Política local/Autarquia /Eventos
A política é coisa para adultos
Pois é. A política é coisa para adultos, bem formados de preferência. Infelizmente nem sempre assim acontece. Descamba-se então na anedota. Na comédia barata. Reproduzindo fontes que considera adultas e capazes, Tomar a dianteira publicou uma peça criticando designadamente o recente concerto dos Quinta do Bill na Várzea grande. Sem qualquer reparo para os músicos, cujas actuação agradou, aí se escrevia que o local foi mal escolhido, que houve batota na atribuição dos bilhetes, que houve pessoas com bilhete que encontraram os seus lugares já ocupados, que o público em geral foi afastado para demasiado longe, sem que se entenda porquê, que houve sobranceria, arrogância, nervosismo e autoritarismo. Já anteriormente se tinha escrito que a Várzea não serve para grandes eventos artísticos, nomeadamente por ser demasiado quente. De dia devido ao sol, à noite devido à reverberação do lajedo.
Pouco tempo decorrido, uma senhora que ocupa a prazo o pelouro da cultura, por eleição popular, respondeu na Rádio Hertz, de uma forma que importa condenar, e força o esclarecimento dos leitores:
https://radiohertz.pt/tomar-vereadora-filipa-fernandes-fez-balanco-positivo-do-concerto-dos-quinta-do-bill-e-justificou-alguns-dos-reparos-que-tem-sido-feitos/
Opina a citada criatura que a Várzea é "um espaço de excelência para eventos", abstendo-se todavia de dizer porquê. De justificar tal afirmação, que está longe de ser consensual. E mesmo que fosse, caberia perguntar: Se assim é, porque raio resolveram continuar a massacrar o sacrificado Mouchão? Só para irritar os tomarenses, daqueles que o são por dentro e por fora?
Logo a seguir, acrescenta a respeitável vereadora que "A organização esteve muito bem e cumprimos todas as normas." Usou até uma noção de espectador desconhecida em Tomar: "Público socialista". E eu convencido que somos todos iguais perante a lei. Tanto para pagar, como para receber, como para assistir a concertos pagos com fundos públicos. Devemos por isso ficar atentos, pois é mais um indício flagrante do espírito de seita. Há o "público socialista" e os outros. Os bons e os maus. Está implícito que "quem não é por nós é contra nós".
Divagou depois a autarca, informando que não podia haver entradas pagas, dado o concerto ser custeado com fundos públicos. Terá pretendido dizer fundos europeus, porque a Festa dos tabuleiros ou o festival Bons sons, por exemplo, também recebem fundos públicos e mesmo assim cobram entradas. No caso dos tabuleiros, para entrar na Mata.
Para concluir a sua intervenção, a eleita optou por uma curiosa pirueta verbal. Admite que houve falhas, mas insiste que a organização, por ela liderada, esteve muito bem:
"Decerto houve falhas apesar de a organização ter corrido muito bem." A ser como disse, srª Dª Filipa, a gente imagina como será, quando um dia destes a organização correr mal.
Não foram fundos europeus, foram fundos do património da humanidade da região centro ou da candidatura a património da humanidade da região centro, foi qualquer coisa assim que a vereadora Filipa anunciou na penúltima reunião de câmara.
ResponderEliminarAchei esquisito, como estranho tudo o que se passa em Tomar, ainda estou para saber quem são os investidores da Platex, já questionei a vereadora Bonet nas redes sociais e ela diz que eles existem, mas se os há são quem pergunto eu? Não se sabe nada, a sra presidente disse toda airosa na Hertz que não podia dizer porque o segredo é a alma do negócio e eu acrescento que o segredo é a alma dos negócios sujos e obscuros, como é este executivo camarário. O António Rebelo escreveu uma rábula ao convento Santa iria e mencionou uma empresa, o 'conceituado' grupo Vila Galé ou Calé. Não sei se inventou o negócio e o interesse ou se ele existe mesmo, o interessado existe mesmo porque o nome não me é estranho, mas esta sua rábula mostra que quando os investidores estão de boa fé, quando acreditam na potencialidade do negócio, eles querem tanto ganhar que aparecem, dão a cara, fazem pressão sobre o administrador de insolvência, lançam charme, dizem que nós somos muito bons, nós sabemos o que estamos a fazer, vamos otimizar o negócio, etc... O investidor nunca se esconde. É tudo muito estranho, há muita falta de transparência na câmara de Tomar e para meu espanto a vereação da oposição não exige transparência. Nas reuniões de câmara falaram em investidores, falaram mal do administrador de insolvência, o Pedro Pidwell, disseram que ele é um malando que nunca aceita nada, achei muita graça quando a cabeça de alho chocho da presidente não se lembrava quem era e disse que era um tal de Mortágua, é parecido com Pidwell, falaram até numa empresa do concelho de Castelo Branco, a Dielmar, mas não falam no nome dos interessados na Platex!!!! Se soubéssemos os nomes poderíamos até aferir se o tal de Mortágua é realmente um malandro ou não, a vereadora Bonet até sugeriu que se deve fazer um inquérito porque este administrador era o mesmo da Prado Kartoon, e que não podia ser assim, não aceitava nada, que era uma desgraça para o concelho, etc...
Voltando ao tema dos subsídios, se calhar o ministro holandês das finanças é que tinha razão quando disse há uns anos que os Portugueses gastam tudo em copos e mulheres, o que nós em Portugal chamamos de 'putas e vinho verde'. Na altura o Costa e as histéricas de esquerda vieram logo muito indignados exigir um pedido de desculpas públicas, a demissão do ministro, e o diabo a quatro, mas agora pode-se concluir que ele tinha razão, é verdade.
Quem quiser ouvir os Quinta do Bill que pague o bilhete, eu já assisti á uns anos a um espectáculo deles na praça de toiros com a gualdim pais, e paguei o meu bilhete. Não é aquela música que eu adoro, não me provoca um arrepio na espinha como me provoca a música do Zeca Afonso, ainda agora assisti á última temporada de La Casa de Papel e ouvi o Grândola Vila Morena nessa prestigiada série. Acho que gastar o dinheiro do fundo para o património da humanidade da região centro para pagar um concerto dos Quinta do Bill e a orquestra do médio tejo é um crime lesa contribuinte e os vereadores do PSD são cúmplices porque a vereadora falou disto na reunião de câmara e ninguém protestou, ninguém disse que eu quero registar em ata que discordo porque o dinheiro está a ser mal gasto, nada, zero!!!!! Agora vêm aí os milhões da Bazuca, ou do plano de resolução e resiliência como diz a sra presidente porque ela é muito fina, não diz bazuca, e os nossos políticos vão meter o que puderem ao bolso e o restante vão espatifar tudo, como aconteceu no passado. Volta Salazar que estás perdoado.
Concertos e ajuntamentos sem wc.,.correm mal para muitos, para os necessitados.
ResponderEliminarSuponho que não mandaram instalar sanitários amovíveis, temendo que algum crítico menos benevolente escrevesse "Prevê-se um concerto de caca, porque instalaram numerosos sanitários químicos nas proximidades". Parecendo que não, temos no executivo uma maioria muito precavida...naquilo que lhes convém.
EliminarNesta terra adora-se a crítica, ora porque se faz, ora porque não se faz... O ser humano para falar é extraordinário...
ResponderEliminarNão sei se ponderou devidamente aquilo que escreveu neste comentário. Digo isto porque se trata de uma típica frase feita dos partidários de ditaduras. É o seu caso?
EliminarDeixe lá criticar quem quer. Trata-se de uma das liberdades fundamentais que mantêm a democracia.
O ser humano não é extraordinário só para falar. Também é capaz de realizar maravilhas quando o deixam.
Regra geral você tem de pagar a saúde, a educação, as portagens do que já está mais que pago, etc..., mas fica contente porque não paga a cultura, a presidente Anabela Freitas apoia a cultura, e arranja um fundo com um nome esquisito para pagar o concerto dos Quinta do Bill e a orquestra do médio tejo, curiosamente a escassos dias de umas eleições autárquicas, ele há cada coincidência!!!!. Quanto é que terá custado aquela brincadeira? Os vereadores do PSD fizeram um requerimento na última reunião de câmara porque queriam saber quem é que tinha pago a apresentação da comissão de honra da candidatura da Anabela Freitas no Mouchão, estavam com medo que tivesse sido paga pela câmara. Curiosamente ninguém protestou ou perguntou quanto é que ficou o concerto dos Quinta do Bill. Eu imagino que não tenha sido barato, estes artistas pagam-se bem. Estranho as suas prioridades!!!
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ResponderEliminarQuinta do Bill 12,5k €
https://www.base.gov.pt/Base4/pt/detalhe/?type=contratos&id=7819452
Quinta do Bill - Apoio Tecnico 12k €
https://www.base.gov.pt/Base4/pt/detalhe/?type=contratos&id=7812337
Segurança a eventos culturais Ago e Set 10k €
https://www.base.gov.pt/Base4/pt/detalhe/?type=contratos&id=7785118
e existem mais uns contratos, de bilhética e apoio a eventos que não se percebe se também reportam a este concerto..
Sobre o fundo.. supostamente era para valorizar o património ahahaha:
«Anabela Freitas, presidente da Câmara Municipal de Tomar, enalteceu a circunstância de este projeto conciliar “a História, o Património e a Cultura”. “O património é importante, mas ele tem de ser vivido por todos nós, se não é apenas uma construção fria e não é isso que queremos. Só com projetos destes é que nos conseguimos apropriar do património”, frisou.»
in https://turismodocentro.pt/2021/06/rede-cultural-2-0-vai-levar-cultura-e-arte-aos-lugares-patrimonio-mundial-do-centro/
https://turismodocentro.pt/wp-content/uploads/2021/06/Apresentacao-Lugares-Patrimonio-Mundial-2.0.pdf
E o dinheiro nao nasce do chão... 300k€ são da UE mas 200k€ são das 4 câmaras..:
«O programa anunciado no valor de meio milhão de euros (300 mil euros de fundos comunitários e 200 mil investidos pelas autarquias), visa contribuir para a sustentabilidade do destino que a zona Centro de Portugal.»
https://culturaportugal.gov.pt/pt/saber/2021/06/lugares-patrimonio-mundial-do-centro-rede-cultura-20/
Discordo quando diz que o dinheiro não nasce no chão. O Costa todos os dias anuncia subsídios de centenas e milhares de milhões. O Rio até brincou com isso, diz que ele parece um feirante a vender roupa nas feiras de microfone na mão: "e levam mais 200 milhões para a transição digital e mais 500 para a transição energética, e mais 5 mil milhões para a reforma da administração pública, e mais isto, e mais aquilo...Se calhar ele nasce mesmo no chão.
EliminarNão entendo porque é que numa reunião de câmara, aberta ao público e á comunicação social a vereadora anuncia o evento é não diz quanto é que o mesmo vai custar!!!!! Ou que os vereadores da oposição não a questionam!!! É preciso ir depois ao base.gov.pt!!! Diziam logo que custa 25 mil€ mais Iva ou já com o mesmo incluido. O objetivo destas reuniões abertas é a transparência. E nem disseram que quem queira saber mais vá consultar o site de contratação pública.
E depois há a questão dos subsidios, os músicos da Quinta do Bill são altamente profissionais e não precisam de ser subsidiados. O espectáculo poderia era ser patrocinado por uma empresa privada, tipo a Air Liquide ou a Softinsa, mas nada... eu questiono-me o valor real que essas empresas trazem ao concelho. Será que eles só cá estão para terem a renda e a luz de borla? eu quando era puto passava ali no Pavilhão do Hóquei e via o ringue cheio de patrocínios do grupo Mendes Godinho, IFM, Platex, Valbopan, Rações Sol, etc..., agora é patrocinado pelo município de Tomar e pelo politécnico!!!! Estaremos no rumo certo???!!!!...