terça-feira, 7 de setembro de 2021

 


Política local/Autarquia/Assembleia municipal/PDM

Ficar na história local pelas piores razões

Reuniu pela última vez neste mandato a Assembleia municipal, que não deixará decerto boas recordações a ninguém. Sabia-se, desde o início do primeiro mandato, que o seu presidente não passava de um mero "pau mandado", devido ao seu estatuto de senador no partido socialista. Mas poucos terão previsto, mesmo assim, que o órgão fiscalizador do executivo desceria tanto na credibilidade junto dos eleitores tomarenses. Para não alimentar querelas estéreis, que a cidade é pequena e as eleições são já ali adiante, basta recordar que aquele órgão do município continua a ter, como no início, apenas um funcionário, está mal equipado, tem reunido na biblioteca municipal e as actas das suas reuniões só foram aprovadas e publicadas até 2018. 
Como se tal não bastasse, acaba de se saber, por dedução a partir das palavras de Américo Pereira, presidente da Serra e Junceira, que Anabela Freitas tomou as suas precauções, evitando mais um desastre político e pessoal. Prevendo que o novo PDM poderia muito bem vir a ser chumbado, ordenou a José Pereira que não o incluisse na ordem de trabalhos. Terá pensado, se calhar baseada na teoria da votação gorda, que a nova versão do parlamento local, a sair das urnas no próximo dia 26, poderá ser mais favorável ao PS, aprovando qualquer aselhice submetida ao sufrágio. É uma jogada política como outra qualquer.
Mais uma razão para ir votar, mas não  no PS. Porque se os socialistas tomarenses voltam a ganhar, vão ser mais quatro anos penosos. Se até agora têm sido arrogantes, prepotentes, auto-suficientes e alérgicos à crítica,, depois vai ser ainda pior. (Só pode. À cautela até já tinham posto mais uma senhora do séquito em 4º lugar, atirando com o independente Helder para 5º. Correu mal, como se sabe. Mas ficou a intenção, que não deixa margem para dúvidas. Apenas surpreende que, após a tentativa falhada, Helder Henriques tenha aceitado continuar na lista. Feitios.)
Eis como o bom cidadão José Fortunato Pereira, cordial, empenhado, generoso, e que merecia melhor sorte, apesar de todos os seus esforços, acaba por ter prestado um péssimo serviço ao concelho, ao longo de oito anos complicados. O excessivo gosto pelo penacho tem destas coisas. Caso venha a constar dos anais locais, será pelas piores razões. Infelizmente para todos.

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