Traduzo do Le Monde, para alguns tomarenses um dos jornalecos mal afamados que costumo ler:
"Entre revolução tranquila e as primeiras frustrações, as câmaras independentes estão assim-assim"
"Dois anos após a vitória de Maio de 2015 os "presidentes da mudança" eleitos pela esquerda radical conseguiram algumas vitórias mas começam a dar-se conta dos limites do poder.
As cidades de Madrid, Barcelona, Cádis, Santiago de Compostela, Saragoça ou La Corunha, que são governadas por plataformas cidadãs, lideradas por aqueles que em Espanha são chamados "presidentes da mudança", conseguiram cumprir as promessas de redução da dívida. Não era uma prioridade. Os respectivos programas apenas previam auditorias e possíveis reestruturações da dívida, mas era neste ponto que os adversários estavam à espreita. Trata-se portanto de um primeiro sucesso."
Não querendo alongar a leitura, não posso contudo deixar de citar um excerto particularmente significativo:
"Não roubar ajuda muito..." respondeu a presidente da câmara de Madrid, em Novembro de 2016, aos jornalistas que lhe perguntavam como conseguira reduzir tão rapidamente a dívida da capital espanhola.
Manuela Carmena, 73 anos, ex-juíza, conseguiu reduzir em apenas dois anos a dívida madrilena de 4,7 mil milhões, para 3,7 mil milhões de euros, objectivo que estava fixado só para 2019."
Sandrine Morel, correspondente do Le Monde em Madrid
Uma pergunta, para concluir:
Em Tomar, sendo a conjuntura aquilo que é, não seria possível uma plataforma cidadã -naturalmente independente e com projecto- para as eleições de Outubro?
Eis um bom desafio aos leitores de Tomaradianteira. Que opinião? Que posição? Que abordagem?
ResponderEliminarPor mim, e perante o que até agora (não) é conhecido para as próximas eleições, estou disponível para avaliar.