Não é só por causa da iliteracia económica...
Numa das crónicas passadas, apontou-se a iliteracia económica dos integrantes da maioria PS, como uma das causas de sucessivas asneiras políticas. Detalhando um pouco mais, a bem dizer, nem é tanto a iliteracia o motor dos erros de gestão corrente. Temos na oposição gente formada em economia, em boas universidades, cuja prática política tão pouco foi, até há pouco tempo, das mais adequadas. Nada de nomes, para não ofender e por serem supérfluos. Todos sabemos de quem se fala.
Pensa-se que em Tomar o cerne do problema seja afinal a falta de abertura de espírito, associada à incapacidade evidente para aprender a aprender. Isolados na cova nabantina, os nossos eleitos, salvo muito raras exceções, quando viajam pelo mundo, acabam por ver apenas aquilo que lhes agrada, que lhes dá jeito. Que confirma as suas posições. Efeito dos antolhos nabantinos.
A própria presidente, e lider de fato a nível regional, admitiu a brincar que tem mau feitio. É o que parece, mas na verdade trata-se de outra coisa. A respeitável senhora nunca terá sido ensinada a aprender, e também nunca fez esforços nesse sentido. Acresce que, dotada de uma personalidade forte, é obstinada e totalmente fechada a pontos de vista alheios. Nunca dar o braço a torcer é para a srª um princípio basilar, porém devastador de boas vontades.
O que explica a sua constante negação da realidade envolvente, sempre que a mesma não lhe convém, por alguma razão. Insistem os críticos de boa vontade, entre os quais o autor destas linhas, em apontar falhas gritantes, na esperança de assim provocar futuras alterações positivas. Até agora, não só o resultado tem sido nulo, como os eleitos visados aproveitam para fazer finca-pé e vilipendiar quem frontalmente os põe em causa. Há mesmo alusões a insanidade mental, como na extinta URSS de triste memória.
Como é evidente, essa barreira intransponível entre a maioria PS e a opinião pública nabantina, em termos de resultados práticos, só teve sucesso enquanto o PSD jogou o jogo dos eleitos para enfeitar, concordando quase sempre com a maioria PS, e aceitando a implícita dicotomia "nós os do poder/ povo ignorante". Agora que essa fase terá chegado ao fim, devido às inúmeras asneiras políticas da presidente, do vice e da patroa da animação festiva, tudo parece indicar que vêm aí tempos difíceis, conforme já aqui se escreveu. O berbicacho Tejo Ambiente é só o início do princípio.
A maioria PS nunca teve nem tem planos debatidos para Tomar, nem vontade de os arranjar. As eleições de 2025 terão de ter, forçosamente, outra liderança de lista, que sem os tais planos, não se vê como possa vir a convencer os tomarenses. O estilo sempre em festa tem bastantes adeptos, mas também já fez o seu tempo. Boa música à borla/água cara e com falhas, não agradam aos eleitores. Agora, ou arranjam outras políticas, ou deixarão o poder, por não terem aprendido a aprender, nem revelado abertura de espírito. O admitido mau feitio, afinal serve apenas de biombo para esconder outras carências bem mais graves.
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