Lê-se no Tomar na rede que o parque de campismo está ao abandono. Numa cidade que os seus autarcas proclamam de turismo, um equipamento turístico indispensável que já foi dos melhores do país, está agora em estado miserável. Não tem manutenção capaz, nem vigilância nocturna. Tudo isto no último ano de mandato de uma câmara que só percebeu ter havido anos antes um erro grave, ao receber notificações da ASAE para encerrar o parque e pagar coimas por funcionamento ilegal. A bandalheira geral. Gasta a autarquia 40% do seu orçamento anual para remunerar os seus funcionários e afinal estamos nisto: 1 - Em três anos ninguém avisou a presidente nem os vereadores que, havendo uma contradição entre o plano de pormenor que foi aprovado e a situação de facto, o parque podia vir a sr encerrado compulsivamente, como veio a suceder; 2 - Apesar das centenas de funcionários camarários que colocam a Câmara tomarense no grupo das que mais gastam com vencimentos, não há pessoal para vigiar o parque, agora de caravanismo, durante a noite.
Copiado de Tomar na rede, com agradecimentos
(Na foto Vasco Jacob, encarregado do Parque de Campismo, desde a sua abertura até que se aposentou.)
Apesar da sua extrema gravidade, o problema do ex-parque de campismo mais não é afinal que um dos numerosos sintomas da doença tomarense. Outros sintomas são o "complexo museológico da Levada", o Convento de S. Francisco, a ex-esquadra da PSP, o inevitável adaptação do ex-estádio às necessidades locais, as ruínas do Convento de Santa Iria, os esgotos em parte da cidade antiga, e por aí adiante.
Essa doença tomarense pode ser designada por bandalheira geral, tendo duas causas centrais:
A - Autarcas eleitos sem planos nem ideias profícuas, que por isso são forçados a navegar de improviso em improviso, com os resultados que estão à vista de todos;
B - Eleitores que votaram em gente que mal conheciam e cujos arremedos de programas nunca leram, mas agora passam o tempo sacudindo a água do capote, dando a entender que não votaram nos eleitos que temos, em geral de qualidade acima de qualquer suspeita. Ou não?
Saia um prémio para a geral hipocrísia tomarense! E já agora outro para a bandalheira nabantina.
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