segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

 


Economia e turismo

"O modelo de desenvolvimento 
de Marcelo, Costa e Medina"

"Marcelo e Costa apostaram num modelo de desenvolvimento assente em eventos que chamam pessoas que gastam dinheiro em restaurantes. Não gera riqueza, mas foi o que quiseram, aprovaram e festejaram."
(André Abrantes Amaral, OBSERVADOR, 29/01/2023)
Esta análise de André Abrantes Amaral, (ver link supra), da qual se copiou o título e o cabeçalho, tem pano para mangas, como é uso dizer-se. Desde logo porque há um lapso evidente. Os turistas, porque é deles que se trata, não gastam dinheiro só em restaurantes. Convém acrescentar cafés, hotéis, alojamento local, entradas em monumentos, museus e espetáculos, compra de recordações, ou aluguer de automóveis.
Vem depois a questão de gerar riqueza, mais-valia ou valor acrescentado. O autor afirma que "não gera riqueza", mas no meu entender trata-se de uma interpretação menos conseguida.. Em geral, podem não criar valor acrescentado para os "encomendantes", mas criam para os "encomendados" e para o largo leque dos "beneficiados". O tal retorno ou "retombée". Tudo bem, portanto? Nem tanto. Pode bem dar-se o caso do valor acrescentado conseguido não compensar as "nuisances" inerentes. Só após análise mais detalhada será possível uma resposta mais fundamentada.
Decidiu-se copiar a introdução analítica de AAA, não para criticar o lapso ou o ponto vista, mas para mostrar aos leitores nabantinos que afinal a política da vereadora Filipinha, "festas, festarolas, eventos e comezainas", tem bons exemplos em Lisboa. Segundo o autor citado, é mesmo o modelo económico escolhido por Marcelo, Costa e Medina. Por conseguinte, política da Filipinha? Ou política socialista vinda "de cima"?
Seja ou não, em Tomar tem sido sobretudo compra de votos, (é essa a intenção, como mostram os concertos à borla), e uma asneira de todo o tamanho. Porque, ao contrário de Lisboa e arredores, Tomar não dispõe das indispensáveis estruturas de acolhimento para os visitantes que atrai, sem as quais grande parte do potencial valor acrescentado se perde, indo para outras paragens. Que valor acrescentado cria uma família que vem assistir a um concerto à borla, por exemplo,  estaciona num parque gratuito, usa sanitários gratuitos e regressa a casa depois do concerto?
Mas levar os nossos queridos eleitos a compreenderem isto e agir em conformidade, é como tentar pôr um burro a roer ferro, uma vez que consideram qualquer opinião diferente das deles uma agressão. Temos de ir tendo paciência. Outros tempos virão, mais tarde ou mais cedo. Espera-se que melhores.




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