domingo, 21 de maio de 2017

Ceifar em seara alheia

O acaso tem destas coisas. Ainda ontem pedi licença ao amigo José Gaio, para invadir a sua usual área de trabalho, relembrando a 1ª regata de barcos miniatura no Nabão, em 1981, e hoje sou levado a pedir desculpa por reincidir.
Veio-me parar à mãos este livrito de 1898, escrito em francês:



O texto é relativamente curto, pois o livrito tem apenas 109 páginas. Além disso, descreve muitas fábricas então existentes entre Lisboa e Payalvo, onde na época era a estação de caminho de ferro de Tomar.  Seguem-se as descrições de Santarém e Tomar, com relevo para esta, mas ainda assim relativamente sucintas. O interesse do pequeno volume são as ilustrações, por assim dizer inéditas:

 O castelo de Almourol em 1898, com um pescador do lado direito e muitos pombos sobre a torre de menagem.
A Câmara, com um mastro monumental e a Praça de D. Manuel I, com árvores e sem o Gualdim Pais. Lá em cima, o castelo sem ameias, que só foram restauradas em 1937, pelos alemães.

Vista parcial da cidade, a partir do castelo, no sentido nordeste. No primeiro plano o casario, logo seguido pela mancha verde do actual Mouchão e da Horta Torres Pinheiro, onde está agora o que já foi um estádio.

A antiga Praça de armas do castelo, transformada em horta. Ao fundo a charola, ainda com o relógio na torre.

O interior da charola, vendo-se o altar que entretanto já desapareceu e, no primeiro plano, a balaustrada em pau santo, com colunas em mármore de Carrara, que também já desapareceram.

O claustro de D. João III, antes do restauro que lhe colocou a actual balaustrada superior.

 A Fábrica de fiação, actualmente um monte de ruínas.

 O açude de pedra ou açude da fábrica, piscina tradicional dos tomarenses até aos anos 60 do século passado.

Fábrica de Porto de Cavaleiros, em 1898. No primeiro plano, à direita, uma roda monumental, que fornecia água à fábrica.

anfrarebelo@gmail.com

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