Nas autárquicas de 2013, 47 em cada cem eleitores tomarenses não foram votar, e 9 em cada 100 votaram branco ou nulo. Se em relação às abstenções as razões podem ser várias, no que toca ao votos brancos e nulos não haverá grandes dúvidas. Se votaram, mas se recusaram a escolher, é porque ou não havia escolha ou estavam mal informados. Esta última hipótese é a mais provável, pois é bem sabido que os diversos candidatos se limitam quase sempre a debitar banalidades, a que a boa educação manda chamar generalidades.
Tudo indica que desta vez vamos infelizmente pelo mesmo caminho, apesar de haver maior cobertura informativa, nomeadamente na Net. A entrevista de Luís Boavida, do PSD, foi um rol de lugares comuns, que culminou com a promessa de apresentar as principais linhas programáticas no momento oportuno. Que ainda não chegou, apesar de já terem decorrido meses.
Seguiu-se Luís Santos, do Bloco de Esquerda, que apresentou apenas algumas iniciativas devidamente argumentadas, as quais aqui foram depois analisadas.
A CDU anunciou o seu candidato durante um almoço comemorativo do 25 de Abril e Bruno Graça fez então um bom diagnóstico das maleitas tomarenses, conforme pode ler aqui, mas não avançou quaisquer soluções. Ainda não é tempo, poderá alegar. Aguardemos.
A CDU anunciou o seu candidato durante um almoço comemorativo do 25 de Abril e Bruno Graça fez então um bom diagnóstico das maleitas tomarenses, conforme pode ler aqui, mas não avançou quaisquer soluções. Ainda não é tempo, poderá alegar. Aguardemos.
Chegou agora a vez de Alexandra Figueiredo, cabeça de lista à Assembleia Municipal pelo CDS, entrevistada por Ana Felício para o CIDADE DE TOMAR. A seguir se transcrevem três passagens dessa entrevista, que pareceram as mais significativas:
"...fomos falando naturalmente, incluindo nas nossas conversas [da entrevistada com o cabeça de lista do CDS para a câmara] a situação de Tomar e algumas ideias que poderiam ser colocadas em prática, nomeadamente no âmbito do desenvolvimento cultural e económico do concelho. Parte destas reflexões foram também discutidas com o município e com outras pessoas que também se interessam pela cidade. Como resultado dessas conversas, algumas que serão colocadas em prática pelo próprio executivo este ano..."
..."No entanto, o facto de ter ou não ter experiência política parece-me absolutamente irrelevante. Creio que todos estamos cansados dos vícios e das práticas que temos observado na política. Por isso estou convicta que é uma mais valia não seguir com as mesmas metodologias e avançar num caminho diferente, mais reflectido e que vá realmente ao encontro dos interesses da comunidade."
"...Temos que mudar de postura de ser contra tudo o que não é da nossa bancada ou cor e apoiar as boas ideias. Tomar merece respeito e a política deve existir para unir e resolver os problemas dos munícipes e não para dividir, criar confusões ou simplesmente ser do contra. Se amamos Tomar, vamos todos remar num único sentido que é o desenvolvimento da nossa região..."
Já percebeu, não é assim? Eu também. Se continuarmos por este caminho, em Outubro voto branco ou voto nulo.
É a vida, dizia António Guterres, antes de se demitir para evitar o pântano, e de se fazer ao Mundo. Decisão sábia, como agora se constata.
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