segunda-feira, 8 de maio de 2017

Previsão: errei e acertei

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Na passada sexta-feira, 5 de Maio, arrisquei fazer aqui um previsão, baseada  nas minhas leituras  da informação portuguesa e internacional, sobretudo francesa. Numa altura em que as sondagens indicavam como provável 63% para Macron e 37% para Le Pen, escrevi então: "Estou convencido que Macron conseguirá um resultado superior ao previsto."
Terminava o vaticínio avançando que um resultado final de 72% para Macron e 28% para Le Pen não seria para mim uma surpresa. Reonheço ter errado parcialmente. O resultado final, segundo o Libération de hoje é este: Macron 66,06%, Le Pen 33,94%. Seis pontos abaixo daquilo que eu previ, porém três pontos acima do referido pelas sondagens.
Nada mau, concluo eu. Porque eles, os das sondagens, são profissionais competentes a tempo inteiro, com toda uma panóplia de dados ao seu dispôr, enquanto eu não passo de um mero curioso, vivendo há meses a 10 horas de avião de Paris, com tudo o que isso comporta.

2 comentários:

  1. Estrada aberta para uma Europa federalista. Ainda bem.

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    1. Creio que tens razão. Falta apenas saber que tipo de federação. O alemão ou o brasileiro, em que os estados mais ricos pagam para os mais pobres? Ou o modelo americano, cujo governo federal recusou qualquer ajuda à cidade de Detroit ou ao Estado da Califórnia, quando estes declararam falência?
      António Costa apressou-se a afirmar uma convergência com Macron quanto à Europa. É mentira. Macron é um liberal, que quer mais Europa mas recusa sustentar os países cronicamente problemáticos do sul (Grécia, Portugal, Itália, Chipre) e não vê com bons olhos a geringonça, que considera uma última manha para intrujar os eleitores. Tanto assim que recusou o "gesto" que lhe exigiu Mélenchon para votar nele na segunda volta.
      De resto, como explicar que os espanhóis, que têm um melhor nível de salários que em Portugal, beneficiem ao mesmo tempo de preços em média 20% mais baixos? (Gasolina, alimentação, habitação, vestuário...) Pois é! Pagam 18% de IVA enquanto nós alombamos com 23%. Porque eles têm uma dívida pública da ordem dos 64% do PIB e nós já ultrapassámos os 130%.
      De forma que, meu caro Ferroma, há uns meses atrás, quando ouvia o Jerónimo, ria-me com gosto. Agora tenho mais tendência para ficar preocupado. Sobretudo depois de o homem ter concluído, em síntese, no mais recente comunicado do PCP, que Macron não é a solução mas sim o problema. Só faltava essa!

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