Autárquicas 2021/Voto consciente

Tomar merece que se vá  votar para melhorar

É o costume.  Até 24 de Setembro, que dia 25 é para pensar melhor, vamos ter promessas de todas as candidaturas, que depois raramente são cumpridas. Não é por isso de estranhar que a abstenção seja cada vez maior. Muitos eleitores estão desiludidos, por serem praticamente forçados a votar em listas e não num determinado nome, bem como devido às promessas que não passam disso mesmo.

Tal como em eleições anteriores, convém ouvir os candidatos e ler com atenção o seu material de propaganda, sem esquecer contudo que devem ser divididos em dois grupos desiguais: No grupo A, os que já estão no poleiro, tanto na câmara como nas juntas, e procuram a reeleição. No grupo B todos os outros.

Depois de comparar declarações e documentos de propaganda, cada eleitor deve a seguir, em relação ao grupo A, tentar responder honestamente a uma série de perguntas:

Estamos melhor que há oito anos?

Estamos melhor que há quatro anos?

Há mais emprego?

Há mais habitação?

Há melhores transportes locais?

A população do concelho tem aumentado ou mirrou?

A recolha do lixo melhorou?

Os serviços de água e saneamento melhoraram?

A limpeza urbana e rural está melhor?

Os espaços verdes estão mais cuidados?

Há mais sanitários públicos?

A governação local é mais transparente?

A burocracia camarária é agora mais amiga do cidadão?

Conseguidas as respectivas respostas, e sem culpar quem quer que seja, deve o eleitor ter em conta que quem vai para o poder tem a estrita obrigação de melhorar as condições existentes. Foi para isso que se candidatou: È para isso que lhe pagam.

A título meramente informativo, cabe lembrar que, de acordo com os dados oficiais, nos últimos dez anos a população tomarense sofreu um rombo de 10,4%, o que corresponde mais ou menos  a toda a população das freguesias de Beselga, Carregueiros e Madalena. Parece-lhe normal?

Outro exemplo: As obras e ciclovias da Nun'Álvares e do Flecheiro-Mercado  são um insulto para quem reside 2 quilómetros mais a sul, em Carvalhos de Figueiredo, e não dispõe sequer de passeios para caminhar em segurança.

Vá votar, mas pense nisso antes de fazer a cruzinha. Com eventos, subsídios, ajudas várias, comezainas, passeios, palmadas nas costas, obras para ornamentar e realojamentos, está visto que não vamos lá. Ao contrário do que alguns afirmam,  o caminho certo não parece ser por aí. Se fosse, os tomarenses não se iam embora, pois todos gostamos muito da nossa querida terra. 

Portanto, dia 26 vá votar. Mas não se esqueça do futuro de Tomar. De todos nós, afinal.