O POMAR DO CASTELO
ESTÁ A MORRER DE SEDE
Publica o Tomar na rede uma notícia intitulada "Laranjal do Convento de Cristo tomado pelas ervas". Sentado à beira-mar, a sete horas de avião de Lisboa, confesso ter ficado algo surpreso. Laranjal do Convento tomado pelas ervas?
Se os leitores bem se recordam, publicou o Tomar a dianteira 3, no verão passado, várias crónicas sobre o desastre ecológico provocado pela interrupção do fornecimento de água dos Pegões ao Convento de Cristo. Nelas se chamava a atenção para o aspeto geral, não só do laranjal do castelo, como das encostas nascente e norte da Mata dos sete montes.
Conforme mostra a foto acima, há realmente cada vez mais vegetação seca no laranjal. Sobretudo arbustos e árvores, que vão morrendo por falta de rega. Aquilo a que o tomar na rede chama "ervas" é apenas um dos sintomas da doença geral -um grave desastre ecológico, provocado pelo desleixo das entidades responsáveis.
Há muito que a água deixou de chegar ao Convento, via aqueduto dos Pegões. Não passa dos Brasões. Sem ela, não há rega possível dos terrenos anexos ao Convento, e na base do castelo. Entretanto, a DGPC, que administra o Convento e recebe as respetivas entradas, informou em 2021 que só lhe pertence a parte do aqueduto que confina com o Convento. O restante é da responsabilidade da Câmara, escreveram eles.
É falso, pois o aqueduto sempre foi propriedade do Convento, e não um chouriço que se pode dividir às rodelas, consoante as conveniências. Infelizmente, a maioria PS local, tem mantido total silêncio sobre o assunto, decerto para não incomodar os camaradas da capital. Há até uma situação curiosa: O executivo financiou obras no aqueduto, para evitar a derrocada de alguns arcos, mas nada fez até agora, que se saiba, para que a água volte a chegar até à Torre de Dª Catarina. E as árvores junto ao Castelo e ao Convento vão morrendo de sede, com o Tomar na rede a destacar as ervas invasoras, também já secas. E a oposição também confortavelmente calada. Conspiração do silêncio? É o que parece.
Em 2021 foram 3 milhões e tallll para a Várzea grande , mais não sei quanto para as avenidas cicláveis em calçada ;agora 2022 será outro tanto para a igreja S.João Baptista mais estrada da Serra ; 2023 três milhões e talllllll para o flecheiro ,será que se arranjam 4 ou 5 milhões ( sim com a inflação nos 8% ) em 2024 para os Pegões agora que tanto se fala em reabilitação e sustentabilidade ???
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