terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Foto Tomar na rede, com os nossos agradecimentos.
Viatura onde pernoita um jovem cigano, há duas semanas. A cor amarelada da base da parede, denuncia que não há sanitários nas proximidades.



Realojamento dos ciganos do Flecheiro

Aí estão os problemas graves

https://tomarnarede.pt/sociedade/homem-pernoita-no-carro-ha-duas-semanas/

Por causas que não lhes devem ser imputadas, estamos a ser administrados em Tomar por eleitos e funcionários cuja maioria era ainda criança aquando do 25 de Abril. O que significa que nunca conheceram o frio, a fome, a falta de conforto, a pobreza, a exclusão social, o exílio, a prisão, a guerra, a emigração, a ditadura, a censura, e nem sequer o Mundo. Por isso ignoram como funciona realmente agora a sociedade. Acreditam naquilo que lhes ensinaram e insinuaram na escola, dominada por professores "de esquerda". Não ouvem nem aceitam opiniões diferentes das suas, muito menos de gente mais velha e mais experiente, mas forçosamente ultrapassada, porque eles é que são o progresso. São afinal intolerantes armados em salvadores dos ciganos. Capazes de dar casas e subsídios, mas também de injuriar e tentar calar pela exclusão conterrâneos que pensam diferente. Inquisidores encapotados.
Alguém lhes inculcou a ideia de acabar com o cancro do Flecheiro e eles -honra lhes seja feita- assumiram a tarefa com eficácia. Infelizmente, não olharam a meios para alcançar os seus objectivos, e aquilo que poderia ser um grande êxito social, está a transformar-se numa multiplicação de cancros, ou metástases do cancro do Flecheiro, por falta de adequada ponderação anterior. É muito bonito ser o progresso, convindo contudo, e na medida do possível, prever as suas eventuais consequências nefastas. É o que tem vindo a faltar.
Mesmo tendo dado tudo o possível, tanto em termos humanos com materiais, a evidente falta de preparação do pessoal municipal, já quase em pânico perante os sucessivos problemas que vão aparecendo, e que apesar disso não aceita conselhos e muito menos críticas, está agora a contribuir para agravar o problema cigano tomarense. Quiçá sem disso se darem conta. Não há piores cegos...
Quando ainda falta realojar um dos clãs do Flecheiro, a família Fragoso, que devem ir para Valbom, aumentam os incidentes na Srª dos Anjos, no 1º de Maio, no Bairro Calé e na Caixa, tendo aparecido agora o primeiro desalojado da metástase do 1º de Maio (ver link). Quem leia regularmente os comentários no Tomar na rede, só pode estar seriamente preocupado, pois os indícios de agravamento vão aumentando de dia para dia. Com a Câmara e os seus funcionários surdos ante as reclamações e apelos,  como começar a resolver o problema cigano nabantino?
Porque a questão é mesmo essa. Queiram ou não os eleitos e os funcionários, a chamada solução do problema do Flecheiro começa a parecer mais um erro de todo o tamanho, com sequelas espalhadas pela cidade. Se antes já era complicado viver no 1º de Maio, agora com um desalojado cigano, que forçosamente faz as suas necessidades onde calha, como acontecia no Flecheiro, quem vai aguentar durante muito mais tempo?
Há duas posições frente a frente: A população vai perdendo a paciência, que nunca foi muita, exigindo uma solução quanto antes. A autarquia e os seus funcionários vão adiando a discussão do problema, por estarem convencidos que com o tempo tudo se resolve.
Só lhes falta adoptar o  conselho de um velho político gaulês. "Se querem resolver o problema, vamos a isso. Senão, nomeiem uma comissão." Quando ocorrerem os primeiros incidentes com feridos graves, ou pior ainda, é capaz de já ser demasiado tarde. E como estamos em Tomar, onde há muitos seguidores de António Costa, não haverá culpados. Salvo talvez a oposição PSD, que nunca resolveu o problema do Flecheiro, criado pelo PS. É a doutrina socialista. "Os culpados são sempre os outros."

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