quinta-feira, 19 de janeiro de 2023





Política local

No pouco tempo que falta
Não chateiem e governem...finalmente.

Entusiasmado com a nova atitude do PSD local, que teve a coragem de se assumir finalmente como oposição eficaz, acompanhei os protestos contra as asneiras cometidas na Estrada da Serra. Que são afinal a simples repetição de asneiras cometidas na Várzea grande, na Av. Nun'Álvares, ou na Estrada do Prado. São por assim dizer genéticas. Resultam de um sistema deliberadamente opaco porque convém a alguns, e impede os cidadãos de saberem quem decide o quê, ou quem contrata quem, como e porquê. Imagina-se facilmente o resto.
Ao nível mais básico, nota-se perfeitamente o relacionamento desigual entre os eleitos da autarquia e os seus eleitores. Devia ser horizontal, mas é obliquo. Do eleito lá em cima, para o desgraçado eleitor cá em baixo. O autoritarismo e a prepotência em todo o seu esplendor, mascarados com hipócritas alegações de inveja e maledicência de quem critica.
Eis um exemplo flagrante. Protestou-se nestas colunas contra a atitude camarária em relação aos antigos combatentes, no caso da utilização gratuita dos TUT. Não resultou, é claro, porque os tomarenses se mantiveram mudos e quedos, como é costume. Mas trata-se de uma enorme violência, mesquinha ainda por cima. Só para alardear autoridade.
Com direito a transporte gratuito nas áreas urbanas, por decisão governamental, o grupelho que exerce o poder, decerto influenciado por funcionários sabidões, que serão tudo menos democratas, determinou que os antigos combatentes e/ou as suas viúvas devem comprar mensalmente um passe gratuito que custa 2,5 euros, o que dá 30 euros anuais. Onde está então o transporte gratuito, assegurado pelo governo?
Apesar da habitual indiferença dos tomarenses (até quando ?), julgo valer a pena comparar, para melhor perceber a violência camarária. Os TUT são, como todos sabemos, apenas uma mania socialista. Seis autocarros que não vão longe e pertencem à autarquia, mas são conduzidos por profissionais da Rodoviária. Pouca coisa portanto. Aparato mais do que utilidade prática.
Aqui em Fortaleza, uma cidade de 2,5 milhões de habitantes da zona menos desenvolvida do Brasil (Norte e Nordeste), os autocarros também são explorados pela autarquia. Em vez de 6, são várias centenas e fazem percursos urbanos assaz complicados. O mais longo é de 49 quilómetros em cada sentido. E há também o METROFOR e o VLT, duas versões de metropolitano.
Ao contrário do acontece em Tomar e em Portugal, todos os cidadãos maiores de 65 anos, brasileiros ou estrangeiros, têm direito a transporte gratuito nas áreas urbanas e interurbanas. Está no artigo 230 da Constituição Federal. Para isso, basta solicitar o cartão do idoso, que é gratuito e para toda a vida, mas quem não tem esse cartão também pode viajar. Basta mostrar um documento de identidade com foto. Que diferença!
Em Fortaleza respira-se igualdade, mesmo se a pobreza é bastante. Em Tomar, pelo contrário, são muitos os inquisidores, armados em beatos falsos, para daí sacarem quanto mais melhor. Comprar mensalmente um passe de 2,5 euros, quando se tem direito a andar de borla, só numa terra de calhordas e papalvos.
Os influenciadores, bem pagos pela maioria PS, vão alegar uma vez mais, que é má língua e que a questão dos transportes e dos ex-combatentes não tem grandes importância. Pois não! É como a poluição do Nabão, o preço da água, a falta de estacionamento, as licenças "com luvas", os concursos viciados, a impunidade total, a arrogância, a teimosia, e por aí adiante. Nada importa, salvo a gamela. 
É como diz o povo "enquanto dura, vida doçura". Já a mãe do Napoleão tinha dúvidas. Quando o filho lhe anunciou que era imperador dos franceses, exclamou : -"Se for para durar!" Não foi. Por conseguinte, contrariando já não sei que paspalho socialista, direi que a palavra de ordem passou a ser "Não se habituem!" Entenderam?

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