Câmara municipal

Instalações sanitárias 

Uma das grandes carências tomarenses

https://tomarnarede.pt/sociedade/parque-de-campismo-ainda-existe-nos-contentores-do-lixo/

Já os latinos diziam "res non verba" - actos, chega de palavras. Os nossos eleitos falam muito bem, quando não lhes dá para sonegar informação, mas quanto a obras, está à vista de todos. É cada falhanço que até mete dó. 

Vimos em crónica anterior que o executivo gasta milhões em promoção e obras ornamentais, enquanto vai esquecendo coisas essenciais. O sector sudoeste do núcleo histórico,  (Rua Joaquim Jacinto, Rua Aurora Macedo, Rua Pé da Costa de Baixo, Rua do Teatro, Largo do Quental), praticamente à ilharga da Câmara, continua a aguardar obras de saneamento e requalificação, urgentes desde antes da actual maioria. A rede de esgotos é da idade média e a rede de água de 1937, com condutas de amianto, entretanto proibido.

Há também aquele caso das várias rotundas, que muito facilitariam o tráfego urbano, designadamente para os turistas, mas a autarquia pensa de outro modo. Ou serão só os técnicos superiores do costume? 

O link acima revela outra lacuna, que envergonha os tomarenses e devia envergonhar também os autarcas, se soubessem o que é ter vergonha na cara.. No ex-parque de campismo, encerrado há 6 anos, em condições que continuam por esclarecer cabalmente, instalaram um parque de caravanismo precário.

Os seus utilizadores elogiam a beleza do local, mas queixam-se da falta de electricidade e de instalações sanitárias. Faz algum sentido a câmara gastar milhões para promover o turismo, quando depois não tem condições mínimas para acolher os visitantes? Se não erro, ainda devem existir as instalações sanitárias do ex-parque de campismo, com chuveiros e tudo. Porque não funcionam normalmente?

Tal como na Várzea grande, a Câmara não parece conseguir atinar com a limpeza e manutenção dos WCs urbanos, porque os funcionários que há se recusam a assegurar o serviço, e o executivo vai-se calando por causa dos votos. Vão-se criando assim situações insólitas, a aguardar melhores dias. No mesmo parque precário da caravanismo, onde não há electricidade disponível nem casas de banho a funcionar, só porque a Câmara não quer mais chatices, há um guarda municipal, mas só durante o dia. À noite não é preciso porque, sem electricidade nem mictórios, os ladrões não se arriscam. 

Coisas simples da terra tomarense, diria o falecido Nini Ferreira.