sexta-feira, 5 de maio de 2017

A metáfora perfeita

Resultado de imagem para imagens do congresso da sopa

Tem lugar hoje, sábado, a 24ª edição do mais antigo festival de sopas do país. É a metáfora perfeita, numa cidade outrora pujante, mas agora atravessando uma crise profunda, cuja população que ainda resta vai comendo à custa do orçamento do Estado, directamente ou através da autarquia. É uma terra literalmente às sopas. Manual Guimarães deve rir-se com gosto, lá onde se encontre. Há nas margens nabantinas cada vez mais congressistas e candidatos a congressistas da sopa... dos pobres e da outra.
António Costa anunciou em tempos que estaria presente. Afinal virá apenas o secretário de Estado da educação. Se calhar porque algum especialista de imagem terá prevenido o primeiro-ministro da geringonça que poderia prestar-se a chacota pública  a sua participação num congresso de sopas, à sombra de um convento que durante séculos distribuiu a sopa aos pobres no Claustro da Micha.
E o ex-presidente da Câmara de Lisboa não costuma andar a dormir... além de que nunca gostou de levar sopa. Pelo contrário. Passos Coelho já lhe reprovou várias vezes o hábito condenável de tentar molhar a sopa cada vez que vai debater à Assembleia da República.

5 comentários:

  1. Bom dia Professore Rebelo, devo informar o senhor que deveria ter um pouco mais de cuidado com o que escreve e paço a citá-lo "(...)cuja população que ainda resta vai comendo à custa do orçamento do Estado, directamente ou através da autarquia(...)". Pois Eu que vivo na Cidade de Tomar, pago de igual forma os Meus Impostos em Tomar, mas no entanto Sou de Lisboa, e devo informar o senhor de que não me revejo na Sua triste frase, e como Eu certamente haverá muitos Tomarenses. Portanto na coloque na mesma cesta todos os Tomarenses. Tenho dito

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  2. Sou Eu novamente, e para simplesmente fazer a correcção a duas palavras que por Mim foram redigidas, onde se lê "Professore" deve-se ler Professor, e onde igualmente se lê "paço" deve-se ler passo.

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    1. Bom dia e boa disposição, senhor José Lopes. Obrigado pelo seu comentário.
      Como de certo não ignora, após 48 anos de mordaça, vivemos agora numa sociedade aberta e fraterna, com inteira liberdade de expressão, a qual naturalmente deve respeitar sempre os direitos e liberdades dos outros. É o que procuro fazer sempre. Não tenho portanto, no meu modesto entendimento, que "ter um pouco mais de cuidado".
      No caso em preço, o que pretendi dizer foi que a grande maioria da população tomarense depende exclusivamente do erário público. São funcionários do Estado ou da autarquia, como todos sabemos. O que, assim por alto, 600 professores de todos os graus de ensino, 500 funcionários da Câmara + médicos e enfermeiros do hospital + fisco + forças de segurança. Um longo rol como vê.
      Acrescento que o facto de ser funcionário do Estado ou da autarquia não é desprestigiante para ninguém, dependendo naturalmente do modo como cada um exerce as suas funções.
      Termino esclarecendo que escrevo com simples cidadão, que abandonou a docência há mais de uma década.
      Fecho saudando-o com cordialidade.

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    2. Saúdo-o de com igual cordialidade como da mesma forma Lhe respondo como simples cidadão que Sou. Só que Meu Caro Professor, entendi perfeitamente onde o Senhor queria chegar com esta Sua "metáfora perfeita", o que Eu não concordei e não concordo, é que Todos os Tomarenses residentes sejam incluídos na mesma cesta, e ainda mais, quando Eu e muitos Outros Tomarense nem sequer fazemos parte do longo rol que o Senhor descreve. Porque como poderá entender, não só residem em Tomar Pessoas que fazem parte do rol que o Senhor mencionou, como também Pessoas que podem optar por viver em Tomar. Que é precisamente o Meu caso, optei pela Cidade de Tomar por entender ser uma cidade calma para se viver, ao contrário da Cidade de Lisboa. Daí haver necessidade de separar o trigo do joio. Desejo-lhe um óptimo fim de semana.

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  3. Começo por retribuir os seus votos de bom fim de semana, espero que com condições iguais às que tenho aqui em Fortaleza: um calçadão à beira-mar com cerca de 7 quilómetros, céu limpo e temperaturas sempre entre os 25 e os 30 graus centígrados. Indo agora ao princípal. O senhor tem toda a razão. Também há em Tomar cidadãos que são nabantinos por opção e não dependem do orçamento do Estado. Infelizmente, tudo indica que são demasiado poucos.
    Os seus comentários, que volto a agradecer, entre outras qualidades permitem esclarecer um ponto importante: o carapuço só serve a quem o enfie. Em boa verdade, o meu alvo nem são propriamente os funcionários, mas o sistema de que fazem parte.
    Aproveito para explicar que tão pouco meto todos os funcionários públicos no mesmo saco. Aqueles que foram admitidos por concurso e todos os dias dão o seu melhor para servir o país, esses merecem todo o meu respeito. Já os do império dos sentados...
    Votos de boa saúde e muita alegria de viver.

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