Terminaram as filmagens, no Convento de Cristo, de "O homem que matou D. Quixote". Tal como terminara antes a rodagem da recente telenovela da SIC, também em Tomar. Em ambos os casos centenas de empregos ocasionais e milhões em receitas para cafés, restaurantes, hotéis, bares... Tudo isto apesar de sermos como somos e de estarmos como estamos: de costas para o futuro, de costas para a inovação, de costas para a organização, de costas para a eficácia, de costas para a competitividade, a tal gana de vencer, a tal fé que arrasta montanhas.
Até os marroquinos, que não tem propriamente fama de liderar o progresso, têm sabido adaptar-se às solicitações e necessidades dos europeus. A cidade do cinema às portas de Ourzazate, por exemplo, é disso a prova. Enquanto isso, em Tomar continuamos sem projectos robustos e adequados, talvez aguardando milagres. O que se compreende dada a proximidade de Fátima; mas que só pode preocupar quando um estudo mais cuidado revela que doravante até na cidade das aparições os milagres já são outros, sendo que um deles, de onde derivam muitos dos outros é mesmo bem conhecido. Dá pelo nome de turismo e implica planos, recursos técnicos e outras estruturas que por enquanto Tomar não tem.
Aguardemos que os tomarenses amantes da sua terra arranjem ânimo para abrirem os olhos e verem as coisas como elas são. Sem lentes ideológicas, por mais lindas que sejam as cores com pintam o Mundo.
Imagens da Cidade do cinema, nos arredores Ourzazate, no sul de Marrocos.
Julgo que está a confundir merda com banha de cheiro. Estará acaso convencido (ou convencida) que o Convento de Cristo também poderia servir para estúdio de cinema? Ou está só a reinar com a malta, fingindo que confunde bexigas de porco com lanternas eléctricas?
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