quinta-feira, 23 de setembro de 2021

 


Cabeça de lista PSD recusa frente a frente com Anabela Freitas (PS)

Pior a emenda que o soneto

Caiu mal, entre os apoiantes laranja, a aselhice de Lurdes Ferromau, ao recusar debater frente a frente com a candidata socialista. Prova disso é o comunicado do PSD, enviado para a Rádio Hertz, e só para a Rádio Hertz, procurando justificar o injustificável.
Nesse comunicado, que pode ser lido aqui, conjuntamente com a excelente nota de redacção daquela rádio,
o PSD aduz dois argumentos, contraditórios entre si, e sem qualquer cabimento. É pior a emenda que o soneto. No caso, a justificação agrava a aselhice, em vez de a relevar. Vejamos.
Segundo o primeiro argumento "a organização de debates exclusivos às candidatas do PSD e do PS não respeita princípios democráticos de equilíbrio com os restantes partidos." Há desde logo alguma confusão vocabular. Os citados debates poderiam não respeitar normas éticas em relação aos outros candidatos, mas seriam de certeza do mais democrático que há, como se entende sem mais necessidade de argumentar.
Segue-se que só poderia haver falta de respeito pelas normas éticas se fossem tratadas de forma diferente coisas iguais. E ocorreu exactamente o oposto. Foram tratadas de forma igual realidades iguais (forças políticas com assento no executivo), e as realidades desiguais (restantes forças) foram naturalmente excluídas.
Para quem ainda possa ter dúvidas, cabe lembrar que já foram feitos debates frente a frente em várias cidades do país, nomeadamente em Lisboa, entre Medina (PS) e Moedas (PSD). A lei eleitoral, as normas democráticas ou a ética, não são iguais na capital e em Tomar? Ou trata-se simplesmente de excesso da tacanhez, procurando adaptar as leis vigentes aos seus interesses mesquinhos, para tentar confundir os eleitores nabantinos?
O outro argumento é contraditório, pois alega que "o convite foi feito com pouca antecedência, o que impossibilita a presença da candidata." Em que ficamos afinal? A candidata recusou o convite por não poder estar presente? Ou porque entendeu que havia falta de respeito pelas outras candidaturas? Devido a ambas as situações? E foi preciso tanto tempo para tentar esclarecer a questão num lamentável comunicado?
Não se pode dizer que a incumbente Anabela Freitas tenha feito até agora dois bons mandatos. Terão sido, quando muito, entre o medíocre e o suficiente pequeno. Só os da camisola rosa, e os comprados à volta da gamela, ousarão sustentar o contrário.
Infelizmente para os tomarenses todos, pelas amostras recolhidas até agora, a candidata PSD também não oferece garantias para o nosso futuro colectivo. Nem como presidente, nem como vereadora, conforme a seu tempo se verá. Oxalá no próximo domingo os eleitores saibam ver as coisas, e colocar os interesses de Tomar antes e acima de interesses pessoais ou partidários. A paixão pode cegar. Mas só cega os apaixonados. Que não podem ser assim tantos.

1 comentário:

  1. Tenho seis décadas !
    Aqui nasci !
    Domingo irei , votar !
    Seja qual for o resultado , irei partir , !!!
    Estou farto !!!

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