Freitas, com alguma sorte, venha a conseguir o 3º mandato, haverá veículos eléctricos novos lá para finais do próximo ano, princípios de 2023. O costume. Promete-se antes, e depois logo se vê.

Mas como os eleitores nabantinos sempre demonstraram algum masoquismo, votando em quem depois os sacrifica, em nome de interesses minoritários,  tudo é possível.