domingo, 29 de janeiro de 2023



Rotunda da ARAL

AFINAL HÁ MAROSCA

Diz o povo que se apanha mais depressa um mentiroso que um coxo. É capaz de ser verdade, mas mesmo assim dá trabalho. Neste imbróglio da indispensável rotunda da ARAL, que apesar disso, e de forma estranha, ninguém parece interessado em fazer, já consultei não sei quantas vezes o googlemaps.pt, tanto na versão desenhada como na vista de satélite, e nunca tinha notado qualquer anomalia, quanto mais agora uma marosca. Ora faça favor de rever com atenção as duas imagens supra.
Notou alguma anomalia? Alguma discrepância? Algo que não coincide entre as duas versões? Pois é. Na versão cartográfica, desenhada a computador e muito usada em planeamento urbano, há dois ângulos agudos, nas extremidades nordeste e sudoeste, e dois ângulos obtusos, nas extremidades noroeste e sudeste, considerando que a EN110 está na direcção Norte-Sul.
Vendo agora a versão imagem de satélite, verifica-se que os tais ângulos agudos e obtusos não existem na realidade. O que vemos, em cada uma das antes referidas extremidades, são segmentos de círculo, mais ou menos abertos. Há portanto uma enorme diferença entre as duas versões, tudo indica que deliberada. Com que intenção? Conviria apurar, até porque, segundo técnicos consultados por Tomar a  dianteira 3, uma rotunda caberia perfeitamente na vista de satélite, sem sequer necessitar de mais terreno, enquanto na versão desenhada, aquele ângulo obtuso noroeste -"o muro da Marchanta"- incomoda mesmo. Terá sido com essa intenção que fizeram a marosca, alterando a realidade geográfica?
Não se ignora que a Google é uma companhia responsável, acima de qualquer suspeita, mas também é verdade que nos USA tudo se vende e tudo se compra, sendo muitos os colaboradores da empresa. Pode muito bem acontecer que haja em Tomar sacanas com o braço muito longo, e sabendo inglês com sotaque americano...
Agora, descoberta e denunciada a manigância, mãos à obra quanto antes, e venha a almejada rotunda. Dos sacanas em geral, com ou sem luvas, não reza a história. Mas há casos particulares.


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