Sobre um comentário

Obrigado pelo seu comentário ao texto Muito lentamente, mas..., de 6 do corrente, que faculta a ocasião para esclarecer alguns pontos essenciais.

Escrevendo sobretudo para desabafar, é-me quase indiferente ter muitos ou poucos leitores. As actuais centenas por dia, ou eventuais futuros milhares. O meu lucro material será exactamente o mesmo = a zero. Na verdade, o que me incomoda em termos de consciência não é a maior ou menor difusão daquilo que escrevo em Tomar a dianteira 3. O que me molesta é o gigantesco fosso entre as mais de cinco centenas de visualizações diárias e os 43 seguidores apenas. Sobretudo o que esta enorme diferença representa em termos de atitude ética.

Mesmo tendo em conta aquilo que refere sobre os dispositivos móveis, nada impede que cada um use um pc para clicar em seguir. Por conseguinte, o que se passa, cuido eu, é que muitos leitores são hipócritas, invejosos, ingratos, mentirosos e intolerantes. Estão no seu direito, até porque, aqui ou ali, ocasionalmente  todos cometemos um desses pecados. O problema reside na contumácia e na obstinação, transformadas em modelo de vida. Como se todos os outros cidadãos fossem mentecaptos.

Decerto por defeito de educação, grande parte da qual além-Pirinéus, convivo bem com todos, incluindo os antes mencionados, excepto com os hipócritas intolerantes. Com esses penso que não há nada a fazer. Sou extremamente tolerante, mas acho que não se pode ser tolerante com os intolerantes.

Era basicamente isto que me apoquentava até há poucos dias, e que procurava resolver com o aumento dos seguidores. Agora esse meu problema de consciência está ultrapassado. Logo após as próximas autárquicas, Tomar a dianteira 3 passará a ser um site de acesso condicionado, reservado a assinantes. Resta portanto aos oportunistas hipócritas do costume irem aproveitando enquanto houver. Em Outubro próximo, era livre, gratuito e bom, mas acabou-se. Não há bem que sempre dure, nem mal que não se acabe.