segunda-feira, 24 de outubro de 2022


Imagens Tomar na rede (com os agradecimentos de TAD3), que mostram bem parte da barbaridade cometida, e o lamentável estado de limpeza do relvado. Estamos muito bem servidos de gestão autárquica, não há dúvida! Só os invisuais, coitados, é que não podem ver. A que propósito vêm os invisuais? Por causa da conhecida frase segundo a qual "Não há piores cegos que aqueles que não querem ver".

Cultura e património

Gente mal educada e reles que não se enxerga

Retomando o estilo do saudoso Mela, no Cidade de Tomar dos anos 80, "Chega-nos a notícia" que os senhores autarcas (não cito nomes, para não agravar a situação), em vez de admitirem o erro crasso da cedência do relvado porco do Mouchão, para uma concentração de automóveis desportivos, e aproveitarem para pedir desculpa, prometendo rápida e eficaz reparação dos estragos, não senhor. Procuram sacudir a água do capote, como sempre fazem. Afirmaram, convictos, segundo aqui chegou, que "não somos responsáveis por aquilo que foi feito no Mouchão por um condutor menos cuidadoso." Aí não? Então quem deve ser responsabilizado? O sr. vigário? A responsável do ATL, que não conseguiu controlar os jovens?  O comandante da PSP? Ou o da GNR? Acaso foram eles que deferiram o pedido?

O próprio condutor abusador? Esse, bem ao estilo da malta, vai garantir que não foi ele. E se conseguirem demonstrar com imagens que está mentindo, dirá muito simplesmente que não estava lá nenhum sinal de proibição, e que portanto...

Ao concederem a autorização para o estacionamento de tantos carros em cima da relva do Mouchão, uma vez que não há espaço suficiente para aparcar fora dos canteiros, e todos sabemos isso, estavam os ilustres autarcas nabantinos à espera de quê? Que os condutores aproveitassem para limpar o Mouchão, que bem precisa, como mostram as imagens? Para aparar a relva? Para reparar as bocas de rega? Ou para repor o saibro que falta?

O que esta reacção mostra é que estamos perante gente fingida, mal educada e reles, que não se consegue enxergar, e parece estar convencida de que os tomarenses são todos como eles, pelo que acreditam em balelas. Nada de confusões. Falamos a mesma língua (ou quase), somos iguais perante a lei, em termos de direitos e de deveres, mas temos e defendemos valores diferentes. Não será assim? Então para que insistem em confundir as pessoas, com declarações tipo vendedor de banha da cobra? Haja pelo menos dignidade!

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