Política autárquica/Património/Gestão
O desgraçado Mouchão & Cª
Ainda a remoer a desilusão que foi a amável troca de banalidades de sábado, fui ao pão e depois lancei-me ao caminho. Percorrer estas ruas que me viram nascer, no Hospital velho, e crescer, ali no Bairro das flores (Rua do Camarão).
Primeiro pontapé no estômago, o problema da recolha do lixo é mesmo grave. Ali atrás dos Paços do concelho há lixo que já devia ter sido levado. Mas já sei! Ontem foi domingo e aos domingos...
Logo mais adiante, o jardim da Várzea pequena está muito bem cuidado. Até destoa pela positiva no ambiente citadino. Mas faltam lá uns candeeiros, há largos meses, segundo me disseram. Também deve ser por causa dos domingos.
Já o Mouchão, o querido Mouchão da roda e do cinema ao ar livre, parece que têm passado por ali hordas de bárbaros. Há nítida falta de limpeza, uma espécie de ponte veneziana para labregos, uma casinha que ninguém sabe para que serve mas ali continua há anos, um canteiro quase sem relva e sem sistema de rega, a nascente da estalagem, e aquele palco a lembrar filmes de ficção científica, como se dizia dantes.
Há também a Estalagem, em evidente degradação. Contei quatro vidros arrombados e já roubaram mesmo algumas cantarias. O sr vice-presidente disse aqui há tempos que se prevê a reabertura daquele estabelecimento hoteleiro para a páscoa. Só se for para 2023. E mesmo assim...
O atribulado processo de concessão da Estalagem, com acusações de ilegalidade vindas de um sector da própria câmara, foi talvez a maior machadada que já se deu na fiabilidade do Município de Tomar junto dos potenciais investidores. Que o digam os dois investidores de Leiria, que acabaram por ceder ao desbarato o direito à concessão, cansados das exigências de uma burocracia tentacular e demasiado gulosa.
Dizem alguns dos que, apesar deste rol de desgraças, insistem em apoiar a actual maioria, que é tudo má língua e que Anabela Freitas até tem excelente reputação junto dos investidores, como provam as negociações com êxito no caso do Convento de Santa Iria. Quero acreditar que assim seja, mas sou como o S. Tomé: ver para crer. Só vou acreditar que foi vendido ao desbarato, quando vir a respectiva escritura pública. Até lá, considero que é só bla-blá-blá eleitoral. Como no caso do Prado e da Platex.
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