Constata o jornalista José Gaio, que nestas e noutras coisas é sempre uma fonte segura, que esteve menos gente no Congresso da Sopa. E aventa a hipótese do medo da chuva ter afastado os potenciais congressistas. Com o devido respeito, tenho para mim que a causa é outra, bem diferente.
Sopa sempre foi e continua sendo comida de pobre. De quem não tem mesmo dinheiro para mais. E a geringonça -se outros méritos não tem- logra pelos menos difundir a ideia de fartura, de abastança, de que há dinheiro para tudo -até para aumentar os funcionários e reduzir o défice em simultâneo, vejam bem- e que a crise é uma coisa que já lá vai.
Embalados por tão maviosa música, muito conveniente em ano de eleições, os portugueses viram-se para coisas senão mais requintadas, porque cada um só busca o requinte que está ao seu alcance, pelo menos mais encorpadas. Por conseguinte, doravante, a manter-se a música da geringonça e salvo qualquer percalço mais gravoso, só terão sucesso congressos ou festivais de febras, frango assado, cabrito estonado, chanfana, feijoada, leitão assado, vitela no espeto e semelhantes.
Embalados por tão maviosa música, muito conveniente em ano de eleições, os portugueses viram-se para coisas senão mais requintadas, porque cada um só busca o requinte que está ao seu alcance, pelo menos mais encorpadas. Por conseguinte, doravante, a manter-se a música da geringonça e salvo qualquer percalço mais gravoso, só terão sucesso congressos ou festivais de febras, frango assado, cabrito estonado, chanfana, feijoada, leitão assado, vitela no espeto e semelhantes.
O tempo das sopas, dos pobres e da sopa dos pobres já passou. Mesmo se só congressistas por um dia. Ou pelo menos os eleitores foram convencidos disso pelas esquerdas que nos pastoreiam. Deixem-se portanto de lamúrias a propósito da falta de afluência ao pai de todos os congressos da sopa. Afinal estão apenas a colher aquilo que têm vindo a semear. Agora resta adaptar-se, verbo praticamente desconhecido no vale do Nabão. Infelizmente.
Adenda, às 23H20 de Lisboa
Sinalização adequada, sanitários, lavatórios, mesas, bancos e cadeiras em quantidade adequada também tornariam o congresso mais atractivo. Porque congressos em pé, de malga na mão, era folclórico aqui há 20 anos, quando o pessoal nem sempre lavava as mãos antes de comer. Actualmente é algo na melhor da hipóteses pouco acolhedor, e na pior das hipóteses repelente. Mas sou capaz de estar a ver mal, que os dirigentes locais é que sabem. Por isso é que vão ganhando eleições e a cidade está cada vez melhor.
Adenda, às 23H20 de Lisboa
Sinalização adequada, sanitários, lavatórios, mesas, bancos e cadeiras em quantidade adequada também tornariam o congresso mais atractivo. Porque congressos em pé, de malga na mão, era folclórico aqui há 20 anos, quando o pessoal nem sempre lavava as mãos antes de comer. Actualmente é algo na melhor da hipóteses pouco acolhedor, e na pior das hipóteses repelente. Mas sou capaz de estar a ver mal, que os dirigentes locais é que sabem. Por isso é que vão ganhando eleições e a cidade está cada vez melhor.
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