O mural absurdo

Foto copiada de Tomar na rede e modificada.

Tendo o vereador Tenreiro perguntado, na qualidade de porta-voz dos muitos tomarenses incomodados com aquilo, se o grafito pintado no muro da  antiga Horta Torres Pinheiro, entre o Mouchão e a Bela Vista, com o Açude dos Frades em primeiro plano, é para ficar ou para eliminar, Anabela Freitas mostrou mais uma vez ser boa futebolista. Chutou para canto. Esclareceu que nada teve a ver com a escolha dos dois temas pintados por Violant. Denotou assim que os ditos temas incomodam mesmo e muito. Mas não respondeu à pergunta.

Pouco percebo de pintura e de grafitos nada. Mas já vi muitos e li um pouco sobre o assunto. O que me parece é que se trata de um tipo de arte própria das grandes urbes modernas. Não estou a ver semelhante coisa em Óbidos, Marvão, Ronda, Toledo ou Veneza, por exemplo. Trata-se portanto e apenas de uma decisão menos feliz. Da consequência de um ataque de parvoice de alguns autarcas, sendo que ninguém está imune a tais achaques. Nem o escriba destas linhas. A menos que seja pura e simplesmente ignorância crassa.

Em qualquer caso, urge que a senhora presidente responda cabalmente à pergunta do vereador João Tenreiro: O grafito é para manter, ou não? Da resposta depende a atitude a tomar. Se é para manter, haverá interesse em que determinados serviços em Bruxelas tomem conhecimento do que se vai fazendo no vale nabantino com os fundos europeus. Se não é para ficar, não valerá a pena incomodar-se, pois todos temos momentos menos bons, conforme já anotado mais acima.

Anónimo10 de maio de 2017 às 12:54

Foi muito bem escolhido o tema do mural "velhos do restelo" pena o sítio e a forma como foi executado!!!
Só pantemineiros, desconheço trabalho a está gente que que a partir de amanhã começo a tratar por gentalha. Gente que se perfila para conduzir os destinos da cidadã.. . Tristeza!

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Comentário copiado de Tomar na rede, na peça sobre o ajuste directo para reflorestação! Dá gosto ter conterrâneos assim!

Resta o baptismo do painel. Vá-se lá saber como e porquê, difundiu-se em Tomar a ideia errada de que se trataria de "velhos do Restelo". Santa ignorância. Primeiro que nada, há a questão da realidade histórica. Nos Lusíadas, (que bem poucos lêem), há um velho do Restelo e, que se saiba, nunca houve velha nenhuma. Camões era zarolho, mas não idiota. Segue-se a figura da direita, que tem tanto de velha do Restelo como eu de campeão americano de basquetebol. E temos a figura central, o pretenso velho do Restelo. No caso com um chapéu de coco muito britânico. Não será antes um velho do Tamisa, um lord inglês irritado com os imigrantes, com o Brexit, ou com ambos?

Do que parece não haver dúvidas é da intenção da governanta da esquerda. Prepara-se para lhe administrar a pastilha da meia-noite, por estar farta de o aturar, enquanto do lado oposto, a amante do lord, algo zarolha, que mesmo assim já viu tudo, berra a plenos pulmões, contra a  velhaca, que assim lhe vai roubar o companheiro e ganha-pão de muitos anos.

Velhos do Restelo? Nem do Tamisa! Tirem mas é aquilo dali quanto antes, para benefício de todos. Dos autarcas do Médio Tejo, que assim deixarão de passar, na opinião de muitos tomarenses, por lorpas armados em modernaços, ao terem contratado um artista para grafitar num centro histórico com um monumento Património da Humanidade. Dos tomarenses, que deixarão de ser praticamente forçados a ver todos os dias uma coisa que detestam e que não tem qualquer relação com Tomar, nem em termos estéticos, nem do ponto de vista temático. Do próprio pintor enfim, que assim deixará de ser criticado por gente de uma cidade que ele detesta, como parece resultar dos grafitos que pintou.