quarta-feira, 15 de setembro de 2021

 


Política local/ Informação/ Autarquia


É sempre a mesma atitude

Neste final de mandato, há determinados comportamentos políticos tão previsíveis, que se torna quase supérfluo destacá-los. Um deles, é a evidente aversão da maioria PS a qualquer informação de que não sejam os autores remotos. A postura obediente e reverente de toda a media local, com uma só notável excepção, aí está para mostrar como se comporta quem oficialmente lidera a autarquia.
Na sequência de tão desconfortável estado de coisas, são cada vez mais os dossiers a inspirar dúvidas. A despoluição do Nabão ficou para depois das eleições. A recuperação da Estalagem ficou para depois das eleições. A escritura de compra e venda do Convento de Santa Iria ficou para depois das eleições. A requalificação da Praceta Raul Lopes ficou para depois das eleições . A recuperação do Mouchão ficou para depois das eleições. A abertura do quiosque da Várzea grande ficou para depois das eleições. Os passeios em Carvalhos de Figueiredo ficaram para depois das eleições,  e assim sucessivamente.
Acaba agora de saber-se, via Rádio Hertz, usual porta-voz da autarquia, que apareceu mais uma má notícia para a candidatura socialista, que pela lógica vai ficar para depois das eleições:
https://radiohertz.pt/tomar-camara-perdeu-recurso-a-relacao-garante-o-psd-e-tera-perdido-a-preferencia-sobre-o-edificio-onde-funcionaram-os-smas/
Temos assim que o Município perdeu o recurso, pendente no tribunal da relação de Évora, no qual pretendia ver reconhecido o seu direito de preferência na compra do edifício dos SMAS. Tratando-se de mais um clamoroso falhanço da burocracia camarária, não espanta que o douto tribunal assim tenha decidido. O que espanta e muito é a atitude patusca de Anabela Freitas, que de tão repetida já não convence ninguém.
Como explicar que uma vereadora da oposição esteja na posse de uma informação pública que a presidente da câmara alega desconhecer? Se fosse mesmo o caso, bastaria pedir à vereadora que fornecesse prova documental do que afirmou. Não foi o caso, porque convém a Anabela Freitas simular que ignora a sentença do tribunal, até ao próximo dia 26, por razões óbvias.
É sempre a mesma atitude, que já se torna pouco ou nada credível para quem ouve ou lê. Só falta verificar quantos votos vai custar ao PS local.

1 comentário:

  1. Mais um exemplo elucidativo da dimensão mediática da senhora presidente

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