Política local
Desencontro de maneiras de estar
Resilientes, como se diz agora, os integrantes da maioria PS nabantina continuam na deles. Quem não os apoia é forçosamente contra, e sendo contra é inimigo. Donde resulta a sua atitude frente aos eleitos da oposição, tanto no executivo como na AM, ou nas freguesias. Quem não concorda é considerado inimigo, e só não sofre retaliações se de todo não for possível. Até o vice-presidente e o chefe de gabinete foram atirados pela borda fora, continuando sem se saber porquê oito anos mais tarde. Nada acontece por mero acaso, e não terá sido decerto por estarem de acordo com a senhora. Falta saber o resto.
Mais surpreendente ainda, mesmo na área da informação, o entendimento dos governantes PS locais tem pelo menos o mérito da clareza: "se não concorda, cale-se ou sofra as consequências", parece ser a ideia mestra deles. Evidenciam falta de experiência política e de mundivivência, trazendo para o campo político e praticando a velha máxima futebolística, "a melhor defesa é um bom ataque". Por isso, nunca respondem diretamente às críticas, venham de onde vierem. Preferem o ataque pessoal, tanto frontal como mais frequentemente através de avençados de fraco arcaboiço, que os melhores já não vão na conversa, pois 2025 é ali adiante e a barca já conheceu melhores dias de viagem.
Cada vez mais sós, e sem som de retorno, porque rodeados de serventuários que só lhes dizem aquilo que querem ouvir, julgam-se superiores por se dizerem de esquerda e também pela evidente condescendência da oposição PSD no executivo (na AM a situação já está a mudar) que interpretam como apoio, quando se trata apenas de submissão servil, por serem a cópia perfeita uns dos outros. Se fossem palavras, seriam sinónimos.
Esta análise sucinta tem como único fim mostrar aos leitores tomarenses que se interessam mesmo pela política local, (e dispõem de recursos para a entender plenamente), a triste situação em que estão todos os cidadãos que realmente gostam da sua terra, sejam de esquerda, de centro ou de direita Não visa portanto, de forma alguma, provocar uma mudança de mentalidade do núcleo duro do poder local, o executivo municipal. Não só porque estão convencidos da sua razão, contra tudo e contra todos, mas também e sobretudo porque se burro velho não aprende línguas, ainda menos pode aprender política e maneiras de estar, matérias muito mais árduas. Que venham as eleições!
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