quarta-feira, 8 de setembro de 2021

 

HÁ CADA COINCIDÊNCIA! 

NESTE ESPAÇO DEVIA FIGURAR A IMAGEM DO ANÚNCIO DO "GRANDE DEBATE" A ORGANIZAR  PELA RÁDIO HERTZ, NO PRÓXIMO SÁBADO, DIA 11, A PARTIR DA 15 HORAS. POR UMA DESTAS COINCIDÊNCIAS EXTRAORDINÁRIAS, O DITO ANÚNCIO, QUE AINDA EXISTIA QUANDO SE COMEÇOU A REDIGIR A CRÓNICA INFRA, JÁ NÃO CONSTAVA DO SITE QUANDO SE PRETENDEU COPIAR. A NET TEM DESTAS COISAS! AFINAL VAI HAVER "GRANDE DEBATE", OU NÃO?


Anúncio acrescentado às 22H46 (hora de Tomar) de 08/09/2021

Informação/Autárquicas 2021

Pretensos debates

Conforme os leitores sabem, foi aqui abordada há dias a problemática dos debates, durante a campanha eleitoral. A distância física fez com que, apesar de todos os progressos da comunicação, quem escreve estas linhas ainda não soubesse que já havia três eventos previstos, a que convencionaram chamar debates. (ver imagem supra)
Trata-se obviamente de um abuso de linguagem, pois não há qualquer hipótese de debate, quando estão presentes todos os candidatos, mas a "troca de galhardetes" não é autorizada pelas normas de funcionamento adoptadas. E não havendo confronto "mano a mano", enfrentamento oral, pode-se usar o vocábulo debate? Poder pode, mas não corresponde à realidade.
Prova dessa incompatibilidade é o teor do própria publicidade ao evento. "Grande debate", pode ler-se. A mais de 50 horas do início, quem pode prever que o alegado confronto de ideias será grande ou pequeno, ou mesmo se chegará a ter lugar? Pelo contrário, tudo indica que não haverá nada parecido sequer.
É possível, isso sim, adiantar que se trata na realidade de um espectáculo, que será mais ou menos interessante consoante a coreografia que conseguirem, mas que todavia nada terá de debate, até por manifesta impossibilidade. Com os sete candidatos presentes e vários jornalistas, ou mesmo um só, que fazer para além de uma espécie de réplica de concurso televisivo, tipo "Quem quer ser milionário?", desta feita com perguntas políticas ou parecidas com isso?
Não espanta que os instalados e respectivos apoiantes defendam o modelo. É o mais conveniente para evitar ondas indesejáveis. Para onde iríamos, se houvesse mesmo debates a sério, e um ou vários candidatos se revelassem como portadores de ideias fecundas e salvadoras para Tomar? Está em jogo o ganha pão de gente influente no burgo!
Assim, sem correr o risco de imediata contestação, os bons oradores já estarão a preparar o próximo improviso, que causará excelente impressão no vasto auditório e renderá depois bons votos, pensam eles. Só falta saber se os cidadãos espectadores e/ou auditores continuarão a embarcar no logro. Porque é disso que se trata. Chamar debate a uma série de monólogos sem contraditório, por manifesta falta de oportunidade.
Alegam os defensores de tal modelo que sempre assim tem sido, desde o 25 de Abril, o que é verdade. Mas convém ter presente que os tempos vão mudando. Durante séculos, em Portugal correspondia o enforcamento para punir crimes graves. Até que, a dada altura, se decidiu acabar com a pena de de morte, felizmente. E lá se foram os enforcamentos, que também eram um espectáculo, embora mais lúgubre que os actuais eventos, baptizados de "debates" para tentar enganar a cidadania.
Um detalhe curioso, que se considera intrigante: Estamos a 3 dias do "grande debate" e quem está longe continua a ignorar onde será e se é possível assistir. Porquê? Por causa da pandemia? Temem algum atentado? Receiam contestação? Ou pretendem simplesmente evitar eventuais presenças incómodas?

3 comentários:

  1. Em Lisboa ainda ontem se viu isso com o debate Medina-Moedas (onde este último foi completamente atropelado pela cartilha PS), mas só neste formato é possível ver as diferenças de fundo (poucas) entre eles.
    Em Tomar, acho que um debate assim também seria um atropelamento (mas lá está, ninguém sabe)

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    1. A cartilha PS não pode desmentir os factos e essa coisa chata que são os números. Um candidato que estude os números, que pesquise os factos destes últimos 8 anos relativos á actividade da câmara, Tejo Ambiente, e comunidade intermunicipal do médio Tejo, e que tenha a capacidade de os entender, vai para o debate e pode fazer perguntas assertivas que podem deixar a presidente em apuros, ela ou não responde ou desculpa-se com a 'situação pandémica'. Há muito material e quem se preparar e for enérgico pode não ganhar as eleições, o PS é uma máquina infernal, mas faz um brilharete.

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    2. Isso mesmo, infelizmente material é o que não falta...
      podem começar por aqui:

      https://radiohertz.pt/wp-content/uploads/2017/09/Programa-aut%C3%A1rquico-Tomar-2017.pdf

      mas é preciso pôr as mãos na massa..

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