Noticia O Mirante on line de hoje que a "Câmara de Alcanena cede edifícios degradados a quem os quiser recuperar. Há cerca de um milhar de imóveis em mau estado em todo o concelho." A menos de 50 quilómetros, Tomar é um concelho com muito mais prestígio que Alcanena, não há qualquer dúvida a tal respeito. O problema cada vez mais grave é que nos tempos que correm o prestígio já não alimenta ninguém. Pelo contrário. Em 1997, Tomar tinha 40.906 eleitores inscritos, e Alcanena apenas 12.514. 19 anos mais tarde, em 2016, restavam em Tomar 36.266 inscritos. Menos 4.640 que em 1997. Em Alcanena, pelo contrário, havia 12.538, mais 24 que em 1997. Apesar da crise dos curtumes, a principal actividade concelhia. Os números não enganam. Há portanto qualquer coisa que não funciona bem em Tomar e que impele os seus filhos para a emigração. Em ano eleitoral há que pensar nisso.
Dois aspectos do interior do Convento de Santa Iria.
Creio que os autarcas nem sabem ao certo quantos imóveis degradados existem por esse concelho fora. É todavia do domínio público que a câmara nabantina vai procurando vender em hasta pública aqueles que pode. E mantém-se há muitos anos o resultado daquele erro monumental que foi a compra pela autarquia do antigo Convento de Santa Iria. Apesar de já não ser mais que uma ruína, com muito pouco de aproveitável, (ver fotos) os senhores camaristas, decerto devidamente assessorados pelos técnicos municipais, continuam a insistir num Hotel de charme de 4 estrelas. E querem milhão e meio de euros por aquilo.
Ainda bem que, neste caso, houve autarcas previdentes. Num dos mandatos anteriores mandaram instalar vários bancos frente à igreja de Santa Iria, o que nos permite ir esperando sentados. Do mal o menos.
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