sexta-feira, 26 de maio de 2017

Porque não te vestes tu?!

Diz o despido pró nu: Porque não te vestes tu?! Assim estão as duas principais candidaturas tomarenses às eleições de Outubro. Começaram os rosas, que desde há muito vêm dizendo e escrevendo na net que os 16 anos dos laranjas na Câmara foram uma autêntica desgraça, porque não tinham qualquer projecto para Tomar. Respondem agora os social-democratas que os IpT se juntaram ao PS porque nunca tiveram nem têm qualquer projecto para Tomar. 
Bem vistas as coisas, ambas as partes têm razão e o PS não é excepção.. Nem o PSD nem os IpT nem o PS apresentaram alguma vez ao eleitorado algo que com propriedade se pudesse chamar um projecto acabado. Houve e há, é certo, aquelas obras do período paivino. Mas essas empreitadas demonstram justamente a ausência desse dito projecto, substituído à pressa por sucessivas candidaturas a fundos europeus. Umas instalações sanitárias com recepção, ali na Mata; a Estrada do Convento que ficou mais estreita depois das obras de melhoramento; um parque para nove autocarros, lá em cima, onde afinal cabem apenas 6; a casinha do Mouchão que ainda hoje ninguém sabe para que serve; as defuntas bancadas do estádio municipal; as falecidas pinheiras da Cerrada dos Cães; e tantas outras coisas. Tudo com a conivência objectiva da oposição, no seu todo.

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De forma que, estão uns para os outros, até prova em contrário. Desta vez, o PS conseguiu um aliado, faltando saber com que peso eleitoral efectivo. O PSD, por seu lado, vem fazendo uma insólita pré-campanha eleitoral, que pode porém vir a revelar-se bastante eficaz. Desde que vi um carneiro com 4 chifres, já acredito em tudo. Mas só em  em Outubro saberemos. Quanto aos IpT, paz à sua alma, se alguma vez a tiveram.
Entretanto aguardam-se os tão falados projectos ou programas. Que desta vez, sejam bons, apenas razoáveis, mesmo maus ou até péssimos, terão de aparecer. Sob pena de total descrédito. Porque até 2013, as formações políticas dominantes a nível local controlavam subtilmente a informação disponível. Agora com o Face e os blogues, isso acabou. Embora ainda continuem a tentar. É o chamado reflexo condicionado.

Nota de rodapé

Alguns leitores com mais azia e outras maleitas, são bem capazes de perguntar porque pensei eu nos carneiros de quatro chifres. Antecipo a resposta: Não foi o candidato Boavida que a certa altura, instado a comparar o actual mandato camarário com uma sopa, escolheu a sopa de corno? Pois aqui está um excelente exemplar para preparar muitas dessas sopas, com abóbora laranja e tudo.

2 comentários:

  1. A realidade do palco da politica nabantina é tão simples quanto é retratada nesta peça. Nem mais uma virgula.

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  2. Os projectos ou programas devem estar ao mesmo nível daquela misteriosa sondagem do PSD. Para animar as hostes e arranjar meia dúzia de ideias, a título meramente pessoal, acho que cada formação concorrente às eleições autárquicas devia colocar um porco no espeto na Praça da República, uns barris de imperial e de vinho de Tomar, umas boas sobremesas, café e digestivo, tudo ao som da música inspiradora do Toni Carreira, Emanuel, Quim Barreiros, Marante e outros do mesmo jaez. Aquando do ingresso no evento seria distribuído um impresso onde os convivas sob inspiração da música e da comezaina escreveriam o que lhe ia na alma, depositando o documento (mesmo que estivesse atintado e engordurado) em recipiente apropriado no final.
    Caso contrário, vamos chegar às vésperas das eleições e ainda não se passou da troca de galhardetes.

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